capítulo 3

POV da Julie

"Se você deixar aquele homem escapar, eu mesma vou te matar!". Eu gritei no meu telefone.

Estou em uma missão secreta e, depois de trabalhar 24 horas por dia durante pelo menos um mês, encontramos aquele pedaço de homem.

Sabíamos que ele viria a essa reunião entre traficantes, então vamos invadir o local.

Meus homens estão de olho nele e eu estarei lá em menos de um minuto.

Como eu disse, sou uma detetive secreta.

Minha equipe e eu usamos panos pretos no rosto sempre que vamos em uma missão.

Eu sou a líder detetive, eles fazem o que eu digo e são meus escolhidos leais.

Depois de completar cada missão, deixo uma mensagem:

"O Rei H manda saudações".

É engraçado como todos pensam que o Rei H é um homem, mas é bom assim.

Minha outra profissão é o boxe e todos sabem sobre mim.

Essa é a regra do meu grupo de melhores amigas.

Nós três temos uma carreira aos olhos do mundo, mas todas temos uma carreira escondida deles.

Escolhemos usar o nome Rei H quando usamos nossas profissões secretas.

"Chefe, estamos lá". Um dos meus homens disse.

Eu acenei para ele e sinalizei para todos irem para seus lugares, como Julie disse.

Laura disse que estaríamos em um tabuleiro de xadrez, mas sem o Rei, se não fossemos hoje.

É nossa chance de dar o xeque-mate neles.

Cercamos toda a mansão, ninguém será capaz de escapar.

Alguns dos meus detetives estão no telhado.

Verificamos até a área do chão e o porão.

Sinalizei para dois dos meus homens entrarem pela entrada principal e começarem a atirar.

Esses dois estão cobertos, exceto pelo rosto.

Seus ternos são à prova de balas, com o boné que estão usando.

Esses dois são meus homens de confiança.

Eu sei que eles ficarão bem.

Espero e rezo a Deus para que eles fiquem bem.

Uma vez que todos os contrabandistas pensarem que esses dois são os únicos idiotas, como planejado, meus homens fingirão estar inconscientes após cinco minutos da entrada.

Atiraremos de sete direções diferentes.

Ninguém será morto, essas balas têm um medicamento pulverizado nelas.

Todos perderão a consciência em um segundo.

Meus homens acenaram para mim e entraram mostrando suas identidades falsas.

Cada um de nós tem um microfone para que possamos ficar em contato.

"Rei H. A reunião começou". Um deles me informou após entrar.

"Todos tomem suas posições e lembrem-se da nossa verdadeira missão.

Ninguém deve ser morto e todos vocês têm que sobreviver". Eu comandei e todos responderam com entusiasmo:

"Entendido, Mestre".

"Podemos começar?". Ambos perguntaram.

"Estamos prontos?". Eu perguntei e ninguém respondeu, o que significa que estamos.

Depois de respirar fundo, eu disse:

"Podem começar".

Todos nós pegamos nossas armas e começamos a nos mover pela mansão, chegando cada vez mais perto.

Após exatos cinco minutos, ouvimos que os tiros pararam.

"Devemos procurá-los?". Uma voz desconhecida disse.

"Não acho, porque eles vieram sozinhos, sem nenhum aviso ou algo assim. Eles são apenas tolos. Deixe-os". Outra voz disse, rouca.

"Na contagem de dez". Eu anunciei para meus homens.

"Um... Dois... Dez!". Eu disse e comecei a correr para a sala VIP do terceiro andar.

"A rainha e o bispo são as peças principais no castelo do rei. Uma vez que você os expulsa, o rei fica exposto de todos os lados, mas há uma razão pela qual o rei é a peça mais poderosa do xadrez.

Quer saber por quê?

Porque todas as peças no tabuleiro trabalham para o rei e sua segurança."

As palavras de Laura ecoam na minha cabeça e eu sorrio com isso.

"Tudo limpo no andar de baixo. Indo para o segundo." Um dos meus homens disse.

"Ok." Respondi e sorri ainda mais.

"Precisa de ajuda, Rei?" Um dos meus homens de maior confiança veio por trás de mim e disse.

Eu sorri para ele e então sinalizei para me seguir.

Ele acenou com entusiasmo e começou a me seguir.

Nos movemos de lado a lado, mudando nossas direções de tempos em tempos para escapar das câmeras.

Parando em diferentes lados da porta, puxamos nossas armas e acenamos um para o outro.

Arrombamos a porta e entramos segurando nossas armas à frente.

Para nossa surpresa, encontramos um homem naquela sala sentado no sofá perto da lareira.

Bebendo algo e olhando para o chão.

Ele nem se mexeu quando entramos.

Começamos a nos mover em direção a ele de diferentes lados, mas ele nos parou levantando a mão.

Nós dois nos olhamos e então paramos.

Olhamos ao redor em alerta, mas não havia ninguém além dele.

Olhamos para ele e esperamos seu próximo movimento, mas ele não fez nada.

Ele soltou um suspiro e colocou sua xícara na mesa.

"Você me encontrou, Rei H. Agora, o que está esperando?

Vá em frente e me mate." Ele disse e levantou as mãos no ar de maneira derrotada.

"Eu vou te matar, mas não facilmente." Eu disse com uma voz pesada falsa.

"Tsk... Tsk. O que está esperando?" Meu parceiro disse e eu acenei para ele.

"Depois de me fazer esperar por um mês, você quer morrer?

Agora me diga onde estão todas as garotas sequestradas." Eu disse furiosamente e bati em seu ombro esquerdo com a coronha da minha arma.

Ele caiu no chão e segurou o ombro.

Gemendo de dor, ele disse:

"Nunca! Você pode me matar, mas se acha que vou te contar alguma coisa, está enganada." Ele disse.

Desta vez, meu parceiro o puxou pelo colarinho e então deu um soco forte.

Ele caiu novamente e tossiu um pouco de sangue.

"Por favor, apenas me mate." Ele implorou.

Meu parceiro o chutou no estômago e ele gritou de dor.

Ele tentou se afastar, mas meu parceiro o puxou para perto e perguntou novamente sobre as garotas sequestradas.

"Por favor." Ele disse.

Eu verifiquei a hora no meu relógio e puxei minha arma.

Meu tempo acabou, chega desse drama.

Eu estava prestes a atirar nele quando ele olhou para o relógio e começou a rir.

"Você perdeu." Ele disse ironicamente e riu novamente.

"Pela primeira vez.

Você perdeu e eu ganhei.

Meu mestre ganhou. (Ele riu por um segundo)

Rei H, como você está se sentindo?

Você nem foi capaz de reconhecer sua verdadeira vítima." Ele terminou e riu novamente.

Eu olhei para ele e sorri.

Meu parceiro olhou para mim e seus olhos se arregalaram com o reconhecimento.

Ele sabe o que eu fiz.

"Diga adeus, caro companheiro dele, porque ele está esperando por você há cerca de dez minutos." Seus olhos se arregalaram e aquele sorriso estúpido deixou seu rosto.

Eu atirei nele depois disso e saí.

Eu disse ao meu parceiro para deixar minha nota bem visível na parede para todos verem.

"O Rei H manda saudações."