CAPÍTULO 06

Com passos determinados, caminho até o fim do corredor onde encontro o escritório e bato na porta.

"Entre."

"Senhor?"

"Você está atrasada! Não me importa se precisa encontrar um vestido de noiva ou uma fada madrinha; pontualidade é tudo. Você é mais do que apenas uma futura esposa!"

"Perdoe-me, o senhor está certo."

"Hunf... Feche a porta, vamos alinhar os planos!"

Faço o que ele diz. Passamos o resto da tarde analisando a fortaleza de Dom e possíveis brechas de segurança para acessá-la sem levantar suspeitas. Preciso enviar mensagens escondidas com as informações que reunir dentro da mansão.

"Senhor, a planta não detalha o quarto de Dom. No entanto, imagino que haja uma varanda, e todas as varandas precisam de um ralo na extremidade para evitar acúmulo de água em dias de chuva."

"Continue...."

"Posso ir à varanda fingindo apreciar a vista noturna e ficar sozinha por um tempo. Vou enrolar uma nota em um barbante e baixá-la pelo ralo durante as madrugadas. Veja aqui...."

Aponto para a planta da mansão.

"Este cano da varanda desce em direção ao jardim, e aqui..."

Aponto para um ponto no arbusto do jardim localizado ao lado da casa.

"É outro ponto cego da casa, onde um infiltrado pode pegar as mensagens que eu baixaria sem levantar suspeitas e trazê-las para você."

Bruce me olha com satisfação e sorri.

"Essa é a estrategista que eu treinei! Lembre-se, Davina, você é mais do que uma esposa... Não me decepcione!"

"Não vou!"

E então ficamos em silêncio.

"Senhor, se terminamos, gostaria de subir para meus aposentos."

"Claro, vá."

Quando estou prestes a sair da sala, Bruce me para.

"Só mais uma coisa, Davi."

Viro-me para encará-lo.

"Sim, senhor?"

"Não se apaixone! Seu objetivo é fazer com que ele se apaixone por você, não o contrário. Lembre-se do que eles fizeram conosco e de tudo que você passou por causa dele!"

"NUNCA!"

"Ótimo, graças aos ingleses, Angel não está mais conosco... Isso... é imperdoável!"

Cerro os punhos de raiva com suas palavras; não preciso que ele continue me lembrando.

Ele percebe minha reação, inclina-se para frente e acena com a cabeça, sentindo a tensão em minhas mãos.

"Use isso como combustível, agora vá... Você precisa estar pronta para o que está por vir!"

"Sim, senhor."

Saio do escritório e passo pela minha mãe, que me olha severamente...

"Querida, vamos jantar?"

"Não estou com fome."

Vou rapidamente para meus aposentos, indo direto para o chuveiro... Preciso me lavar e encontrar outra forma de relaxar, já que estou proibida de treinar até o casamento.

Começo a passar a mão pelo meu corpo... Acaricio meus seios doloridos das torturas sofridas uma semana antes, aliso e desço as mãos até alcançar o clitóris... Logo me lembro de Adam, seu olhar tão penetrante.... Automaticamente começo uma massagem gostosa, arrepio-me e delicio-me com meus toques, usando as pontas do dedo indicador e polegar, sinto o clitóris, acariciando e pressionando suavemente, movendo a pele abaixo em pequenos círculos.

Uso o dedo anelar e o indicado para abrir os grandes lábios, permitindo que o dedo médio tenha acesso livre ao clitóris, afundo um dos dedos em um ritmo lento, brincando com minha entrada...

É verdade que nunca estive com um homem ou fui penetrada, mas anos de tortura me fizeram conhecer bem meu corpo e, de uma maneira única, estar bem conectada.

Uma das formas de reduzir minha dor era a masturbação... Liberava endorfinas!

Continuo a massagem com uma mão e com a outra levo o dedo à boca e o sugo, enquanto faço movimentos circulares no clitóris sentindo arrepios de prazer.

Depois desço a segunda mão e passo meus dedos ao redor da minha entrada acariciando, coloco dois dedos dentro em um entra e sai prazeroso, aumento a velocidade das massagens no clitóris jogando a cabeça para trás sentindo o prazer, o êxtase me alcançando, logo alcanço o clímax... Finalmente, sinto o corpo relaxar!

Termino meu banho, me visto, e ao sair, me deparo com uma bandeja na cama, acompanhada de um bilhete doce: 'Bon appétit' (aproveite sua refeição). O gesto me faz sorrir, apreciando a gentileza da minha mãe.

Pego meu celular e verifico as mensagens da minha melhor amiga:

Mensagem ligada...

'Hey, ouvi dizer que você não tem comido direito... Não quer que eu vá aí e enfie comida na sua goela, hein?'

Dou risada da mensagem, sabendo que ela faria isso se pudesse...

'Prometo que vou comer melhor!'

'De jeito nenhum, você não pode só prometer! Você sempre quebra suas promessas, mas não seus compromissos.'

Ela me conhece melhor do que ninguém.

'Ok, ok... Eu me comprometo, tá bom?'

'Absolutamente! Amiga, eu posso não conseguir fazer muito por você, mas farei o impossível para cuidar de você, não importa a distância, situação ou forma. Tá bom?!'

Respiro fundo depois de ler a mensagem.

'Eu sei, e você cuida tão bem de mim. Obrigada por tudo!'

'Amo você mais! Bem, se necessário, eu até mato aquele bonitão do Dom.'

'Hahahahah, cuidado, ele é um cara durão. Você teria que passar por um exército de mafiosos ingleses e ainda enfrentá-lo. Ouvi dizer que ele luta bem.'

'Souer (irmã), nenhum exército é tão forte quanto uma amiga preocupada e protetora! Confie em mim...'

'Não duvido, mas agora tenho que ir... Vou comer e descansar!'

'Estou de olho em você, tenha um bom descanso, minha amiga.'

Mensagens desligadas...

Deito na cama, puxando um livro de medicina debaixo do travesseiro. Quero e preciso entender cada parte do corpo, pois será útil tanto nas torturas quanto nos prazeres. Adam tem que se apaixonar por mim para o plano dar certo, e eu não vou falhar!

Analisando as tensões do corpo, isso me dá ideias ousadas sobre Dom... Droga, é difícil se concentrar contra o inimigo quando seu corpo te trai, querendo dormir com ele!

Não importa, é outra missão essencial, e eu devo isso à minha irmã... Vou vingar ela!

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