


Capítulo 1 Vamos nos divorciar
Nathaniel Heilbronn afastou as pernas de Aurelia Semona na cama macia, revelando sua vagina ainda seca. Ele não se preocupou com mais preliminares, apenas colocou um preservativo e foi em frente.
O rosto de Aurelia ficou pálido de dor, e ela soltou um gemido baixo, tentando empurrá-lo. Nathaniel zombou, segurando sua mão. "Pare de fingir inocência. Você realmente acha que pode continuar pura para o Samuel agora?"
A resistência de Aurelia desmoronou com suas palavras. Suas mãos caíram inertes ao lado do corpo, e ela virou a cabeça para o lado.
Percebendo que ela havia parado de resistir, um olhar sombrio passou pelos olhos de Nathaniel, rapidamente substituído por um desejo mais forte. Ele se moveu com propósito, suas grandes mãos apertando seus seios com força. "Chelsea está de volta à cidade. Vamos assinar esses papéis de divórcio."
Ao ouvir o nome de Chelsea Thompson, Aurelia se sentiu perdida, lágrimas escorrendo pelo rosto.
Algumas horas antes, Aurelia havia sido assaltada a caminho de casa. Dois homens altos a encurralaram em um beco escuro. Em pânico, ela ofereceu sua bolsa de grife, implorando, "Esta é uma edição limitada. Vocês podem vendê-la por muito. Levem também minha pulseira."
Mas os homens apenas a arrastaram mais para dentro do beco. Aurelia gritou por ajuda, tentando impedir que rasgassem seu vestido, mas seus gritos não foram ouvidos na área remota.
Um dos homens rasgou suas roupas, suas mãos percorrendo seu corpo. O toque repugnante fez Aurelia estremecer, e ela implorou em lágrimas, "Eu tenho dinheiro. Meu marido é rico. Eu dou o que vocês quiserem. Só me deixem ir."
Os homens ficaram ainda mais agressivos. Quando estavam prestes a despir Aurelia completamente, um policial em patrulha ouviu a comoção e correu com seu cassetete.
Os homens trocaram um olhar, arrancaram a aliança do dedo de Aurelia e fugiram. O anel saiu facilmente, não era feito para seu dedo.
Sobrevivendo ao ataque, Aurelia, envolta no casaco do policial, agachou-se à beira da estrada e ligou para Nathaniel, seu marido legal.
Após inúmeras tentativas, a ligação finalmente foi atendida mais de meia hora depois. Mas em vez da voz de Nathaniel, uma voz suave e melodiosa respondeu, "Desculpe, Nathaniel está no banho. Quer deixar um recado?"
O som da água corrente preenchia o fundo. Aurelia reconheceu a voz. Era Chelsea, o primeiro amor de Nathaniel.
Depois de desligar, Aurelia recebeu uma mensagem de Chelsea: uma imagem de ultrassom mostrando uma gravidez de seis semanas. Aurelia sentiu toda sua força se esvair. Ela desligou o telefone e enterrou a cabeça nos joelhos, tremendo.
Quando foi arrastada para o beco, ela não chorou. Quando os homens a atacaram, ela não chorou. Mas quando uma multidão se reuniu ao seu redor, perguntando se ela estava bem, ela desabou e chorou alto.
Aurelia estava perdida em seus pensamentos, mal percebendo que Nathaniel ainda estava em ação. De repente, Nathaniel acelerou o ritmo, fazendo Aurelia soltar um gemido suave. "Ficou sem palavras de tanta felicidade?"
Aurelia segurou as lágrimas, seu corpo tremendo. "Sim. Parabéns. Espero que você e a Srta. Thompson tenham um casamento longo e feliz."
Depois do que pareceu uma eternidade, Nathaniel finalmente parou. Ele sussurrou em seu ouvido, "Obrigado. Se você e Samuel precisarem de algo, sabem onde me encontrar." Aurelia não entendeu claramente suas palavras e adormeceu.
Na manhã seguinte, o toque do telefone a acordou. Era o policial que a havia salvado na noite anterior. "Sra. Heilbronn, pegamos os dois bandidos. Parece que estavam seguindo ordens, mas não dizem quem os contratou. Você irritou alguém?"
A luz brilhante do sol fez os olhos de Aurelia lacrimejarem. Ela levantou a mão para protegê-los. "Meu marido sabe disso?"
O policial hesitou. "Não, ainda não informamos o Sr. Heilbronn. Se você quiser, podemos..."
Aurelia o interrompeu. "Não precisa. Não conte a ele."
Como dona de casa sem vida social ou amigos próximos, a única razão para alguém a atacar seria seu casamento com Nathaniel. Os bandidos ignoraram suas roupas de grife, mas levaram a aliança que não servia direito. A resposta era clara.
Depois de desligar, Aurelia desceu as escadas. Nathaniel estava na sala de jantar. Ao vê-la, ele apontou para os papéis de divórcio e um cheque à sua frente. "Assine isso e preencha qualquer valor que quiser no cheque."
Já ciente do divórcio, Aurelia não se surpreendeu. Ela olhou para o cheque e pensou: 'Só Nathaniel daria um cheque em branco para a ex-mulher, sem se preocupar que eu o falisse. Mas com a imagem do ultrassom de Chelsea, não é de se admirar que ele seja tão generoso.'
Aurelia pegou a caneta, virou para a última página e assinou sem ler. Nathaniel, lendo o jornal, fez uma pausa, com um leve desagrado nos olhos.
Aurelia não percebeu. Ela deu uma mordida na comida e perguntou, "Quando vamos finalizar o divórcio?"
Nathaniel colocou a colher na mesa com um barulho, semicerrando os olhos para ela. "Está com pressa, não é?"
Aurelia continuou comendo, sua expressão indiferente, embora sua mão tremesse ligeiramente. "Só não quero atrasar você e a Srta. Thompson."
Chelsea já estava grávida de seis semanas. Qualquer atraso, e sua barriga crescente dificultaria ficar bem em um vestido de noiva.
Nathaniel zombou, assinou os papéis de divórcio e bateu na mesa. "Você está ansiosa para chegar ao Samuel. Mas..."
Ele bateu na mesa novamente. "Não precisamos apressar o processo de divórcio."