Capítulo 2

Jacqueline sentiu seu sangue congelar completamente. Não era assim que deveria acontecer. Não! Ela olhou nos olhos dele, mas não havia emoções neles. Ele deveria implorar pelo toque dela como todos os outros homens ricos faziam. Por que ele era diferente? Como ela iria entregar a bebida para ele agora? A cabeça de Jacqueline começou a latejar enquanto o medo a consumia. E se as coisas não saíssem como ela havia planejado? Jacqueline tentou recuperar a compostura e entrar no modo de ação.

"Não... deveríamos apressar as coisas," Jacqueline forçou um sorriso enquanto colocava a mão no braço dele, sentindo seus bíceps e aquelas veias. "Temos a noite toda para passar juntos," ela disse, com a voz trêmula.

Ela poderia desmaiar por causa da frieza que esse cara exalava. Ele olhou para a mão dela como se fosse sujeira, e Jacqueline rapidamente a retirou.

"Vamos tomar uma bebida," ela disse. Ela caminhou elegantemente até a mesa, serviu dois copos de vinho e colocou um comprimido para dormir no copo dele sem ser notada. O coração de Jacqueline continuava batendo forte em seus ouvidos enquanto ela carregava o copo de vinho. Ela caminhou cuidadosamente em direção a ele, rezando internamente para não escorregar e cair.

O olhar gelado dele destruía seu corpo. Ela entregou o vinho para ele, e ele o olhou antes de pegá-lo. Jacqueline se sentiu aliviada quando ele pegou. Agora ele só precisava beber, e tudo estaria resolvido.

Jacqueline o observou beber metade do copo antes de ele devolvê-lo a ela. Ela colocou o copo na mesa. Ela só precisava ser um pouco paciente por mais cinco minutos. Depois disso, ele cairia no sono e não se lembraria de nada do que aconteceu na manhã seguinte.

"Você não vai se deitar na cama?" ele perguntou, seus olhos brilhando com diversão antes de rapidamente voltarem ao normal.

Jacqueline engoliu em seco e se deitou na cama, sentindo os olhos dele sobre ela como um predador perigoso. Com a vibração que estava sentindo, seu subconsciente já dizia que ele poderia querer ela como um sacrifício e não para sexo.

Jacqueline se deitou na cama e o encarou, esperando suas próximas ordens, o que fez suas sobrancelhas se contraírem. Ela não era a melhor do clube? Ele tinha ouvido que ela havia atendido muitos homens, mas a garota na frente dele dava a impressão de uma... não pode ser. Ele sorriu. Algumas garotas gostavam de agir de forma dócil no início; elas sempre queriam que ele tomasse a iniciativa. Ele revirou os olhos e caminhou em direção a ela.

Jacqueline engoliu nervosamente enquanto ele se aproximava. Ela estava mentalmente contando os segundos e minutos; já tinham se passado cinco minutos, e ele deveria pelo menos estar parecendo tonto. O que ele ia fazer agora? Rasgar suas roupas? Jacqueline sentiu o suor quente escorrer pelas costas.

Ele caminhou em direção a ela na cama e aproximou seu rosto do dela. "Tire a roupa. Não vou repetir," ele disse em um tom baixo e perigoso, e Jacqueline começou a se despir sem hesitar.

Suas mãos tremiam enquanto ela tirava o top cropped, ficando apenas com o sutiã preto. Em seguida, tirou o shortinho, e sentiu o ar frio bater em seu corpo, restando apenas a calcinha. Os olhos dele percorreram seu corpo, mas Jacqueline não conseguia ler nada naqueles olhos vazios. Ele a empurrou levemente para a cama, e o coração de Jacqueline disparou ainda mais enquanto ele pairava sobre ela. Já tinham se passado dez longos minutos; por que a droga não estava fazendo efeito nele?

Enquanto Jacqueline estava perdida em seus pensamentos, parecendo mais angustiada do que nunca, ela não percebeu que os olhos dele estavam nela, notando as leves mudanças em sua expressão. Ele esperava que ela tentasse segurá-lo ou tocá-lo como todas as outras garotas faziam, mas nada disso estava acontecendo com ela. Ela até parecia que estava prestes a chorar, e isso estava surpreendentemente excitando-o.

Jacqueline ofegou quando ele a prendeu; ela não conseguia se mover um centímetro. Ele a tocou lá embaixo, e Jacqueline instantaneamente fechou as pernas, fazendo-o franzir a testa. Ele conseguiu tocá-la lá embaixo, e era tão apertado que ele duvidava que o ar já tivesse entrado ali.

"Merda," ele murmurou, e Jacqueline sentiu que poderia chorar a qualquer momento.

"Você é virgem?" ele perguntou, fazendo a garganta de Jacqueline secar. Seus olhos já estavam cheios de lágrimas, e se ela piscasse, elas poderiam fluir como um rio.

"Você é," ele murmurou, passando as mãos pelo cabelo preto sedoso. Ele a deixou na cama e começou a vestir suas roupas.

A mente de Jacqueline estava em caos. Tudo tinha dado totalmente errado, e agora ele iria relatar ao chefe dela. Sua vida estava acabada. Jacqueline apressadamente vestiu a camisa e o short, e saiu correndo da cama.

Ela correu até ele e ficou na frente dele. Ele era muito mais alto do que ela. Seu rosto estava molhado de lágrimas, e parecia que as palavras estavam presas em sua garganta. Se ele contasse ao chefe dela sobre sua virgindade, tudo estaria acabado para ela.

"Por favor... por favor, não conte a ninguém sobre isso," Jacqueline implorou. Ela nunca tinha estado tão assustada antes; podia sentir seu corpo inteiro tremendo.

Ele agora estava vestido com uma camisa branca, jeans preto e uma jaqueta de couro preta. Ele a olhou com uma expressão entediada, fazendo Jacqueline se sentir como um incômodo do qual ele queria se livrar.

"Por favor, estou disposta a fazer qualquer coisa. Não conte ao meu chefe sobre isso," Jacqueline implorou enquanto mais lágrimas caíam de seus olhos. Ele se inclinou mais perto dela e olhou em seus olhos como se estivesse tentando descobrir todos os seus segredos sujos.

"Você fará qualquer coisa, hein?" ele perguntou, e Jacqueline assentiu timidamente.

"Estou disposta a fazer qualquer coisa," Jacqueline disse. Ele soltou um sorriso arrepiante, fazendo-o parecer um demônio, e as mãos de Jacqueline tremiam nervosamente.

"Então case-se comigo," ele disse friamente. Jacqueline sentiu como se seus ouvidos tivessem falhado; não havia como o que ela ouviu estar correto.

"Você sabe o que isso significa?" ele perguntou, levantando o queixo dela com o dedo.

"Significa que você se tornará minha escrava," ele disse friamente, e o corpo de Jacqueline ficou rígido.

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