Capítulo 6
Rupert observou com satisfação quando uma rachadura finalmente apareceu na compostura dela, e ele aumentou as apostas.
"Rupert não vai sobreviver por muito tempo. Quando ele morrer, meu tio Cruz vai engolir toda a família Russell. Junte-se a mim, e eu te garanto uma vida de riqueza e luxo, segura como a matriarca da família Russell."
Cada palavra pingava sedução.
Diana ouviu, silenciosa por alguns segundos.
"Então você quer que eu seja sua amante, enquanto te ajudo a derrubar seu tio como sua agente infiltrada na luta pelo poder da família?" ela perguntou.
"Essa é uma maneira de colocar as coisas," Rupert respondeu com perfeita compostura.
"Não," Diana recusou, rápida e decisiva.
As sobrancelhas de Rupert se ergueram, claramente não esperando uma rejeição tão rápida.
"Primeiro, eu não tenho nenhum interesse em ser sua amante," Diana afirmou em um tom tão casual quanto discutir sobre o tempo agradável. "Segundo, eu me importo ainda menos com quem acaba com a fortuna da família Russell."
Ela fez uma pausa, seus olhos claros olhando diretamente para os dele.
"Quem quer que me queira morta, eu quero morto primeiro. Seja Cruz ou Alvina—eles querem Rupert morto e sua nova noiva enterrada ao lado dele. Então eles são meus inimigos." A lógica de Diana era assustadoramente clara.
"No entanto, já que compartilhamos inimigos comuns, a cooperação não está fora de questão."
Rupert de repente achou a situação divertida.
Ele havia armado essa armadilha para testá-la. Em vez disso, depois de toda a sua manobra, ela o puxou para a mesa de negociações para discutir os termos.
"Cooperação?" Rupert saboreou a palavra. "Que tipo de cooperação você tem em mente?"
"Também é bastante simples." Diana puxou o canto da boca, virou-se para a cabeceira da cama, inclinou-se para pegar a seringa usada do lixo da noite anterior, voltou para ele e a estendeu.
"Até que eu pessoalmente mande essa escória da família York para o inferno, meu marido deve permanecer vivo. Em troca, eu te ajudo a lidar com Cruz depois."
Rupert olhou pensativamente para a seringa vazia.
Na noite anterior, ele a havia visto injetar o que quer que fosse no corpo na cama.
Ele havia assumido que era veneno, mas a mulher à sua frente não trabalhava para Cruz, e ele estava ali, vivo e bem. A única explicação era que não era veneno—era um antídoto.
Ela realmente estava salvando ele?
Rupert estudou Diana. Sua estrutura era pequena, sua tez pálida pela falta de sono, mas a luz em seus olhos era assustadoramente fria.
Ela não era isca, nem presa; ela era uma rede.
Depois de um longo momento, Rupert finalmente respondeu, "Fechado."
Ele de repente percebeu que tê-la como aliada seria muito mais interessante do que tê-la como amante.
Ele queria ver quantos peixes essa rede poderia capturar.
Diana casualmente jogou a seringa de volta no lixo.
Então ela estendeu a mão. "Então, Sr. Russell, aqui está para uma parceria bem-sucedida. Somos aliados, não inimigos—pelo menos por enquanto."
Na manhã seguinte, o escritório de Rupert estava cheio com o aroma calmo de livros antigos e cedro.
Diana já estava sentada atrás da grande mesa de madeira de lei. O sistema de segurança de ponta nesse computador era supostamente impenetrável—mesmo hackers de elite sairiam de mãos vazias.
Mas aos olhos dela, era notavelmente vulnerável.
Seus dedos se moviam pelo teclado sem batidas agressivas—apenas um ritmo constante e rápido com movimentos quase rápidos demais para acompanhar.
Na tela, códigos densos fluíam, passavam e se reorganizavam, finalmente parando na interface de um banco offshore.
Aquela longa sequência de zeros no saldo da conta era o dinheiro que a família York havia recebido por vendê-la como mercadoria.
O padrão de respiração de Diana permaneceu perfeitamente estável.
Aquela quantia enorme, suficiente para fazer qualquer um perder o controle, era realmente apenas uma sequência de números para ela.
Sem hesitação, ela registrou uma empresa offshore anônima, com informações legais apontando para uma identidade virtual que não existia mais.
Diana comprou várias pequenas propriedades comerciais negligenciadas do outro lado do oceano como futuras bases.
Ela abriu novas contas criptografadas, dividindo os fundos em inúmeras partes. Como riachos fluindo para o oceano, o dinheiro passou por mais de uma dúzia de instrumentos financeiros complexos, apagando completamente qualquer rastro que o ligasse às famílias Russell ou York.
Em menos de meia hora, aquele pagamento massivo da família Russell havia se tornado o financiamento inicial para seu futuro laboratório médico privado de alta tecnologia.
Quando terminou, deletou todos os rastros das operações. A área de trabalho do computador voltou ao seu estado calmo, como se nada tivesse acontecido.
Nesse momento, uma batida suave soou na pesada porta do escritório.
"Sra. Russell, o Sr. Mason Russell solicitou sua presença para o almoço," veio a voz formal do mordomo do lado de fora.
"Já vou," respondeu Diana.
Este seria seu primeiro almoço em família desde que se casou.
Diana se levantou, girando o pescoço ligeiramente rígido. A luz da manhã que entrava pela janela refletia em seus olhos—claros e frios.
Poderia haver uma tempestade problemática se formando, mas ela enfrentaria o que viesse.
A sala de jantar da Mansão Russell.
Mason Russell, o avô de Rupert, estava sentado na cabeceira da longa mesa.
Ele não olhava para ninguém, apenas se concentrava na pulseira de pedras preciosas em sua mão, embora seus olhos não perdessem nenhuma das micro-expressões ao redor da mesa.
À sua esquerda estava Alvina, com uma maquiagem impecável, embora a linha tensa de sua boca traísse sua ansiedade e impaciência.
Diana estava sentada à direita de Mason—a posição da matriarca da família Russell.
Ela sentava-se silenciosamente, coluna ereta, comportamento composto, ignorando completamente o olhar venenoso de Alvina do outro lado da mesa, que parecia quente o suficiente para queimar buracos nela.
A refeição começou, com os criados trazendo os pratos em um fluxo constante.
Alvina de repente colocou os talheres e quebrou o silêncio com uma leve tosse deliberada.
Ela enxugou o canto da boca com um guardanapo de seda, seu olhar pousando levemente em Diana. "Diana, não te ensinaram a usar os talheres corretamente em Rosewood? Se os de fora vissem como você está segurando, pensariam que a família Russell não tem padrões."
Seu volume não era alto, mas era suficiente para que todos os criados na sala de jantar ouvissem claramente.
Instantaneamente, todos os criados abaixaram a cabeça, aliviando deliberadamente a respiração.
O rosto de Diana não mostrou sinal de ofensa. Se ela deixasse todos os criados acreditarem que era facilmente intimidada, os problemas futuros só se multiplicariam.
Seguindo o olhar de Alvina, ela olhou para suas mãos segurando a faca e o garfo, então deliberadamente os colocou de lado.
Ela levantou a cabeça, encontrando o olhar desafiador de Alvina, seu rosto até mostrando um arrependimento perfeitamente calibrado.
"Peço desculpas. Toda a minha atenção tem sido focada em cuidar do meu marido Rupert e estabilizar sua condição. Verdadeiramente não tive tempo para me preocupar com detalhes tão menores."
Sua voz não era muito suave nem muito alta, gentil e clara.
"Afinal, o que poderia ser mais importante agora do que a vida dele?"
Com uma frase, ela não apenas desviou todas as críticas, mas também fez Alvina parecer uma mãe fria que se importava mais com boas maneiras à mesa do que com a condição de vida ameaçadora do filho.
As bochechas de Alvina rapidamente coraram, a réplica presa dolorosamente em seu peito.
Ela queria reagir, mas percebeu que qualquer coisa que dissesse estaria errada e só a faria parecer mais amarga.
Essa vadia! Como ousa humilhá-la publicamente!
Mason, que havia permanecido em silêncio, parou o que estava fazendo.
Seus olhos, que já tinham visto de tudo, estavam fixos inabalavelmente em Diana.
















































































