Sonhos molhados
"Ela me pediu para fazer isso, ela queria te prender há muito tempo, e conseguiu. Ela te viu em uma festa e ficou apaixonada por você."
Bruno conseguiu ver Nicole se aproximando. Sondra se agarrou a ele e o beijou. Em outras circunstâncias, ele não teria permitido, sabendo que isso irritaria Nicole. Ele gostava de ver a expressão no rosto dela quando os via juntos. Quando ela foi embora, ele empurrou Sondra para longe.
"Não faça isso de novo sem o meu consentimento," ele disse, se afastando e deixando-a sozinha no corredor.
Ele chegou à mesa, mas não viu Nicole. Seu pai disse que ela estava no terraço. Ele foi até lá e, ao chegar, não podia acreditar na audácia daquele casal. Maximiliano tinha o braço em volta da cintura dela e, com a outra mão, segurava seu queixo. Bruno se aproximou do cara e deu um soco nas costas dele. Ele sabia que não deveria ter causado tal cena, mas não conseguiu conter sua raiva. Não deixaria que zombassem dele daquela maneira.
Ele discutiu com eles e então agarrou o braço de sua esposa de maneira brusca porque, gostasse ou não, era isso que Nicole era aos olhos de todos—sua esposa.
"Quem diabos você pensa que é para abraçar minha esposa assim?"
"Agora você de repente se importa? Tenho certeza de que você fez algo para deixá-la assim."
"O que acontece entre ela e eu não é da sua conta."
Ele a puxou para si, e a garota tropeçou. Max não suportou ver isso e deu um soco forte no rosto de Bruno. Bruno revidou, e eles começaram a brigar. Ao ouvir os gritos, os pais de Nicole se aproximaram para separar a briga. Bruno achou que não devia explicações a ninguém, então abraçou Nicole e saiu dali.
Nicole pensou em esclarecer as coisas, mas decidiu que era inútil. Quando os encontrou se beijando, decidiu ir para o terraço. Não queria que seus pais percebessem seu estado. Não era apenas o fato de ele estar com outra mulher ou de não se importar se o vissem. Doía que, entre milhares de mulheres, tivesse que ser com ela.
Maximiliano a seguiu e não pôde evitar se jogar em seus braços. Ele precisava sentir que alguém se importava com ele. Max a abraçou e segurou seu queixo.
"O que está acontecendo, minha libélula?" Era assim que ele a chamava desde pequena.
Bem nesse momento, Bruno, furioso, o golpeou nas costas.
No carro, Bruno começou a gritar com ela.
"Tudo o que eu te pedi foi para se comportar e ainda assim você me envergonha."
"Eu não estava fazendo nada de errado. Max é como um irmão para mim. Mas me diga, quem você pensa que é para me questionar quando seu comportamento não é o mais apropriado?"
"Eu não te devo explicações. Deixei tudo muito claro desde o começo. Você não tem lugar na minha vida."
Eles chegaram à mansão, e Nicole correu para seu quarto. Estava cansada dessa situação. Sondra teria que ouvi-la.
Pela manhã, Bruno estava se preparando para ir ao escritório. Emma, a mãe de Nicole, veio buscá-la para tomar café da manhã juntas no clube. Durante a festa, Nicole havia combinado com sua mãe. Ela sabia que Bruno não poderia recusar, pois era muito bom em manter as aparências. Sondra estava esperando no carro. Nicole ficou contente porque no clube, aproveitaria para fazer Sondra explicar várias coisas.
Ao chegar ao clube, Emma foi cumprimentar algumas amigas, e Nicole e Sondra se sentaram a uma mesa.
"Agora você vai finalmente me explicar o que está tramando. Bruno, para o bem ou para o mal, é meu marido, e você não tinha o direito de beijá-lo."
"Foi ele quem me beijou, irmãzinha. Você tem que admitir que sou muito melhor e mais bonita que você. Se ele se casou com você, é porque não tinha outra escolha."
"Cedo ou tarde, vou mostrar aos nossos pais que tipo de pessoa você é, Sondra."
"Nossos pais? Você quer dizer seu pai e minha mãe, o que não é a mesma coisa, querida."
"Não sei por que você insiste em me machucar. Você sabe bem que está mentindo."
Sua mãe voltou nesse momento, sem saber o quão ruim as coisas estavam entre elas.
Elas tomaram um café da manhã bem leve e depois foram para os vestiários se preparar. Foram para as quadras de tênis jogar algumas partidas. Nicole se sentiu liberada naquele momento, estar longe de Bruno era tão bom. Ao voltar para os vestiários, o filho de um dos parceiros de negócios de Noah se aproximou delas. Nicole o reconheceu porque o tinha visto em alguns eventos da empresa. Ele estava acompanhado por uma garota loira que ela não conhecia. Nicole percebeu que a garota a olhava fixamente, causando arrepios em sua espinha.
"Olá, Nicole. Não sei se você se lembra de mim, sou Leandro, filho do sócio do seu pai."
"Olá, claro que me lembro de você."
"Apresento uma amiga, esta é Shelsy."
"Prazer em conhecê-la, Nicole. Acredito que você seja a esposa do Bruno."
"Isso mesmo, sou a esposa dele."
"Eu sei, querida. Na verdade, toda Nova York sabe, assim como as circunstâncias em que vocês se casaram."
Nicole percebeu um sorriso malicioso nos lábios de Shelsy. Ela era, sem dúvida, uma cobra venenosa. Nicole rapidamente se despediu, deixando Sondra para conversar com o casal. Nicole não tinha dúvidas de que Shelsy e sua irmã se dariam muito bem. Pareciam ser duas da mesma laia.
Ao chegar em casa, Bruno estava esperando por ela.
"A partir de amanhã, você vai comer comigo. Estou cansado de fazer isso sozinho. Você é minha esposa, e seu dever é cozinhar para mim. A partir de hoje, você vai dormir no meu quarto. Arrumei para que todas as suas coisas fossem levadas para lá, embora você tenha que organizá-las sozinha. Eu pago as empregadas para me atenderem, não a você."
Nicole subiu para o quarto de Bruno, e suas coisas estavam espalhadas pelo closet. Era evidente que a empregada tinha algo contra ela. Ela começou a organizar seus pertences. Notou que as roupas de Bruno estavam organizadas por cor, e o banheiro estava perfeitamente arrumado. Ficava claro que ele era um fanático por limpeza.
A noite caiu, e ela se recusou a dormir ao lado dele, mas não tinha outra escolha. Bruno saiu do banheiro usando apenas uma toalha enrolada na cintura. Nicole tentou desviar o olhar, mas a visão era irresistível. Seu olhar se perdeu brevemente entre os músculos do abdômen bem trabalhado dele. Bruno percebeu e sorriu maliciosamente.
"Você gosta do que vê?"
Nicole não respondeu, estava claramente corada, o que fez Bruno cair na gargalhada. Ela correu rapidamente para o banheiro.
Ela tomou um banho frio, depois vestiu seu pijama favorito, um de flanela rosa com desenhos de ursinhos. Saiu do banheiro e foi em direção à cama, deitando-se de costas para ele. Ele já estava dormindo profundamente.
Na manhã seguinte, ela acordou sentindo um grande peso sobre ela. Bruno ainda estava dormindo, com o braço e a perna sobre ela, o rosto descansando em seu peito. Ela tentou se afastar cuidadosamente, mas de repente Bruno abriu os olhos e a encarou intensamente.
Ele a segurou pela cintura, e ela se perguntou o que ele pretendia fazer. Ele começou a beijá-la de forma terna, mas apaixonada. Nicole não podia negar que gostava dos beijos dele. Ele começou a acariciar seu corpo com as mãos, e ela tentou resistir, mas lhe faltava força.
Ele começou a despir-se lentamente, e ela o ajudou a se despir. Ela pensou que o corpo dele era uma sinfonia de puro músculo, uma figura de um metro e noventa e três de puro músculo. Ele beijou seus seios com desespero, depois começou a descer em direção ao abdômen dela. Ela começou a tremer ao pensar no que estava prestes a acontecer.
Ela se sentia tão molhada, tão excitada, e pulou quando percebeu que estava realmente molhada.
Ela abriu os olhos e viu Bruno com um copo de água na mão, uma maneira impiedosa de acordá-la no momento mais inconveniente.
"O que há de errado com você? Por que fez isso?" ela exclamou.
"Eu acordo cedo todas as manhãs, e seus gemidos não me deixavam dormir. Achei que você poderia estar tendo um pesadelo, então estava apenas sendo gentil e ajudando você a se livrar dele," Bruno respondeu.
Nicole ficou vermelha como um tomate, grata por ele não saber sobre o que ela estava sonhando. Ele zombaria dela; ele era um idiota determinado a tornar sua vida miserável.
"Vou tomar um banho. Quando eu sair, espero que você tenha meu café da manhã pronto. Só para você saber, sou alérgico a morangos," Bruno disse.
"Ótimo, agora tenho que cozinhar para ele. O que ele vai pedir a seguir?" Nicole pensou consigo mesma.
"Você disse algo?" Bruno chamou do banheiro.
"Não, nada," ela respondeu.
Ela vestiu um short e uma regata, querendo se sentir confortável. Desceu para a cozinha e encontrou a loira da limpeza que estava preparando uma xícara de café. A garota a olhou de cima a baixo antes de sair com um sorriso no rosto.
"Você poderia me mostrar onde estão as coisas nesta cozinha, por favor?" Nicole perguntou.
A garota deu outra olhada nela antes de se afastar.


















































































