Capítulo 4: O diabo ousado

"O que você está fazendo?" eu gritei para David.

Os olhos de David se arregalaram, chocado por eu ter gritado com ele por causa do inimigo dele.

"Como você está brigando comigo por causa dele?" ele gritou de volta. Fiquei surpresa com a reação dele, não sei o que deu nele.

Respirei fundo e segurei suas mãos; olhei nos olhos dele e tentei acalmá-lo. Ele instantaneamente se acalmou. Ele me olhou e disse: "Desculpa, querida, não sei o que me deixou tão bravo, mas não quero que você fale com o Zain de novo. Ele não é uma pessoa decente."

"Ok, eu não vou," foi tudo o que consegui dizer.

Dias se passaram desde a partida e desde que conheci Zain. Eram 21h de uma sexta-feira. Eu ia sair com Ziya, mas ela cancelou de última hora. Eu estava deitada na minha cama queen size, olhando para o lustre.

Meu celular começou a apitar de repente. Virei de bruços e peguei o telefone para ver quem era. Meus olhos quase saltaram de surpresa; não pensei que receberia uma mensagem do cara que me deixou pensando e imaginando por dias. Não consegui parar de pensar nele.

A mensagem dizia:

"Oi, beleza, o que você está fazendo?"

"Oi, eu realmente quero te ver, você tem me feito pensar."

"Sou eu, Zain, caso você tenha esquecido de mim."

"Olá, princesa."

Fiquei chocada, de onde ele conseguiu meu número? Estava confusa, queria responder, mas também lembrei da minha promessa a David.

Bem, pensei comigo mesma, promessas são feitas para serem quebradas. Decidi responder e perguntar de onde ele conseguiu meu número.

"Oi, como você conseguiu meu número?" eu disse.

"Oi, linda, finalmente você me respondeu. Achei que você ia me ignorar de novo, como fez no campo," ele disse.

"Como você conseguiu meu número?" eu disse novamente, sem deixar espaço para conversa.

"Eu te conto se você descer e der uma volta comigo?" Ele me respondeu por mensagem.

Agora eu estava nervosa; ele sabia onde eu morava. Pulei da cama e corri para a minha janela gigante com cortinas leves rosa e azul. Espiei pelas cortinas florais e lá estava ele, de jeans preto apertado, jaqueta de couro preta, botas pretas e uma camisa preta. Eu podia ver a corrente de prata no pescoço dele.

Corri rapidamente para baixo e abri a porta principal. Ele caminhou lentamente até mim.

Ele se aproximou tanto que eu podia sentir sua respiração no meu rosto, ele cheirava tão bem, eu podia sentir o aroma de avelã e mel. Ele me envolveu completamente com seus grandes músculos para que ninguém pudesse me ver. Ele se inclinou até meu ouvido e sussurrou:

"Desculpa, princesa, mas não posso deixar ninguém te ver assim, imagine o que isso fará com os outros quando está me fazendo perder todo o controle que tenho."

Fiquei confusa e dei a ele um olhar estranho. Ele então pegou meu cabelo de trás da cabeça e trouxe para a frente do meu peito, cobrindo meus seios expostos.

Fiquei vermelha, engasguei com as palavras e não consegui dizer nada.

Então lembrei por que ele disse aquilo: eu estava usando shorts minúsculos que cobriam apenas minha parte íntima e metade do meu bumbum, e um sutiã de renda transparente que nem cobria meus mamilos.

Ele me empurrou lentamente para dentro de casa e fechou a porta atrás de si. Eu estava com medo naquele momento. Entrei em pânico e disse a ele que, se desse mais um passo, eu gritaria e chamaria a polícia.

Ele deu um sorriso malicioso, mas abaixou o olhar, então se virou e ficou de costas para mim.

"Princesa, não estou aqui para te machucar, só não queria que ninguém te visse. Agora vá lá em cima e troque de roupa para que eu possa te levar para sair," ele disse com sua voz sexy e profunda.