Capítulo 2: Keane

"Ah, merda."

A mulher chupando meu pau sorriu quando as palavras escaparam dos meus lábios com um gemido. Envolvi minha mão em seu cabelo, forçando sua cabeça mais para baixo no meu eixo, sufocando-a.

"Porra, K. Divide um pouco, vai?" Beau exigiu do outro lado da cama, suas mãos acariciando seu pênis enquanto observava a garota, Sadie, me engolir. Sorri para ele da minha posição e então puxei a cabeça de Sadie para trás, minha mão ainda enrolada em seus cabelos loiros.

"Vai foder o Beau," sussurrei em seu ouvido. "E não pare até ter engolido cada gota dele."

Sadie assentiu desesperadamente, sempre a vadia, essa garota, e engatinhou de quatro até Beau. Olhei para Teague, que estava relaxado em uma poltrona do outro lado do quarto. Ele nem estava prestando atenção, com o nariz enfiado em um maldito livro. Assobiei entre os dentes, e ele olhou para cima, parecendo menos do que impressionado.

"Quer participar?" perguntei, acenando para Beau e Sadie. "Ainda tem bastante para todos."

"Não com o jeito que vocês a foderam," Teague disse com um grunhido. "Acho que vou esperar por algo melhor."

"Covarde," eu disse, e ele deu de ombros.

"Preferencialmente."

Do outro lado da cama, Teague chegou ao clímax com um tremor, mãos firmemente presas nos cabelos loiros de Sadie. Quando ela se afastou, engolindo seu gozo, apontei com o polegar para a porta.

"Terminamos aqui," eu disse, e Sadie me lançou um olhar furioso, mas não ousou dizer nada enquanto deslizava para fora da cama e atravessava o quarto para pegar suas roupas, ainda as vestindo enquanto saía do meu quarto.

"Sou só eu, ou já está na hora de encontrar uma buceta nova?" Teague perguntou, se limpando antes de vestir seu jeans. Me joguei na cama, estendendo a mão para pegar um baseado apagado e um isqueiro. Acendi o isqueiro e dei uma longa tragada, olhando para Teague.

"Pegue quem você quiser," eu disse. "Não tem mais ninguém aqui que me interesse."

"Para ser justo, você não se interessa por pessoas. Você se interessa por sexo," disse Beau. "Acho que nunca te vi ter algo que realmente se pareça com um relacionamento."

"Foda-se os relacionamentos," eu retruquei, dando outra tragada no baseado. "Vamos lá, caras. Nós mandamos nessa escola. Quem precisa de relacionamentos?"

"Falando nisso," Beau disse, finalmente fechando seu livro. "Um passarinho me contou que Blackwood tem uma nova aluna chegando."

"E daí?"

"Uma mulher."

Teague e eu trocamos um olhar, e ele deu de ombros. "Talvez ela seja gostosa."

"Ou talvez ela seja um monstro do pântano," eu disse com uma risada, passando o baseado para Teague. "De qualquer forma, vamos conhecê-la em breve."

"Me pergunto pelo que ela está aqui," Beau ponderou em voz alta, e nós dois nos viramos para olhar para ele.

"Assassinato, talvez," eu disse com um encolher de ombros. "Ou algo tão insignificante quanto roubo. Preferencialmente o primeiro."

"É," riu Teague. "Sabemos como você gosta dos psicopatas."

"Pode me culpar? Os loucos são sempre os melhores na cama." Abandonando minha cama, vesti uma calça de moletom e chequei meu rosto no espelho, passando a mão sobre a barba escura começando a crescer no meu queixo. Uma nova aluna sempre era interessante, especialmente quando era uma garota. Nós gostávamos de garotas aqui.

"Teague," eu o repreendi, notando imediatamente como sua perna começou a tremer e vibrar em evidente ansiedade. Às vezes, os sintomas de sua esquizofrenia apareciam, e era meu e de Beau o trabalho de impedir que isso acontecesse. Éramos melhores amigos, irmãos, e cuidávamos uns dos outros porque não havia ninguém aqui que cuidasse de nós. Foda-se todos eles.

"É só uma garota," Beau disse a ele. "Não precisa ficar todo nervoso."

"Eu não estou ficando nervoso, tá?" Teague retrucou, andando de um lado para o outro no quarto. "Quem se importa com uma nova garota? Eu só—eu odeio mudanças."

"Quem sabe, talvez você goste dela." Ofereci o baseado a Teague, que o pegou agradecido, inalando profundamente antes de soltá-lo.

"É," Beau concordou. "Talvez todos nós gostemos dela."

Sorri, esfregando as mãos com um sorriso. "Bem, rapazes, já estava na hora de termos uma nova potranca para domar."

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