


Prólogo
"Você me disse que estava acabado," ela falou. "Você tem sentimentos por essa vagabunda?"
"Eu a amo. Quero ficar com ela, não com você," ele respondeu. "Não há nada que você possa fazer para mudar isso."
"Eu não entendo," ela gritou, "Ela não é nada, uma ninguém. Tenha seu caso como sempre faz e termine com ela. Não vou sair do caminho por causa dessa, dessa mulher."
"Não, você não entende," ele declarou. "Você nunca significou nada para mim. Você foi um negócio—a marriage of convenience. Eu consegui o que queria de você. Cumpri minha obrigação. Agora quero o divórcio."
Ela pegou o vaso de cristal e o arremessou na direção da cabeça dele. Ele se moveu a tempo de desviar. O vaso bateu nos tijolos da lareira e se quebrou em mil pedaços pontiagudos.
"VOCÊ ESTÁ LOUCA?" Ele a encarou, perplexo.
"Você é quem perdeu a cabeça," ela disse com malícia. "Vou tirar tudo de você. Vamos ver quanto tempo dura quando sua reputação estiver espalhada pela calçada."
"Você está me ameaçando?" Ele riu.
"Chame do que quiser. Vou destruir você," ela respondeu.
"Você parece ter esquecido dois pontos muito importantes," ele rosnou para ela, "Primeiro, você assinou um acordo pré-nupcial à prova de ferro. Segundo, eu tenho as fotos, lembra?"
"Você não faria isso!" Ela gritou.
"Tente."
"Você vai se arrepender," ela ameaçou. "Vocês dois vão se arrepender."
"A única coisa da qual me arrependo é de ter me casado com você," ele respondeu. Ele se virou e saiu pela porta, deixando-a parada ali.
Assim que a porta se fechou, ela pegou o telefone. "Vamos, atenda o telefone," ela disse com desdém.
"Alô," uma voz masculina respondeu.
"Evander, precisamos nos encontrar," ela informou.
"Quando?" Evander perguntou, "Mesmo local de sempre?"
"Amanhã, 10 horas. Local de sempre," ela exigiu. "Eu vou pagar quatro vezes a tarifa normal. Este é um pedido especial. Precisa ser feito rapidamente e discretamente."
"Você pode contar com minha equipe," Evander disse.
"Ótimo," ela desligou a linha.
A empregada entrou. "Limpe essa bagunça," ela latiu para a empregada e saiu do quarto rebolando.
NO DIA SEGUINTE
"Quanto tempo mais vamos esperar por essa mulher," o homem de cabelos escuros disse ao seu parceiro.
"Quanto tempo for necessário," Evander respondeu, "Ela está nos pagando o suficiente para nos aposentarmos."
"Sério? Ela deve querer essas pessoas mortas," o homem de cabelos escuros balançou a cabeça.
A sala estava tão escura que ele mal percebeu quando ela entrou, exceto pelo som dos saltos altos batendo no chão. Ele estremeceu ao sentir uma aura fria de poder atingir seu corpo enquanto ela se aproximava.
"Você entende," ela disse com uma voz elegante. "Tem que parecer um acidente."
"Sim, senhora," Evander disse, "minha equipe é a melhor que existe. Ninguém vai questionar as mortes."
"Pelo que estou pagando," ela declarou, "é melhor ser bom. Quero que eles desapareçam. Quero que sintam a dor que me causaram todos esses anos. Quero que todos que os amam sofram. Que vivam com dor pelo resto de suas vidas. Vocês têm uma semana."
"Sim, senhora."
Mais uma vez, os saltos dela ecoaram pelo chão, desta vez sinalizando sua partida. A porta se fechou com um estalo.
Evander balançou a cabeça, "Essa é uma mulher fria e calculista."