CAPÍTULO 15

"Você sabe que levo nossos assuntos da máfia muito a sério, nunca insinue o contrário!" ameaçou Dom.

"Claro, Dom," respondeu Filipe.

"Bem, tente relaxar um pouco, Filipe, e vamos ouvir o que ela tem a dizer," disse Dom, tentando acalmar a situação.

"Primeiro de tudo, eu não sou um brinquedo! O Contrato é válido e no interesse de ambas as partes," retrucou a mulher.

"E qual é o seu, princesinha?" zombou Filipe.

"Bem, sem mais treinamentos, torturas. Adam não é ruim, e eu ainda posso te irritar. Eu diria que estou na frente!" ela respondeu com um toque de sarcasmo.

Claramente irritado com a atitude dela, Dom respondeu, "Não te ensinaram a respeitar os homens?"

"Deveriam ter te treinado melhor; você é apenas uma ESPOSA, e não podemos confiar em você!" Filipe retrucou de maneira desdenhosa.

"EU SOU MUITO MAIS DO QUE ISSO!" ela gritou, mostrando sua indignação.

Enquanto a discussão continuava, um estrondo alto foi ouvido, interrompendo momentaneamente o conflito.

POV: ADAM

"Estava ficando irritante, essa troca de farpas entre os dois. Bati na mesa com um soco forte, causando um barulho alto, e os dois olharam para mim, ficando em silêncio.

"Cala a boca!" eu disse firmemente.

Eles assentiram em concordância.

"Muito bem... Filipe, quem te deu o direito de falar com minha esposa desse jeito? Esqueceu quem está no comando e toma as decisões aqui?"

"Não, Dom, mas..."

"Mas nada! Eu te permiti falar?"

Filipe abaixou a cabeça.

"Nunca mais insulte minha esposa, entendeu?"

"Sim, senhor."

Davina sorriu satisfeita, mas...

"E Davina?"

"Senhor?"

"Filipe está CERTO, embora eu aprecie sua colaboração, ainda não podemos confiar em você."

"Entendo, então... Por que me trouxe para esta reunião?"

"Porque eu realmente quero ouvir seu plano, sei da sua reputação como estrategista. Mas deixe-me deixar uma coisa bem clara, saiba seu LUGAR!"

Ela abaixou a cabeça.

"Sim, senhor, me perdoe."

Filipe soltou uma risada, e eu vi ela lançando um olhar fulminante para ele.

"Ótimo! Agora que deixamos nossos papéis claros, Davina, por favor, prossiga!"

POV: DAVINA

"Por um breve momento, pensei que seria respeitada como pessoa, mas antes que pudesse me iludir, Adam deixou minha posição clara...

'Esposa,' apenas uma maldita 'esposa' que oferecerá seu conhecimento ao marido sem um pingo de reconhecimento.

E esse Filipe, um homem tão machista e irritante. Não gostei dele desde o primeiro dia; meus instintos sinalizam perigo, mesmo que eu não entenda completamente. Mas meus instintos raramente falham!

Respiro fundo e continuo:

'Como quiser...'

Levanto-me, sirvo um copo de uísque, bebendo-o de um gole só.

'Forte demais, princesinha?'

'Fraco demais, na verdade. Prefiro um Scotch Malt Original.'

'Pelo menos você entende de uísques, mas será que consegue realmente elaborar planos?'

'Acredito que farei um trabalho melhor que o seu.'

Antes que Filipe pudesse responder, Adam interfere.

'Tenho que atirar em vocês dois? Davina, vá direto ao ponto.'

'É bem simples, na verdade. A ARMADILHA!'"

"Como assim?" Dom questionou, levantando uma sobrancelha com um olhar desafiador.

"Você seleciona alguns capangas e passa o plano. Forja uma remessa com armas e drogas, atraindo muita atenção! Espalhe a palavra de que a entrega é de extrema importância e destinada à máfia francesa. Eles não vão suspeitar de nada, especialmente porque acabamos de fechar um acordo," ela sorriu maliciosamente.

"Interessante..." Adam respondeu, visivelmente intrigado. "Mas essa não será a remessa real, certo?"

"Exatamente!" confirmou Davina, com um tom de mistério na voz. "Homens de confiança estarão dentro da remessa, daí o nome 'a ratoeira'. Vamos armar tudo, e os ratos virão pelo queijo, e então os pegaremos!"

"Isso é ridículo!" retrucou Filipe, irritado. "E se a informação vazar e eles descobrirem que é uma armadilha?"

Davina olhou para ele com um sorriso frio. "Por isso, meu caro ingênuo, haverá dois contêineres, e apenas homens de confiança de vocês dois saberão qual deles contém a carga real."

"Eles vão descobrir..." Filipe continuou, preocupado. "Devemos agir e ir atrás dos nossos inimigos, torturá-los para descobrir quem é o informante."

"Os sábios agem, e os tolos reagem, pense bem, Dom," provocou Davina, desafiando-o a reconsiderar suas ideias.

Adam então voltou seu olhar para Filipe e disse firmemente, "Filipe, controle-se! Davina, saiba seu lugar."

Adam começou a analisar as duas propostas mais cuidadosamente. "De fato, Davina está certa," admitiu, surpreendendo a todos. "Mesmo que eu esteja irritado porque a ideia veio dela, você, Filipe, tem que reconhecer que o plano é bom."

"Impressionante, estou surpreso com sua mente, Dom!" comentou Filipe, com um toque de admiração.

"Sério?" Filipe respondeu, levantando uma sobrancelha desafiadoramente. "Isso deve ser uma piada. Você realmente vai ouvi-la?"

"Ah, Filipe, não precisa ter ciúmes. Eu sei compartilhar!" Davina provocou com um sorriso malicioso.

Filipe deu um passo em direção a Davina, claramente irritado, mas ela permaneceu composta, sem mostrar medo.

"Filipe, controle-se!" Adam repetiu, sua voz mais firme. "Davina, saiba seu lugar." Ele afirmou seu comando da situação.

A atmosfera tensa e provocativa encheu o ar enquanto os três negociavam seus planos para confrontar seus inimigos. Cada palavra carregada de emoção e intenção, em um perigoso jogo de poder e astúcia.

POV: ADAM

Ela sorriu e o observou em silêncio. Parece que ela não teme absolutamente nada.

"Dane-se! Ela não é confiável, e se essa armadilha for para nós, estamos ferrados?" ele disse, visivelmente preocupado.

"Você é um dos ratos, é isso?" ela provocou.

A raiva consumiu Filipe, que rapidamente sacou sua arma e apontou para a testa dela.

"Não me surpreende que vocês sejam roubados, andando por aí com uma arma assim," ela disse, tentando manter a compostura.

"Filipe, acalme-se, ou eu vou te acalmar," Dom interveio calmamente.

Ele guardou a arma, perplexo com a falta de reação ou medo dela. Ou ela estava acostumada a situações tensas ou simplesmente era louca. Talvez ambos.

"Como quiser, podemos seguir seus planos, mas se falhar... eu vou saber quem é o rato infiltrado," ele ameaçou.

Ela apenas sorriu, mostrando confiança em si mesma.

"Vamos planejar o local, horário e selecionar os capangas," sugeriu Filipe.

"Está bem, eu tenho uma ideia sobre o local e o horário," respondeu Davina.

"Não, princesinha, essa parte não será sua responsabilidade," Adam a interrompeu.

"O quê? O plano é meu!" ela protestou.

"Agradeço sua contribuição, mas lembre-se: saiba seu lugar. Por favor, saia," ele ordenou.

Vi ódio em seus olhos enquanto ela cerrava os punhos e respirava fundo.

"Claro, meu senhor," ela respondeu com um toque de sarcasmo.

Percebi que ela me chamava de "meu senhor" quando estava irritada comigo. Bem, estamos progredindo; já consigo reconhecer algumas de suas reações.

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