CAPÍTULO CINCO: BELLAMY HUNTER
Quanto mais o Sr. Wayne seguia os passos, mais sua impressão sobre Ariel melhorava. Parecia que ele a havia julgado mal. Os passos que Ariel havia escrito no quadro eram mais simplificados e fáceis de entender do que o método que ele usava para tutorar os alunos. O Sr. Wayne não era o único que estava impressionado com os métodos de Ariel. Um garoto legal e bonito, Alan, que sempre tirava as melhores notas em Matemática, também estava boquiaberto de espanto com o que Ariel havia escrito. Esse problema tinha lhe dado dor de cabeça por um bom tempo. "Então era para ser resolvido dessa maneira?" Sua impressão sobre Ariel mudou completamente. Ele realmente a subestimou. Ele também pensava que ela era apenas um rostinho bonito sem cérebro e que só sabia causar problemas.
A atitude do Sr. Wayne mudou drasticamente. A pessoa que tinha uma cara tão fechada quanto o fundo de uma panela quando enfrentava Ariel de repente tinha um grande sorriso cheio de adulação estampado no rosto ao encará-la. Essa mudança surpreendeu e confundiu Ariel. Ela se perguntava como o humor de alguém podia mudar tão drasticamente em apenas alguns minutos. A classe silenciosa foi subitamente preenchida pelos aplausos do Sr. Wayne. Aqueles alunos que estavam se deliciando com a ideia de ver Ariel se envergonhar ficaram boquiabertos quando viram o professor aplaudindo-a.
"Uau, impressionante! Muito bom! Ariel, você pode nos explicar como chegou a essa resposta?" perguntou o professor, seus olhos brilhando como se ele tivesse visto uma deusa.
"Sim, professor," respondeu Ariel. Ela suspirava internamente. Parecia que ela teria que manter um perfil baixo. Ela não queria atrair atenção desnecessária. Aparentemente, ela já havia ganhado dois fãs. Ela se concentrou em explicar tudo passo a passo. Também permitiu que aqueles que tinham perguntas as fizessem. Sua presença sozinha já havia atraído a atenção de todos. Ela se sentou após terminar.
"Uau! Que legal..." Joe mais uma vez se maravilhou.
"Minha colega de mesa é tão elegante e bonita," pensou Maya em voz alta.
"Hmph, isso foi pura sorte. Você acha que ela é um gênio?" Sophie bufou e virou o rosto. Bem, Sophie estava furiosa e com ciúmes. Todo esse tempo, enquanto Ariel roubava os holofotes, Sophie estava observando seu crush Alan. Ela podia ver o espanto nos olhos dele mesmo enquanto ele assistia Ariel explicar as fórmulas para eles. Ela sentia que era tudo culpa de Ariel. A presença dela na escola já estava lhe causando muita dor.
"Ariel, não me culpe por ser implacável," Sophie murmurou enquanto cerrava os punhos de raiva e ódio.
Naquele dia, Ariel se arrependeu de ter ensinado a soma no quadro. As pessoas continuaram a importuná-la desde o momento em que a aula terminou até a hora de ir para casa. Havia uma menina que parecia apagada e sombria sentada no canto da sala. Ela olhava nervosamente para Ariel com medo de ser descoberta encarando-a. De repente, reuniu coragem e caminhou até a mesa de Ariel, batendo suavemente nela. Ariel levantou a cabeça do armário e virou-se para olhar a pessoa que estava batendo em sua mesa. Ela viu uma menina com a cabeça baixa e uma franja cobrindo a testa. A menina estava tentando ao máximo lutar contra o nervosismo que estava tomando conta dela.
"Oi, como posso te ajudar?" Ariel perguntou suavemente.
"Meu nome é Alicia, você poderia me explicar como isso é feito?" Alicia perguntou timidamente, apontando para a questão no livro que trouxera.
"Claro, venha e sente-se aqui." Ariel disse, apontando para o assento vazio de Maya.
Elas se sentaram e Ariel começou a tutoria. Alicia olhou para o perfil bonito e concentrado de Ariel e, de alguma forma, ficou um pouco atordoada. Ela realmente sabia como ensinar as pessoas.
"Você entendeu?" Ariel perguntou curiosa.
"Sim, obrigada. Uhm... Posso vir até você se tiver dificuldades para resolver somas?" Alicia perguntou hesitante. Ela tinha certeza de que Ariel recusaria seu pedido.
"Claro", Ariel aceitou sem pestanejar. Isso deixou Alicia tão surpresa.
"Hã? Tudo bem, obrigada." Alicia disse, correndo envergonhada. Ariel achou graça nas ações dela. Ela apenas balançou a cabeça e sorriu.
No portão da escola, à noite, Ariel sentiu que alguém a seguia. Como era o caso, decidiu se livrar da perseguidora antes de embarcar no carro da família Hovstad. Ela levou a perseguidora a um lugar deserto e tranquilo. Dentro de um carro, em um ângulo discreto, um homem frio, bonito e distante observava tudo silenciosamente. Ele estava passando quando viu um grupo de seis meninas, cada uma carregando um bastão, seguindo a figura solitária de uma menina para o lugar deserto. A menina parecia despreocupada, pois olhou casualmente para elas e continuou andando. Isso despertou o interesse do homem, que pediu ao seu assistente para parar o carro.
"Senhor, devemos ajudá-la?" o assistente, Sr. Liam, perguntou, preocupado.
"Não é necessário! O que isso tem a ver conosco?" o homem perguntou friamente e lançou um olhar afiado para o assistente, que imediatamente se calou. Ele continuou assistindo a cena do lado de fora.
O nome do homem era Bellamy Hunter. Ele era conhecido por ser frio e implacável no mundo dos negócios. Também é o solteiro mais bonito de Ocean City. No mundo dos negócios, ele é o bilionário mais jovem e rico. Seus métodos de lidar com pessoas que o ofendiam sempre eram considerados traiçoeiros. Ele era geralmente um homem muito temido.
Ariel, por outro lado, havia chegado a um beco sem saída. Ela foi subitamente cercada por seis meninas de aparência feroz, cada uma segurando um bastão e pronta para atacar. Ariel parecia indefesa com sua figura magra cercada. As meninas de repente levantaram seus bastões de uma vez, sem aviso.
