Capítulo 4 Meu nome é Ronald

"O quê?" Os olhos de Adeline se arregalaram enquanto ela olhava para Ronald em descrença.

Esse homem com quem ela tinha tido uma noite de amor, que de repente se revelou seu chefe, agora queria que ela assumisse a responsabilidade por ele?

Adeline esfregou as têmporas doloridas. "Sr. Williams, eu pensei que quando você foi embora, isso significava que não teríamos mais contato."

"Eu não fui embora. Fui procurar um médico da família," Ronald respondeu, fixando seu olhar nela.

Ele realmente não tinha ido embora. Seu telefone tinha descarregado, e não havia um carregador no quarto, então ele teve que pegar um power bank na recepção.

Quando ele conseguiu falar com o médico da família e voltou para o quarto, Adeline já tinha desaparecido.

Para encontrá-la, Ronald verificou especificamente as informações da reserva do hotel daquela noite, apenas para descobrir que seu próprio documento de identidade tinha sido usado para o check-in, não deixando rastros das informações da garota.

Justamente quando ele estava pensando que talvez não estivessem destinados a se encontrar novamente, Adeline apareceu em sua empresa.

O canto da boca de Ronald se curvou ligeiramente para cima. "Então vamos primeiro ao hospital fazer um check-up, ok?"

Sua voz era gentil, seu tom até um pouco indulgente. Adeline se viu acenando com a cabeça antes de conseguir pensar.

Ela se arrependeu assim que chegaram ao hospital. Ronald a levou direto ao departamento de obstetrícia e ginecologia.

No hospital da família Williams, ela naturalmente recebeu tratamento VIP—três médicos sêniores sorrindo para ela com expectativa.

Depois de ser examinada, o rosto de Adeline ficou vermelho até as orelhas. Ela parecia uma lagosta cozida, curvada e desejando poder desaparecer em uma fenda no chão.

"Há alguns rasgos, nada muito sério. Aplique este medicamento de manhã e à noite," disse o médico gentilmente, então olhou para Ronald. "Primeiras vezes não devem ser tão intensas. Evitem atividade sexual por enquanto."

Adeline fechou os olhos, desejando poder desmaiar ali mesmo.

Ronald manteve uma expressão perfeitamente calma. "Há algum medicamento oral? Alguma restrição alimentar?"

"Evitem alimentos frios, picantes e irritantes por enquanto. Esperem até ela se sentir melhor. Prescrevi um medicamento anti-inflamatório—é oral."

Depois de falar, o médico se voltou para Adeline. "Você tomou algum medicamento recentemente?"

"Contracepção de emergência," a voz de Adeline era quase inaudível.

O médico pensou por um momento. "Qual marca? Preciso verificar antes de prescrever outro medicamento."

Adeline resignadamente entregou a pílula do dia seguinte de sua bolsa. Quando Ronald viu a caixa, seu olhar ficou frio.

Então essa era a pílula que ela estava tomando no elevador, e ele até tinha dado sua água para ela?

Percebendo a raiva de Ronald, Adeline assumiu que ele apenas não queria complicações. "As instruções dizem que é eficaz se tomada dentro de 24 horas. Não há chance de gravidez!"

Vendo sua expressão nervosa, Ronald desviou o olhar sem responder.

O médico deu mais algumas precauções antes de finalmente deixarem o hospital.

Talvez por causa do medicamento, Adeline sentiu que a dor havia diminuído um pouco, mas enfrentar a expressão fria de Ronald a deixava cada vez mais ansiosa.

Ele não podia pensar que ela estava tentando engravidar para ganhar seu favor, ou que ela sabia sua identidade e havia se aproximado dele deliberadamente?

Adeline admitiu que tinha percebido ontem que ele era alguém importante, mas o álcool havia nublado seu julgamento—ela só queria perder a virgindade com um cara bonito, nada mais.

A ideia de ter que enfrentar seu caso de uma noite todas os dias no trabalho fazia o couro cabeludo de Adeline formigar de pavor.

Ao chegar ao estacionamento, ela parou antes de entrar no carro.

Ronald se virou, intrigado. "Não está se sentindo bem?"

"Não, não é isso." Adeline balançou a cabeça rapidamente, depois respirou fundo. "Sr. Williams, eu não me candidatei para a vaga de secretária."

"E?" Ronald abriu a porta do passageiro, olhando para ela calmamente.

Adeline se sentiu intimidada e inconscientemente lambeu os lábios.

Notando seus lábios inchados, que pareciam ligeiramente rachados, Ronald momentaneamente perdeu o foco ao recordar a sensação de beijá-los.

Vendo-o em silêncio, Adeline ficou ansiosa. "Se você me contratar, eu ainda gostaria de trabalhar no departamento de design. Eu estudei design de joias."

"Adeline, eu sei." Ronald fez um gesto para ela entrar no carro.

"O que você sabe?" Adeline olhou para ele curiosa.

Além da interação íntima da noite passada, eles mal haviam passado três minutos juntos na empresa hoje. O que ele poderia saber sobre ela?

"Adeline, 23 anos, estudante de design de joias, vencedora duas vezes do primeiro prêmio nacional de design de joias, vencedora de um grande prêmio internacional de design estudantil."

A voz de Ronald era suave, aparentemente tingida de diversão.

Quando viu Adeline na empresa carregando um portfólio, ele adivinhou que ela estava ali para uma entrevista.

Elaine só tinha o currículo de Adeline, mas Ronald já havia investigado quase tudo sobre ela.

Ele não sabia por que havia seguido essa mulher ontem, mas sabia que ela era especial para ele.

Ouvindo suas palavras, Adeline ficou atônita.

Ele sabia até detalhes de alguns dos prêmios universitários dela que não estavam no currículo.

Mas considerando sua posição, ela relaxou um pouco.

Provavelmente ele tinha muitas mulheres com segundas intenções ao seu redor, então fazia sentido que ele investigasse o histórico de um caso de uma noite.

Ela tinha acabado de ter dois frascos de sangue retirados no hospital—provavelmente para verificar se ela tinha alguma doença infecciosa. Isso significava que Ronald estava livre de doenças?

"Qual é o meu nome?"

Enquanto Adeline estava perdida em pensamentos, Ronald fez uma pergunta abrupta.

Adeline riu sem graça. "Sr. Williams?"

"Você veio para uma entrevista sem saber o nome do dono da empresa?" Ronald não pôde deixar de rir da resposta dela.

Adeline se sentiu ainda mais envergonhada.

Ela só sabia que o CEO da Opulent Treasures tinha o sobrenome Williams, mas não sabia o nome completo de Ronald.

E ninguém na empresa havia chamado ele pelo nome antes. Adeline sentiu como se tivesse pisado no rabo de um tigre hoje—estava condenada.

"Ronald. Meu nome é Ronald. Entendeu?"

A voz gentil de Ronald soou novamente, e Adeline assentiu repetidamente. "Entendi, Ronald—não, Sr. Williams!"

Ela imediatamente ficou em posição de sentido e repetiu, "Sr. Williams."

Ronald suspirou internamente, depois pegou o braço dela e a guiou para dentro do carro.

"Sr. Williams, eu—" Adeline tinha acabado de começar a falar quando Ronald de repente se inclinou. O cheiro familiar da noite passada a envolveu, assustando-a e deixando-a imóvel.

Ela prendeu a respiração, seu olhar fixo no rosto de Ronald que se aproximava. Ela podia ver seus longos cílios e o toque de diversão em seus olhos.

Ronald puxou o cinto de segurança e o prendeu para ela, depois riu suavemente. "É uma multa não usar o cinto de segurança no banco do passageiro."

Adeline exalou, alisando o cabelo.

Seu coração batia como se ela estivesse em uma montanha-russa, pulsando loucamente em seu peito.

Depois de um momento, ela de repente percebeu que estava prestes a discutir a mudança de departamento, mas havia parado no meio da frase.

No semáforo vermelho, ela se virou para Ronald. "Sr. Williams, eu acho que a posição de secretária—"

"O leilão está prestes a começar. Vamos olhar os itens primeiro e anotar nossos alvos."

Ronald entregou a ela um tablet. A primeira imagem era do Coração da Nebulosa, e Adeline engoliu suas palavras.

Quantas pessoas nunca teriam a chance de ver tais tesouros reais em suas vidas? Ela precisava pelo menos viver essa experiência.

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