Capítulo 7
Mason colocou sua pulseira na mesa, seu olhar varrendo o rosto de Alvina, que mal conseguia controlar suas emoções.
"Diana está certa. A saúde de Rupert é a prioridade agora. Desde que ela se casou com a família Russell, ela é uma de nós. Ninguém deve dificultar as coisas para ela."
Ele estava simultaneamente apoiando-a, colocando Alvina em seu lugar e estabelecendo regras para todos os criados presentes—o ancião mais autoritário havia oficialmente reconhecido seu status.
O rosto de Alvina mudou dramaticamente. Ainda assim, ela não ousou contradizer Mason. Só pôde abaixar a cabeça em humilhação e pegar seus talheres novamente, espetando o prato com força suficiente para quase quebrá-lo.
Diana baixou as pálpebras, pegou seu copo d'água e deu um pequeno gole. A água morna desceu confortavelmente por sua garganta.
Ela havia vencido a primeira batalha na família Russell. Embora fosse apenas o começo, ela pelo menos havia garantido um espaço para si.
O almoço terminou em um pesado silêncio.
Diana empurrou a porta do quarto de Rupert para encontrar o homem que se apresentava como Alaric encostado na cabeceira, seus dedos bem definidos repousando nas cicatrizes de queimadura do rosto do "Rupert".
O "Rupert" na cama era na verdade um paciente vegetativo com o rosto desfigurado que o verdadeiro Rupert havia encontrado para substituí-lo quando exames eram necessários ou outros assuntos surgiam.
Rupert olhou para Diana quando ela entrou, seu tom era neutro. "Ouvi dizer que você deixou Alvina tão chateada que ela não conseguiu terminar o almoço."
"Ela insistiu em procurar problemas. Eu dificilmente poderia decepcioná-la," Diana respondeu, aproximando-se para afastar a mão dele.
Ela verificou o monitor de sinais vitais ao lado da cama, e só quando confirmou que todas as leituras estavam normais, soltou um leve suspiro de alívio.
Rupert emitiu um som baixo e profundo na garganta, o canto de sua boca curvando-se em um leve sorriso.
Essa mulher sempre conseguia dizer coisas que não podiam ser refutadas no tom mais casual.
"Mason se levantou por você," Rupert disse, levantando-se. O cobertor deslizou com seu movimento, revelando parte de seu peito tonificado.
"Ele não estava se levantando por mim—ele estava se levantando por si mesmo," Diana respondeu, só agora notando que Alaric não usava nada na parte superior do corpo, embora não tenha se demorado nisso.
"Ele precisa de uma nora que possa mantê-lo estável enquanto segura várias facções. Pelo menos até Rupert se recuperar totalmente, ou melhor, até você não precisar mais de mim, minha posição está segura."
Ela entendia perfeitamente a relação.
Mason não era um filantropo. Cada decisão que ele tomava era baseada nos interesses da família Russell.
A proteção dele hoje era puramente porque ela era atualmente um ativo de alto desempenho.
Neste mundo, os relacionamentos mais sólidos nunca eram baseados em emoções efêmeras, mas em benefícios mútuos tangíveis.
Rupert deliberadamente abaixou a cabeça mais perto de Diana, estendendo a mão para forçar seus lábios a ficarem a uma distância de um dedo dos dele, como se pudesse beijá-la no próximo momento.
O coração de Diana acelerou. A aparência do homem era realmente excepcional—sua estrutura óssea e traços gerais eram quase perfeitos.
No entanto, ele não a beijou nem falou mais, apenas a olhou silenciosamente.
Diana também não fez movimento algum, apenas conseguindo lançar um olhar para o "Rupert" deitado na cama.
Depois de um tempo, Rupert finalmente soltou a grande mão atrás da cabeça de Diana, deu-lhe um olhar enigmático e saiu do quarto.
O quarto voltou ao silêncio. Diana sentou-se no sofá, abriu seu telefone de trabalho e começou a processar os e-mails acumulados na caixa de entrada da "Mão de Deus".
A tela estava cheia de súplicas de instituições médicas de ponta e famílias ricas ao redor do mundo, cada uma oferecendo recompensas mais absurdas que a anterior.
Ela os escaneou rapidamente, então, sem emoção, selecionou todos, marcou como lidos e os arrastou para a lixeira.
Nesse momento, o celular pessoal de Diana vibrou na mesa. Era uma mensagem de um número desconhecido: [Ana.]
A expressão de Diana ficou fria.
Ana era um apelido usado apenas por colegas próximos da escola depois que ela havia sido trazida de volta para a família York anos atrás.
Ela não respondeu. Segundos depois, o número ligou diretamente.
Diana levou o telefone para a varanda, atendeu e simultaneamente ativou a gravação.
"Alô."
Do outro lado, um homem deliberadamente baixou a voz, tentando criar um tom gentil, apaixonado e magnético. "Diana... é você? É o Marcus Wells."
Marcus era seu veterano na faculdade, presidente do conselho estudantil, de origem humilde, mas incrivelmente bonito - a paixão secreta de muitas alunas.
Quando ela foi trazida de volta para a família York de Rosewood, Diana, coberta de insegurança, foi uma dessas garotas.
Ela até fez algo tão tolo quanto reunir toda sua coragem para lhe entregar uma carta de amor.
O resultado foi previsível: a carta foi lida em voz alta pelos amigos dele, causando risadas generalizadas.
Ele havia se adiantado e desfeito a situação de maneira educada, mas distante.
Disse que admirava seu talento, mas que não eram compatíveis.
Olhando para trás agora, não era sobre compatibilidade - era simplesmente que ela não era favorecida pela família York, então não havia benefício em se envolver com ela.
Afinal, ele mais tarde usou todo o dinheiro da bolsa de estudos para criar gestos românticos perseguindo Leila.
Leila até se gabou na frente dela que, com apenas uma pequena mesada, Marcus a seguiu por três anos.
Quão terrível havia sido seu julgamento em sua juventude ingênua.
"O que você quer?" A voz de Diana era tão fria como se estivesse falando com um estranho fazendo uma oferta de venda.
Marcus claramente ficou surpreso, provavelmente não esperando essa reação.
Ele rapidamente se ajustou, enchendo seu tom de suposta preocupação.
"Diana, ouvi dizer que você se casou com aquele Rupert moribundo da família Russell. Estou ligando para dizer que não tenha medo - ainda estou aqui para você. A família York está especialmente preocupada com você, com medo de que você possa ser maltratada na casa dos Russell."
"É mesmo?" Diana riu levemente, encostando-se no corrimão frio da varanda do quarto, olhando para a paisagem distante. "A família York está preocupada comigo, ou está com medo de que tenha vendido sua vaca leiteira sem ter como tirar mais dinheiro?"
"Diana, como você pode pensar isso?" O tom de Marcus transmitia o quanto ele se sentia magoado por suas palavras.
"Eu sei que você está se sentindo injustiçada, mas por favor, não desista de si mesma. Ouça-me - apenas suporte um pouco mais na família Russell. Uma vez... uma vez que Rupert morra, você pode sair, e eu vou atrás de você. Diana, eu me casarei com você. Eu vou te tratar bem. Na verdade, eu sempre..."
"Marcus Wells," Diana interrompeu friamente sua nauseante declaração de amor, "quanto a família York te pagou para recitar esse script hipócrita e nojento na minha cara?"
O outro lado da linha ficou em silêncio absoluto.
O sorriso de Diana ficou mais frio. "Volte e diga aos seus mestres para encontrar alguém com melhores habilidades de atuação na próxima vez. E você - abandone suas ilusões. Você não é digno nem de engraxar os sapatos de Rupert."
Com isso, ela desligou, bloqueou o número e deletou o contato - tudo em um movimento fluido.
Uma onda de náusea subiu de seu estômago. Ela não esperava que a família York ficasse inquieta tão rapidamente, nem que fossem estúpidos o suficiente para enviar um idiota como Marcus para tentar lavá-la cerebralmente.
Eles realmente achavam que ela ainda era aquela garotinha que podiam manipular à vontade?
Ela olhou para a tela do telefone enquanto outra nova mensagem aparecia.
Desta vez era de Dash.
[Diana, é o Dash. Vamos nos encontrar. Há algumas coisas que gostaria de discutir com você. No lugar de sempre, Starlight Café. Estarei esperando.]
















































































