6. A raiva de Sarah.

Aaron se arruma e encontra Adah entrando em seu quarto. Adah expressa sua preocupação com Sarah, sentindo-se culpada por trair sua melhor amiga e preocupada sobre como enfrentá-la. Aaron observa seu sofrimento e a tranquiliza para não ficar ansiosa.

"Irmão, eu falhei como melhor amiga dela ao não protegê-la. Ela nunca vai me perdoar," diz Adah, com medo da raiva de Sarah. Sarah também não é uma pessoa fácil de lidar. Aaron suspira, entendendo exatamente o que ela quer dizer. A situação agora está muito confusa para resolver ou esclarecer, mas é tudo para o bem e a segurança dela, segundo ele.

Ele segura gentilmente a mão de Adah. "Eu sei que ela não é uma pessoa fácil, mas era necessário. Vingança é o que estamos planejando, certo? Esqueça isso e vá dormir, Adah," ele diz com sua voz rouca.

"Mas por que só o irmão dela? Por que ela tem que sofrer? Ela não tinha nada a ver com sua vingança," ela diz, tentando entender as coisas.

Adah, com uma resposta que não era tão significativa, deixa-a. Ela sabia que Sarah não estava recebendo justiça. Sua única mentira estava arruinando a vida de sua melhor amiga.

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"Você deve ter visto como Aaron nem estava olhando para mim!" reclamou sua mãe para seu irmão mais velho ao telefone.

Ela estava frustrada, pois o cuidado de Aaron com Sarah a incomodava muito. Ela odeia ser ignorada. Ela adorava ser o centro das atenções, tratada com cuidado e admiração. Isso é tudo o que ela quer. Andando de um lado para o outro, com os dentes cerrados, ela estreita os olhos para as fotos de infância de Aaron. "Você sempre foi tão teimoso, adora causar problemas na minha vida, e agora trouxe essa garota estúpida para esta mansão. Ela nem se compara à nossa classe! Uma garota de terceira classe," ela murmura com puro ódio. Com autopiedade e amargura, ela se isola do mundo. Sua atitude negativa afeta não apenas seus relacionamentos, mas também seu próprio bem-estar. É evidente que ela precisa encontrar uma maneira de deixar de lado seu ressentimento e se abrir para o amor e a compaixão. Seu marido balançou a cabeça diante do ódio e amargura dela em relação a todos os seres humanos nesta mansão. Enquanto pintava as unhas, ela cantarolava uma música, enfatizando que o autocuidado e o amor-próprio eram suas primeiras e únicas prioridades.

Enquanto isso, o relógio bateu 9 horas. Aaron já estava vestido com um terno de três peças, pronto para ir ao escritório. Ele pegou as chaves do carro e o laptop, e saiu marchando de seu quarto. Sua primeira parada foi verificar Sarah. Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios enquanto ele abria a porta do quarto dela, apenas para encontrá-la dormindo pacificamente, enrolada no edredom. Ele suspirou aliviado, pelo menos ela não tinha tentado fugir!

Ele caminha lentamente e com segurança em direção a ela, certificando-se de não perturbar seu sono. Ela era preciosa para ele, muito preciosa. Ao testemunhar a visão mais bela, ele encontrou seu cabelo escondendo seu rosto de lua. Seus dedos sentiram uma vontade de afastá-los e dar uma olhada nela. Ele lentamente levantou a mão. Enquanto isso, seu telefone vibrou. Ele resmungou e rapidamente atendeu a chamada.

"Sim, estarei aí em um momento," ele diz e sai apressado, lembrando-se de uma reunião importante que estava esquecendo.

Enquanto isso, Sarah se mexe no sono e boceja, esticando os membros. Para encontrar ninguém menos que a mãe dele sentada à sua frente e sorrindo. O sorriso falso dela fez Sarah revirar os olhos.

"Ah, bom dia, querida," diz a mãe de Aaron, Sophie, com sua voz melosa. "O que tem de bom na manhã!?" Sarah responde em um tom indiferente. Ela estava sentindo uma vibração ruim dessa senhora. Ela parecia muito rabugenta e falsa. A velha senhora riu falsamente, fazendo Sarah suspirar. "Não precisa me provar que sua velhice está afetando seu cérebro," Sarah comentou, fazendo Sophie lançar um olhar fulminante para ela.

"Fale com senso, Sarah. Você não deveria falar assim. De qualquer forma, agora que você está bem acordada, vá se arrumar e desça para o café da manhã. Depois, vamos te mostrar a vila," ela diz com um sorriso nada doce.

Sarah ignora Sophie e pula da cama. Ela geme de dor quando seu pé machucado toca o chão. Ela consegue se equilibrar usando a parede e caminha em direção ao banheiro.

Depois de passar por sua rotina matinal, ela se veste com um top cropped e uma mini saia que ela sabe que ele gosta. Ela xinga mentalmente Aaron pelo seu gosto ruim em roupas. "Eu te odeio, Aaron, você vai pagar por isso!" ela murmura enquanto Adah entra em seu quarto. Sarah se vira quando ouve a maçaneta girando.

"Muito bem, não tem vergonha? Vindo até mim depois de me trair!?" Sarah pergunta zombeteiramente, cruzando os braços sobre o peito. Adah fica sem palavras, esperando ouvir as mesmas palavras de Sarah.

"Sarah, vamos tomar café da manhã e conversar," Adah tenta iniciar uma conversa, mas Sarah é teimosa demais para ouvir. "Apenas saia agora!" ela diz, olhando furiosa para Adah. Adah tenta se aproximar dela, mas Sarah a empurra de lado, fazendo Adah tropeçar e cair.

Sarah não se importa e revira os olhos. Ela odeia mentirosos. Enquanto isso, Ahad está seguro nos braços de seu irmão, que voltou para pegar um arquivo importante!

"Você está bem?" perguntou Aaron sem emoção para Adah. Adah, triste e de coração partido pelo comportamento de Sarah, acena com a cabeça e se levanta. Sentindo a tensão entre seu irmão e Sarah, ela dá um tapinha suave no ombro de Aaron. Ele acena com a cabeça, e ela sai do quarto. Sarah, cansada do drama, enche as bochechas de ar e se senta na cama, ignorando-o completamente.

Ele cerra o maxilar e dá um passo mais perto dela, puxando seu braço com força em seu aperto firme. Ele pergunta, "Como você ousa!" Ele rosna, fazendo Sarah estremecer com seu súbito surto.

"Eu te odeio e odeio cada coisa que está relacionada a você, Aaron!" cospe Sarah com pura raiva. Aaron não pôde deixar de rir das palavras dela. Ele agarra o queixo dela com a mão, puxando-a possivelmente mais perto. Ele sussurra em seu ouvido, "Como você vai se odiar? Já que você é minha, tudo?" Ele murmura, fazendo os olhos dela se arregalarem. Suas respirações se misturam. Um pequeno sorriso se forma nos lábios dele, fazendo-a odiar sua existência.

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