


1. A chegada do diabo
"Não!! Não... isso é um pecado!! Por favor, não me toque!! Ugh, eu não suporto seu toque!" Ela gritou, recuando enquanto a cabeceira da cama batia em suas costas.
Enquanto isso, ele sorria maliciosamente enquanto se aproximava. Seu rosto bonito, distorcido por um sorriso maligno, fez com que ela começasse a suar frio. Ele pairava sobre ela, fazendo-a gritar de medo. Ela o desprezava com todas as fibras do seu ser. Seus gritos ecoavam pelo quarto. Enquanto ele pairava sobre ela, murmurou, "e eu sou um pecador," e deslizou a mão dentro da camisa dela. Ela soltou um grito alto, lutando para respirar. De repente, ela acordou, percebendo que tudo não passava de um terrível pesadelo.
Ela lutou para recuperar o fôlego, encontrando-se deitada na cama. Sentindo-se segura, soltou um suspiro de alívio. Enquanto isso, a voz de seu pai ecoava do andar de baixo, chamando seu nome e perguntando se ela estava acordada, usando termos carinhosos. Era hora de ir para a escola, já que ela estava no terceiro ano do ensino médio. "Sim, pai," ela respondeu, sua voz chegando até ele. Rapidamente, ela se levantou da cama e desceu as escadas.
No mês passado, ela havia comemorado seu décimo oitavo aniversário, marcando sua transição para a vida adulta. Sabendo do compromisso inabalável de seu pai com suas promessas, ela temia seu retorno. Determinada a cumprir suas palavras, ela afastou esses pensamentos e se preparou rapidamente para a escola. Ela pegou sua mochila rapidamente, ciente de que já estava atrasada.
"Você está estudando direitinho?" Seu pai perguntou.
"Claro, pai. Tirei 93% nas provas do meio do ano. Como você pode esquecer?" ela reclamou de forma brincalhona, enquanto ele ria.
"Tá bom, tá bom, eu lembro," ele disse, levantando as mãos em rendição. Ela levantou uma sobrancelha, duvidando dele.
"Eu lembro mesmo!" ele insistiu, um pouco irritado. Ela riu de forma fofa, e ele sorriu para sua amada filha.
Enquanto isso, o telefone de seu pai tocou, exibindo o nome "Aaron." Sarah ficou tensa ao ver o nome na tela e focou em seu café da manhã. Seu pai atendeu a ligação, dizendo, "Olá, meu amigo. Como você está?" Ele começou a conversa.
Ela ouviu em silêncio, sentindo o olhar de seu pai sobre ela, seus olhos ficando vermelhos de raiva. Nervosa, ela engoliu em seco. Nunca tinha visto seu pai tão bravo antes. Seu pai murmurou em resposta, e a ligação terminou. Ele esfregou o rosto em frustração, indicando que algo havia acontecido.
"O que houve, pai? Está tudo bem?" ela perguntou, tentando decifrar a preocupação de seu pai. Ele suspirou e a tranquilizou, dando um tapinha em sua mão, "Vamos encontrar uma solução, Sarah. Apenas foque nos seus estudos," ele disse, acariciando sua cabeça. Ela não conseguiu encontrar palavras para responder, então apenas assentiu.
Sua mente estava consumida com pensamentos sobre a ligação. O que Aaron poderia ter dito ao seu pai para deixá-lo tão preocupado? Ela se perguntou. Depois de terminar o café da manhã, seu pai a levou para a escola, que ficava a 20 minutos de carro. Durante toda a viagem, ela olhou para seu pai várias vezes, notando a preocupação e o medo claramente estampados em seu rosto.
Logo, o prédio da escola apareceu e o carro parou. Sarah estava se preparando para sair do veículo quando seu pai a chamou, dizendo, "Sarah?"
"Sim, pai?" Ela se virou para encarar seu pai.
"Você confia no seu pai?" ele perguntou hesitante e com medo. Ele estava ciente do sofrimento que ela enfrentaria devido às suas ações. Sarah sorriu, fazendo seu pai se sentir ainda mais culpado. "Claro, pai, confio em você mais do que em qualquer pessoa," ela disse, sorrindo de coração. Ela realmente adorava seu pai.
Seu pai sorriu de volta, carregado de culpa, e se despediu. Ela acenou e correu para a entrada da escola. Apressou-se pelo corredor diretamente para sua sala de aula, onde o professor já estava presente, exibindo uma expressão nada agradável. Sarah ofegava, tentando recuperar o fôlego. "Posso entrar?" ela pediu permissão, mas recebeu uma reação azeda do professor.
Ela e seu professor de matemática não tinham um bom relacionamento. Eles nutriam uma profunda antipatia um pelo outro, o que resultava em Sarah odiar matemática.
"Por favor, certifique-se de ser pontual no futuro, pois a falha em fazê-lo pode resultar em medidas disciplinares," advertiu seu professor de matemática, fazendo-a revirar os olhos antes de se sentar. Ela colocou sua mochila na mesa e tomou um momento para recuperar o fôlego enquanto o professor retomava a aula. De repente, ela sentiu um toque no ombro e se virou para encontrar sua melhor amiga de longa data, Adah. Uma onda de felicidade a invadiu, e ela cumprimentou sua melhor amiga com um sorriso, que foi recebido com uma risada.
"Meu Deus, Addy!" Sarah exclamou, atraindo a atenção de todos na sala e se metendo em problemas novamente. Seu professor olhou para elas com desaprovação. "Acredito que estamos aqui para estudar, não para..."
BUM! Um tiro alto ecoou, fazendo todos os alunos se encolherem. Alguns gritaram, enquanto outros correram para fora da sala. Sarah congelou, sem saber o que havia acabado de acontecer. Seu coração batia forte, e sua boca ficou seca. No entanto, sua mente estava consumida pelo pensamento de um nome, pois ela sabia quem tinha o poder de causar tal caos. Alguém influente e perigoso.
Enquanto isso, ela sentiu um toque no ombro. "Ele chegou," Addy disse com um sorriso, pegando a mão de Sarah e praticamente a arrastando para fora da sala.
Sarah tentou se soltar de seu aperto. "Quem chegou, Addy? Do que você está falando? E para onde você está me levando?" ela questionou repetidamente até que Addah parou em frente a uma enorme porta de madeira. Sarah ficou tensa, sentindo a presença poderosa no ar, carregada pelo forte perfume dele. A mão de Addy segurou a maçaneta, dando uma leve torção, e então empurrou Sarah para dentro de uma sala escura.
A respiração de Sarah ficou presa na garganta ao observar a presença do homem idêntico, sentado com uma perna cruzada sobre a outra, fumando um charuto tranquilamente. Seus olhos cinzentos e cativantes se fixaram na jovem, fazendo-a tremer sob seu olhar intenso. O homem exalou uma nuvem de fumaça do charuto, reclinando-se na cadeira, intensificando o desconforto da garota. A respiração de Sarah ficou presa novamente ao ver seu pior pesadelo, Aaron. Ela nutria um intenso ódio por ele, junto com um medo avassalador. Seu olhar penetrante enviava calafrios pela espinha dela, inundando sua mente com uma infinidade de pensamentos angustiantes.
"Oi, querida, sentiu minha falta?" Ele sorriu, levantando uma sobrancelha. Sua voz era áspera e enviava arrepios pela espinha dela. A boca de Sarah ficou seca, e ela apertou os punhos na borda da saia. Nervosa, ela engoliu em seco e se levantou, respirando rápida e superficialmente.