Eu sou um Jinx

Quando Sophia chegou em casa, Katherine já tinha limpado tudo e estava na sala mexendo no celular. "Bem-vinda de volta," Katherine sorriu enquanto pegava as sacolas de Sophia. "Meu bumbum dói," Sophia disse deitando-se no sofá de bruços. "Quem te bateu aí?" Katherine apertou o bumbum de Sophia, que gritou de dor. "Isso dói," Sophia disse entre dentes cerrados. "Talvez eu deva fazer isso de novo," Katherine provocou. "Por favor, me traga um balde de gelo para eu sentar," Sophia pediu. "Rapidinho," Katherine foi buscar o balde de gelo.

"Então, me conta quem te bateu?" Katherine perguntou a Sophia, que estava sentada no balde de gelo. "Ninguém me bateu," Sophia respondeu. "Então por que a dor no traseiro?" Katherine riu. "Uma daquelas pessoas que têm olhos mas não sabem usar esbarrou em mim e eu caí de bunda no chão," Sophia disse. Katherine caiu na gargalhada. "Que vergonha. A mulher dos sonhos de todo homem caindo em público," Katherine conseguiu dizer entre risos. "Você arranjou um novo jeito de zombar de mim, né?" Sophia fingiu estar brava. "Não. Você sabe que eu não zombaria de você, Senhorita Queda," Katherine fez uma cara de cachorrinho para Sophia. Sophia riu.

Depois de se arrumarem, Katherine e Sophia saíram para seus respectivos trabalhos. "Bom dia. Como você está? Como foi seu fim de semana?" Sophia sorriu docemente para Linda enquanto fazia essas perguntas. "Estou bem. Meu fim de semana foi cheio de diversão," respondeu Linda, que estava se acomodando. "Que bom ouvir isso," Sophia respondeu. "E o seu, como foi?" Linda perguntou. "Foi incrível," Sophia respondeu, "Incrível mesmo com uma queda," ela pensou. "Até mais," Linda disse para Sophia, que já estava se afastando.

"É uma nova semana," Sophia anunciou assim que chegou ao seu departamento. "Oh Sophia, como você está?" William perguntou ajustando os óculos. "Estou bem e você?" Sophia respondeu sorrindo. "Também estou bem," William respondeu. "E o Drey e os outros?" Sophia perguntou. "Mira e Henry saíram para tomar café. Harry ainda não chegou. Drey também....," William foi interrompido. "Estou aqui," Drey disse, assustando tanto William quanto Sophia. "Dreyyyyyyy," Sophia esticou chamando seu nome, "É muito cedo para eu começar o dia com o coração acelerado," ela disse. "Desculpa, AHD," Drey se desculpou. "Tudo bem. Como você está?" Sophia sorriu. "Estou bem e mais bonito," Drey respondeu passando a mão no cabelo como os modelos fazem antes de uma foto. "Bonito uma ova!" Miranda, que entrou naquele momento, disse.

"Sophia, como você está?" Miranda a abraçou. "Estou bem e mais bonita," Sophia respondeu imitando a resposta de Drey. Miranda riu. "Claro que está, querida," Miranda beijou suas bochechas. "Essa é minha fala," Drey disse. "Sim, mas fica melhor sendo usada pela Sophia," Miranda revirou os olhos. Todos riram. "É uma pena que você aprecie falas roubadas," Drey disse indo para seu assento. Sophia levantou a sobrancelha, "Eu não roubei a fala de ninguém. Além disso, a fala é boba," ela disse. "Então por que usar uma fala boba?" Drey perguntou. "Para dar um pouco de solidez, considerando minha beleza," Sophia respondeu. Os outros caíram na risada enquanto Drey ficou de boca aberta. "Uma boca fechada ajuda a reduzir sua feiura," Miranda disse.

Logo chegou a hora do almoço. Harry esticou os músculos. "Alguém está com fome," Drey disse ainda trabalhando no computador. "Eu conheço mulheres que são loquazes, não homens," Henry disse. "Só mencione nossos nomes," Sophia e Miranda disseram ao mesmo tempo. "As garotas deste departamento têm a mesma célula funcionando no cérebro, né?" William disse. "Hmph. Eu não posso participar dessa brincadeira. Um homem está com fome," Harry saiu do escritório. "Desculpe, nós também não podemos participar dessa brincadeira. Duas jovens estão com fome," Sophia e Miranda saíram do escritório também. "Por que as mulheres sentem alegria em roubar as falas dos homens?" Drey perguntou a ninguém. "Para complementar as falas bobas dos homens com sua beleza," Henry respondeu. Henry também saiu do escritório. "WTF!" Drey parou o que estava fazendo e congelou por um instante. "Congelar só vai amplificar sua feiura. Continue fazendo algo," William disse e saiu do escritório também. "Eu sou bonito," Drey seguiu.

Linda estava sentada à mesa com Sophia e os outros. "Esta sexta-feira é meu aniversário e quero fazer uma festinha," Linda disse animada. "Awwnn," Miranda segurou a mão de Linda, "Você vai encomendar um bolo red velvet, né?" seus olhos brilharam enquanto perguntava a Linda. "Não sou fã de red velvet, mas posso encomendar um só para você," Linda disse. Miranda sorriu feliz. "Todos vão à festa, certo?" Linda perguntou. "Claro," todos, exceto Henry, confirmaram entusiasmados. "Henry?" Linda chamou. "Desculpe, estarei ocupado," Henry respondeu. "Não seja chato," Drey cutucou Henry. "Ok, vou tentar ir, mas ou chego tarde ou saio mais cedo," Henry disse.

Enquanto os funcionários almoçavam, um carro entrou na empresa e foi direto para o estacionamento subterrâneo. O motorista saiu para abrir a porta do banco de trás. Um jovem vestindo um terno preto e uma camisa branca saiu do carro. Seus sapatos italianos brilhantes faziam sons sutis enquanto ele caminhava em direção ao elevador que levava diretamente ao seu escritório no último andar.

Ele colocou a mão no sensor de impressão digital na parede. A porta se abriu. Ele se sentou na cadeira e tirou os óculos de sol. Seu rosto tinha uma cicatriz que ia da boca até a orelha. Ele tinha uma cor de pele desigual. Seu olho direito era cinza enquanto o esquerdo era azul. O nariz parecia quebrado e só Deus sabe como ele conseguia respirar.

O jovem era o Sr. Olsen. O CEO do Grupo Olsen de Empresas.

Ainda sem saber da presença do CEO, os funcionários voltaram para seus respectivos departamentos. Como tinham muito trabalho para terminar antes do fim do dia, Sophia e seus colegas começaram a trabalhar sem brincadeiras. Eles ainda estavam trabalhando arduamente quando o Sr. David entrou abruptamente no escritório. "Senhor?" Henry levantou-se imediatamente. Os outros pararam de trabalhar para olhar para o gerente. "Tudo bem. Podem voltar ao trabalho," o Sr. David suspirou de alívio ao ver seus subordinados trabalhando. "Certo, senhor," todos murmuraram e voltaram ao trabalho com diferentes pensamentos passando por suas mentes.

Depois de se acomodar por um tempo, o CEO abriu a porta de seu escritório automaticamente, assustando as secretárias cujo escritório ficava em frente ao dele. "Bo..a tarde.... senhor," as secretárias - três ao todo - gaguejaram enquanto faziam uma reverência curta. "Mm," o CEO acenou rapidamente enquanto varria o escritório com os olhos. "Todos os gerentes devem se apresentar na sala de conferências nos próximos cinco minutos," o CEO ordenou e voltou para seu escritório.

Depois do expediente no escritório de Katherine, ela arrumou sua bolsa. Eles estavam esperando pacientemente pelos poucos minutos restantes antes de sair quando o gerente convocou uma reunião de improviso.

"Estamos todos cientes do incidente desagradável que a empresa enfrentou recentemente. Como resultado do incidente, a empresa decidiu dispensar alguns funcionários," o gerente fez uma pausa para observar a reação dos empregados, "Chegamos à conclusão de que os seguintes funcionários serão dispensados. Lamentamos o inconveniente que isso causará, mas isso precisa ser feito para evitar que a empresa vá à falência."

O gerente começou a chamar os nomes dos funcionários a serem demitidos. "E por último, temos a honra de ter tido a Srta. Katherine Ardolf como uma de nossas funcionárias," o gerente disse e encerrou a reunião. Katherine sorriu amargamente enquanto saía da empresa. "Primeiro foi o Ren e agora perdi meu emprego também. Sou um azar, né?"