Capítulo 1 Namorado traído
Adeline Smith ainda estava atordoada quando saiu da delegacia.
Logo pela manhã, ela havia recebido uma ligação pedindo para que fosse à delegacia para ajudar em uma investigação.
Quando soube que era porque alguém havia filmado secretamente ela e seu namorado Allen Jones fazendo sexo em um quarto de hotel, ela suspirou aliviada.
Eles haviam concordado em manter um relacionamento platônico e não tinham feito sexo até se formarem na faculdade, então a polícia devia ter cometido um engano.
Mas quando chegou à delegacia e viu o casal nas imagens do vídeo, ela ficou completamente atônita.
Allen e sua melhor amiga Emily Miller estavam nus na cama, apaixonadamente entrelaçados. O casal havia até incorporado bondage e SM em sua relação. As imagens eram extremamente explícitas e, em um site de vídeos adultos, o vídeo deles já tinha mais de dez milhões de visualizações.
Como Emily estava usando uma máscara, a polícia automaticamente assumiu que a mulher era Adeline.
Ela, Adeline, descobriu em seu aniversário que havia sido traída pelo namorado e pela melhor amiga.
Tocando o preservativo e o cartão-chave do hotel em seu bolso, ela só conseguia sentir a amarga ironia.
Ela havia escolhido especificamente esse dia especial, querendo surpreender Allen em seu aniversário, mas ele a surpreendeu ainda mais.
Adeline instintivamente quis jogar o preservativo no lixo, mas ao lembrar que havia comprado a marca mais cara para sua primeira vez, para torná-la especial, decidiu não fazê-lo.
Por que desperdiçar seu dinheiro por causa do erro de outra pessoa?
Justo quando estava se sentindo para baixo, seu telefone tocou. Sua colega Elisa Garcia estava ligando para perguntar se ela poderia cobrir seu turno no bar.
"Adeline, por favor, estou implorando. Meu namorado raramente consegue vir me visitar!"
Adeline suspirou em resignação. Todo mundo estava se divertindo, e ela estava presa cobrindo o turno de alguém?
Quando estava prestes a recusar, ouviu Elisa acrescentar: "Eu te dou 30% das gorjetas."
"Tá bom, eu faço!"
Adeline soltou um longo suspiro. O velho ditado estava certo—azar no amor, sorte no dinheiro. Pelo menos ela ganharia algum dinheiro.
Como estudante de design de joias que frequentemente precisava comprar amostras de pedras preciosas, Adeline trabalhava frequentemente no bar para ganhar um dinheiro extra.
Ela era bonita e tinha lábia, o que a tornava bastante popular no bar.
Além disso, naquela noite o bar estava hospedando um grande evento—casa cheia, gorjetas altas—então Adeline rapidamente esqueceu o namorado traidor e se jogou na correria de ganhar dinheiro.
Ela se movia pela multidão, promovendo bebidas continuamente.
Elaine Wilson a avistou imediatamente da mesa VIP.
Olhando para o irmão estoico ao seu lado, ela arrancou a garrafa térmica da mão de Ronald Williams. "Ronald, você veio a um bar para beber água? Você está doente? Olha essas mulheres lindas ao seu redor. Sua família está te pressionando para casar, e nem estabeleceram padrões—qualquer mulher serve, certo?"
A menção desse assunto irritou Ronald.
Ele pegou de volta a garrafa térmica e tomou um grande gole.
Tendo sido preparado como herdeiro da família desde a infância, ele nunca teve tempo para namorar, e agora esperam que ele se case imediatamente? Devem estar sonhando!
"Mas só ser mulher não basta—ela deve ser bonita, ter um ótimo corpo e, o mais importante, ser obediente," Elaine acenou com a mão. "Número 01, venha aqui."
Ouvindo alguém chamá-la, Adeline se aproximou com um sorriso. "Senhora, o que posso trazer para você?"
Ela olhou para os brincos de diamante Louis Vuitton nas orelhas de Adeline, puxou imediatamente o cardápio de bebidas mais caro e exibiu seu sorriso característico. "Esses são todos vinhos que chegaram esta manhã."
"Se você conseguir que ele tome uma bebida, eu peço tudo desta página." Elaine olhou para Ronald, notando sua expressão cada vez mais sombria.
Ele havia convidado Elaine para jantar porque estava se sentindo incomodado, mas nunca esperava que ela o empurrasse para outra pessoa.
Bastou um olhar para Ronald para Adeline perceber que ele era o tipo de cliente mais difícil do bar.
Terno sob medida, camisa abotoada até o pescoço, o epítome de um visual comportado.
Esse tipo era ou completamente frio ou secretamente selvagem.
Ela olhou novamente para os preços no cardápio. "Senhora, você tem certeza?"
"Aqui está o meu cartão. Se ele tomar uma bebida, eu compro tudo desta página."
Vendo Elaine entregar um cartão preto dourado SVIP, Adeline sorriu ao aceitá-lo, sentando-se suavemente ao lado de Ronald.
Quando Ronald imediatamente se afastou, Adeline levantou levemente uma sobrancelha. Ele não estava tentando se aproveitar—isso era um bom sinal.
"Senhor, eu tenho pais idosos e crianças pequenas para sustentar. Minha família inteira depende de mim para ganhar dinheiro. Não gostaria de tomar um gole?" Ela pegou um copo com uma expressão de piedade.
Ronald não se mexeu, apenas a observou em silêncio. A atuação dela era terrível, pior do que a dos porta-vozes de anúncios que sua empresa havia selecionado naquele ano.
Seu rosto era certamente atraente, especialmente aqueles olhos que pareciam falar volumes — o que seus subordinados chamavam de "olhos de flor de pêssego que olham até para um cachorro com profunda afeição."
O olhar escrutinador de Ronald fez Adeline querer recuar, mas pensando na comissão substancial, ela sorriu novamente. "Senhor, gostaria de experimentar um Malbec seco? Posso adicionar um pouco de canela e aquecê-lo para o senhor?"
Ela tinha notado a garrafa térmica de Ronald mais cedo. Embora ele parecesse jovem, talvez fosse de meia-idade?
Talvez seu corpo não fosse mais o mesmo, então provavelmente ele não gostaria de bebidas fortes.
Elaine mal conseguia conter o riso ao lado deles. "Querida, você tem bons olhos! Consegue perceber que ele não está fisicamente bem?"
"Não vou beber," Ronald olhou para Adeline, e depois acrescentou, "E não vou pagar."
Adeline teve que repetir silenciosamente o valor da comissão para si mesma para suprimir a vontade de xingar. "Então, o que gostaria de beber?"
Ronald entregou sua garrafa térmica. "Água."
Adeline rangeu os dentes enquanto estendia a mão para pegar a garrafa, quando de repente outro cliente esbarrou nela. Ela perdeu o equilíbrio e caiu em direção a Ronald.
Ronald rapidamente retirou a mão e se inclinou para trás para evitar o contato, mas Adeline ainda conseguiu agarrar seu pulso. Uma sensação de formigamento se espalhou instantaneamente por todo o corpo dele, deixando-o momentaneamente paralisado.
O cliente atrás dela pediu desculpas profusamente e pediu duas garrafas de vinho como compensação. Uma lâmpada se acendeu na cabeça de Adeline, e ela imediatamente pegou um copo cheio de vinho da mesa. "Senhor, obrigado pela ajuda agora há pouco. Vou beber isto, e você pode fazer o que quiser."
Ela inclinou a cabeça para trás e bebeu o copo.
Ronald apenas a observou, sem dizer nada e sem se mover.
Vendo isso, Adeline se preparou e serviu mais dois copos. "Um grande favor merece mais do que palavras. Vou beber três copos, e você só precisa dar um gole — só para me agradar!"
Ela não se importou com a expressão de Ronald e bebeu mais dois copos rapidamente.
Com uma mulher deslumbrante como Adeline ali, bebendo três copos seguidos, as pessoas ao redor começaram a incentivá-la. Ronald olhou para aqueles olhos cativantes, mentalmente chamando-a de "mulher esperta," antes de relutantemente dar um gole.
"Hoje é meu aniversário, deixe-me brindar novamente!" Adeline bebeu mais três copos. Até Elaine estava começando a se preocupar. "Querida, você não precisa ir tão longe."
Adeline estava começando a ficar tonta, sentando-se ao lado de Ronald.
Talvez fosse o álcool, mas ela de repente sentiu uma onda de autopiedade.
"Hoje é meu aniversário." Ela fungou forte, batendo no bolso onde ainda estavam o preservativo e o cartão-chave do hotel. "Eu tinha tudo pronto, e então aquele desgraçado estragou tudo!"
Pensando no vídeo de sexo de Allen e Emily, Adeline ficou agitada e começou a beber copo após copo.
Ronald a observava beber com uma expressão impassível, seu olhar nunca deixando os belos olhos dela.
Elaine estava completamente sem palavras. Ronald parecia enfeitiçado — ele olhava para Adeline não importando o que ela fizesse, como uma marionete.
O bar estava prestes a fechar, e no breve momento em que Elaine foi ao banheiro, quando voltou, o casal que estava sentado ali momentos antes tinha desaparecido!
Enquanto isso, sob as luzes tênues do hotel, Adeline olhava para Ronald parado diante dela, sentindo como se aquele momento não fosse real.
De alguma forma, o cartão-chave e o preservativo tinham caído do bolso dela, ficando descaradamente à vista. Enquanto ela congelava em choque, Ronald os pegou para ela, pensativamente.
Olhando para o rosto bonito de Ronald, Adeline se viu perguntando impulsivamente: "Quer vir comigo?"
Ronald franziu os lábios e realmente a seguiu até o hotel.
Depois de entrar na suíte de luxo pré-reservada, ela olhou para o rosto bonito de Ronald com olhos embaçados, engolindo inconscientemente.
Seus traços esculpidos, olhar profundo e lábios firmemente pressionados o faziam parecer muito mais atraente do que aquele traidor do Allen.
Não foi o rosto bonito de Allen que a atraiu em primeiro lugar?
Qual é a diferença entre amor à primeira vista e ser atraída por alguém puramente pela aparência?
Hoje deveria ser seu dia especial para perder a virgindade. O quarto era não reembolsável, ela havia comprado preservativos, e agora tinha esse cara lindo bem na sua frente. Desperdiçar tudo isso certamente seria um pecado.
Adeline se aproximou dele, sua respiração ficando mais rápida. "Se fizermos sexo, não vou me responsabilizar pelo que acontecer depois."
Os olhos de Ronald escureceram, e no momento seguinte, ele capturou seus lábios com os dele.












































































































