Capítulo 7: Como ela sabia
POV do Ethan
Tão leve, tão quente, e caramba, o jeito que ela cheirava...
Droga. Agora não.
Eu estive rodeado de mulheres bonitas a minha vida inteira. Modelos, atrizes, herdeiras—você nomeia. Mas algo sobre essa stripper mandava meu autocontrole direto para o inferno. Enquanto a carregava pelo clube, longe de olhares curiosos, não conseguia evitar lembrar da nossa noite juntos dois meses atrás.
Aquelas horas no quarto de hotel—contra a parede, na cama, no chão, no balcão do banheiro. Selvagem, desinibido, e tão bom que ainda assombrava meus sonhos.
Droga, estou ficando duro só de pensar nisso.
Virei bruscamente pelo corredor privado que levava ao meu escritório. O Eclipse era um dos nossos empreendimentos mais lucrativos, e eu frequentemente fazia negócios aqui quando não queria ficar preso na sede da empresa. Agora, eu estava grato pelo espaço privado.
Empurrei a porta com o ombro e a deitei no sofá de couro contra a parede. Ela parecia tão pequena de repente, vulnerável de um jeito que fez meu peito apertar desconfortavelmente. A roupa de stripper deixava pouco para a imaginação—tudo pernas tonificadas e curvas que minhas mãos lembravam bem demais.
Enquanto eu debatia o que diabos fazer a seguir, meu telefone tocou. Olhando para a tela, vi o nome de Sophia piscando. Timing perfeito.
Virei-me de costas para Lila, deliberadamente. Se ela visse o volume nas minhas calças, essa situação já complicada ficaria muito pior.
"Oi," atendi, minha voz mais suave do que o usual. Sophia tinha esse efeito em mim—nos conhecíamos desde crianças.
"Ethan! Preciso da sua ajuda." Sua voz veio rápida e familiar. "Aquele idiota da Carter Holdings está tentando desistir do nosso acordo de novo."
Eu ri, relaxando no nosso ritmo usual. "Não, eu posso lidar com isso," assegurei a ela. "Você sabe que eu sempre dou um jeito."
Sophia e eu tínhamos um relacionamento complicado. Amigos desde a infância, amantes ocasionais quando nos convinha, mas nada sério. Nós nos entendíamos e, mais importante, respeitávamos os limites um do outro. Sem amarras, sem emoções complicadas. Do jeito que eu gostava.
"Você é um salvador," ela disse, entrando nos detalhes da disputa contratual.
Enquanto eu ouvia, automaticamente comecei a andar como sempre fazia durante as ligações. Foi então que vi Lila novamente, parecendo o próprio pecado espalhada no meu sofá. Mas algo estava errado—sua pele parecia úmida, seu corpo tremia levemente, aqueles olhos grandes me observando com algo que parecia perigosamente próximo de dor.
Talvez fosse o frio. Eu podia ver seus mamilos endurecidos.
Droga. Sem interromper a conversa, tirei meu casaco e joguei sobre seu corpo exposto. Eu não precisava da distração de sua forma quase nua enquanto tentava me concentrar no problema de negócios de Sophia.
Virei-me novamente, continuando a ligação. "Sim, vou fazer a ligação amanhã de manhã. Ele vai ceder, eles sempre cedem."
Enquanto Sophia terminava, percebi um movimento pelo canto do olho. Lila estava se levantando do sofá, enrolando meu casaco grande ao redor de seu pequeno corpo. Ela estava tentando ficar de pé, embora suas pernas tremessem perigosamente.
"Preciso ir," disse abruptamente para Sophia. "Te ligo amanhã."
Terminei a ligação e me virei para encarar Lila completamente. "Onde você pensa que vai?" Mantive minha voz deliberadamente fria, profissional. Desapegado era mais seguro.
"Para casa," ela disse fracamente, sua voz quase inaudível.
"Eu vou te levar para casa," disse firmemente. Não havia chance de deixá-la sair nesse estado. "Isso não é um pedido, é uma decisão."
"Eu posso ir para casa sozinha," ela insistiu, dando um passo instável em direção à porta. "Não preciso da sua ajuda."
"Você mal consegue ficar em pé," rebati, me aproximando. "Não seja teimosa, Lila."
"Estou bem," ela disse, mesmo enquanto balançava levemente. "Só preciso de um pouco de ar fresco."
Estendi a mão, fechando-a ao redor do pulso dela. A pele dela estava fervendo contra minha palma. "Deixe-me te levar para casa," repeti, sem aceitar discussão.
Para minha surpresa, ela puxou o braço com uma força surpreendente, quase perdendo o equilíbrio no processo.
"Quem é a mulher com quem você está falando?" A pergunta saiu de seus lábios, crua e acusatória.
Senti meus olhos se arregalarem. Como ela sabia que eu estava falando com uma mulher? Eu tinha tido o cuidado de manter minhas costas voltadas para ela o tempo todo, deliberadamente garantindo que ela não pudesse ouvir o lado de Sophia na conversa.
Minha mandíbula se apertou enquanto eu estudava o rosto dela. "Quanto você ouviu?" perguntei, mantendo minha voz perigosamente baixa.
Ela deu um passo para trás, e eu avancei instintivamente, invadindo seu espaço. Algo sobre ela saber sobre Sophia me deixou inquieto. Não gostava de ser pego de surpresa, especialmente por uma mulher que eu mal conhecia—não importava o quão incrível nossa única noite juntos tivesse sido.
A cada passo que eu dava para frente, ela dava um para trás, até que suas panturrilhas bateram na beira do sofá. Ela perdeu o equilíbrio, caindo de costas sobre o couro com um baque suave. Minha jaqueta se abriu ligeiramente, revelando um vislumbre tentador de sua roupa de stripper por baixo.
Eu me inclinei, colocando minhas mãos de cada lado da cabeça dela, prendendo-a entre meus braços. "Conhecimento pode ser perigoso," sussurrei contra seu ouvido, sentindo-a tremer em resposta. "Especialmente quando é informação que você não deveria ter."
Minha mão deslizou por baixo da jaqueta, encontrando a pele lisa de sua cintura, subindo até sentir o pico endurecido de seu mamilo sob o tecido fino da roupa. Sua respiração ofegante enviou um pulso de desejo direto para minha virilha.
Eu me movi, minha coxa pressionando entre suas pernas abertas, meu joelho inadvertidamente fazendo contato com seu centro. Através do material fino de sua calcinha, eu podia sentir seu calor, a umidade ali me dizendo tudo o que eu precisava saber sobre a resposta do corpo dela a mim.
Ela quer isso tanto quanto eu.
Eu me inclinei, meus lábios pairando logo acima dos dela, prontos para reivindicar aquela boca que assombrava meus sonhos há três malditos meses.
Mas, em vez de rendição, recebi um empurrão forte contra meu peito, seguido por um estalo agudo quando a palma dela se conectou com minha bochecha. O tapa não foi particularmente doloroso, mas o choque me fez recuar.
"Eu não vou deixar você me humilhar assim," ela sibilou, os olhos ardendo de raiva e algo que parecia suspeitosamente como mágoa. "Você tem outra mulher, mas está aqui tentando—o quê? Conseguir uma rapidinha com a stripper?"
Eu a encarei, genuinamente confuso pela intensidade de sua reação.
Ela se levantou, segurando minha jaqueta fechada ao redor do corpo. "Eu não sou o tipo de mulher que você pode usar quando quiser e descartar quando terminar," ela cuspiu. "Nunca fui, e nunca serei!"
Nunca foi? Do que diabos ela está falando?
Antes que eu pudesse processar suas palavras ou formular uma resposta, ela estava se dirigindo para a porta, surpreendentemente firme nos pés agora que a raiva parecia ter queimado sua fraqueza.
Ela parou na porta, virando-se para me dar um último olhar fulminante antes de bater a porta com força suficiente para sacudir a moldura.
Fiquei ali por um longo momento, minha bochecha ainda ardendo, meu corpo ainda desconfortavelmente excitado, e minha mente correndo com perguntas. Nós só nos encontramos uma vez antes. O que ela quis dizer com 'nunca foi'? Temos alguma história que eu não sei?
Peguei meu telefone novamente, mas desta vez para ligar para Leo, meu assistente de maior confiança.
"Senhor?" ele atendeu no primeiro toque.
"Preciso que você siga alguém," eu disse, minha voz novamente cortante e profissional. "Uma stripper do Eclipse chamada Lila. Descubra tudo o que puder sobre ela—histórico, família, finanças, tudo."
"Imediatamente, senhor."
