Capítulo 1

O corredor mal iluminado do bar estava uma bagunça. Uma jovem, com o rosto pálido de medo, apressava-se pela multidão oscilante. Dois homens corpulentos a seguiam de perto, mas quando viraram a esquina, ela não estava mais à vista.

O coração de Amelia Martinez batia como um tambor enquanto ela pressionava o ouvido contra a porta, ouvindo atentamente qualquer som do lado de fora.

"Quem está aí?" Uma voz veio de dentro da sala.

Ela se virou para ver um homem nu, pingando água, sua figura impressionante.

William Brown não se incomodou em se cobrir enquanto caminhava em direção a ela, seu olhar intenso e seu tom perigoso. Ele perguntou, "Quem te enviou?"

Houve uma batida na porta.

Amelia prendeu a respiração, seus olhos fixos em William, temendo que ele pudesse denunciá-la.

Justo quando a tensão atingiu seu auge, William deu um passo mais perto, sua mão se movendo em direção à maçaneta. Em um movimento desesperado, Amelia jogou os braços ao redor do pescoço dele e o beijou.

William congelou, o cheiro fresco dela invadindo seus sentidos. Seus olhos arregalados observavam sua reação nervosamente, seu aperto no pescoço dele se apertando como se pudesse estrangulá-lo a qualquer momento.

Interessante.

William sorriu, segurando o queixo de Amelia com uma mão, e disse com uma voz profunda, "Se vai beijar, concentre-se nisso."

O beijo se aprofundou, tornando-se mais apaixonado, suas respirações se misturando com gemidos suaves e provocantes.

As mãos habilidosas de William percorreram sua cintura, removendo habilmente seu vestido. O calor entre eles se intensificou, fazendo Amelia se sentir tonta e sem fôlego.

Ele levantou as pernas dela ao redor de sua cintura, e disse com sua voz rouca, "Coloque você mesma."

Sua voz sedutora e magnética era como um feitiço no ouvido dela.

Amelia mordeu o lábio, incapaz de resistir por mais tempo. Ela alcançou para guiá-lo para dentro dela.

Ambos suspiraram em uníssono quando ele a penetrou completamente.

O corpo de Amelia brilhava de suor, suas mãos explorando o peito musculoso dele, cada centímetro perfeitamente esculpido.

Um leve rubor cruzou seu rosto, sua voz provocante. "Isso não é muito cavalheiresco, nada romântico."

Em resposta, William deu uma estocada forte, fazendo a porta atrás dela tremer.

Mas seus lábios foram gentis, mordiscando o lóbulo da orelha dela e traçando beijos pelo pescoço, incendiando sua pele.

Os sons do sexo deles ficaram mais intensos e urgentes.

A porta tremia com mais frequência, e Amelia não conseguiu conter um grito no final, agarrando-se a ele, ofegante.

Do lado de fora, vozes baixas murmuravam. "Ela deve ter escapado. Não é ela lá dentro."

Outra voz respondeu, "Mesmo que seja, é uma informação útil para mais tarde."

As vozes se afastaram, indicando que tinham ido embora.

Amelia relaxou, dando um passo para trás e se separando de William, o som da separação ecoando na sala.

Ela não percebeu, abaixando-se para pegar seu vestido e puxando um cartão, entregando-o a William. "Obrigada pela ajuda. Tem vinte mil nesse cartão. Você não vai sair perdendo."

Ainda desfrutando do êxtase, William ficou surpreso, sua expressão ficando fria enquanto olhava para o cartão. Ele zombou, "Fique com ele. Você vai precisar para suas contas médicas."

Amelia olhou confusa e perguntou, "Que contas médicas?"

William respondeu, "Doenças sexualmente transmissíveis!"

"Você está falando sério? Você é louco!" Amelia não tinha tempo para as bobagens dele. Ela colocou o cartão na mesa do hall de entrada e se abaixou para pegar sua calcinha.

Sêmen escorria por suas pernas esbeltas.

A garganta de William apertou, uma mistura de raiva e desejo rompendo sua contenção.

Amelia foi pega de surpresa quando ele agarrou sua cintura, puxando-a para seus braços. Seus protestos foram engolidos pelo beijo fervoroso dele, suas roupas caindo no chão novamente.

Naquela noite, sua paixão deixou marcas por todo o apartamento, desde a varanda até a banheira, e até mesmo na mesa de jantar.

Na manhã seguinte, William acordou e encontrou o quarto em desordem, mas Amelia havia partido.

Seus olhos escureceram ao avistar o cartão no criado-mudo.

11:30 AM.

Em uma mansão grandiosa que parecia um castelo, a família Martinez estava sentada em fila, liderada por uma senhora idosa de cabelos brancos.

Um homem entrou correndo, com o rosto mostrando pânico, e disse: "Dona Mabel Martinez, a senhorita Amelia Martinez desapareceu no caminho para casa."

Mabel Martinez se levantou com raiva e gritou: "O que você disse?"

A família Martinez havia organizado um grande banquete para receber sua verdadeira herdeira, mas agora ela estava desaparecida?

Mabel saiu apressada, com o rosto furioso. "Como puderam deixar isso acontecer?"

Bianca Martinez desceu as escadas, um sorriso de satisfação no rosto, rapidamente disfarçado por uma expressão preocupada. "Vovó, o que aconteceu? Alguém desapareceu?"

"Aquela caipira não tem modos. Owen me disse que ela alegou estar com dor de estômago e precisava usar o banheiro de um bar. Ela entrou e nunca mais saiu!"

O rosto de Mabel estava lívido.

"Talvez a senhorita Martinez tenha se sentido sobrecarregada pela cidade e se perdido?" sugeriu Bianca, com os olhos baixos, fingindo pensar. "Mas desaparecer em um bar? Isso é muito caótico."

Ela olhou para o celular, esperando uma atualização em vídeo.

Já estava ficando tarde, e ainda não havia notícias.

Será que a droga da noite anterior tinha sido forte demais?

Assim que tivesse o vídeo, Amelia seria expulsa da família Martinez assim que retornasse!

"Criada no interior, sem modos nenhum!" Mabel bufou, caminhando em direção ao salão de banquete. "Encontrem-na imediatamente. Se ela não estiver de volta até o meio-dia, a família Martinez não a reconhecerá como neta!"

"Por que tanto trabalho para me trazer de volta se a família Martinez não me quer?" Uma voz fria veio à distância.

Quando a figura se aproximou, todos ficaram olhando em choque.

Até Mabel ficou surpresa. A semelhança era impressionante, igualzinha à mãe dela, Ava Martinez.

Toda a família Martinez ficou atônita, olhando para Amelia.

Ninguém jamais havia falado com Mabel daquela maneira.

"Você é Amelia?" Mabel caminhou rapidamente em sua direção, examinando-a de cima a baixo.

O rosto de Amelia estava sério. Três meses atrás, estranhos invadiram sua casa, alegando que ela era a herdeira da poderosa família Martinez na Cidade Esmeralda. Eles a levaram para aprender etiqueta e bons modos antes de trazê-la para a cidade. Ela esperava um reencontro caloroso com sua família.

Mas antes mesmo de chegar, foi drogada, traída por alguém em quem confiava.

Laços de sangue não garantiam lealdade.

Próximo Capítulo