5.

Hades Wilson

"Droga!"

"O que foi agora, Hades?" Meu irmão pergunta, olhando para mim com seus olhos azuis como o oceano.

"Eu não acho que consigo fazer isso."

Ele suspira, "Pela última vez, você não tem escolha, você não quer que a mamãe se envolva."

"Claro que não," suspiro.

"Então, resolva isso rápido antes que a mamãe descubra."

Eu aceno com a cabeça, "Vou fazer isso."

Ele acena com a cabeça, "Bom, agora convide-a para jantar e eu vou garantir que a Fifi venha, tenho certeza de que elas serão boas amigas."

Dou um sorriso cansado para meu irmão, "Obrigado."

"Só estou ajudando um irmão e entendo como você se sente, foi assim que me senti quando conheci a Fifi."

"Ela não sabe que é uma de nós," caminho em direção a um sofá e me sento.

Tudo isso era assustador, e eu não queria estragar tudo, me disseram que eu era o responsável por ajudá-la a descobrir quem ela era e desbloquear suas habilidades, mas não posso fazer isso sem que ela saiba que é minha parceira e, levando em conta que o Chase tem uma queda por ela, eu tinha que agir rápido.

"Irmão, ela vai descobrir mais cedo ou mais tarde que é sua parceira," meu irmão diz.

Eu gemo, "Esqueci que você lê mentes."

Ele ri, "Não é minha culpa que você pensa muito alto nessa sua cabeça pequena."

"Cala a boca," murmuro.

Tirei meu telefone do bolso e entreguei a ele, "Me ajuda, por favor."

Ele revira os olhos e começa a digitar, quando termina, me devolve.

"Obrigado."

"Agora vou avisar a Fifi e vou pedir para ela vir e preparar um banquete."

Sorri para meu irmão, "Você é o melhor."

"E você é meu irmãozinho favorito," ele diz e bagunça meu cabelo.

Eu rio levemente.

"Te amo."

"Tchau, Poseidon."

Ele estala os dedos e desaparece.

Soltei um suspiro e olhei para meu telefone, meus olhos se arregalaram de surpresa, ela estava vindo, ela tinha concordado com um rosto sorridente, e eu não pude deixar de sorrir.

Levantei-me rapidamente e desci as escadas para encontrar minha madrinha/babá, uma mulher velha sábia além de seus anos, alta, com longos cabelos grisalhos e olhos cinza tempestuosos e pele cremosa, ela mal parecia sua idade e, curiosamente, eu nem sabia quantos anos ela tinha.

"Gertrude, por favor, chame o Gaston e diga para ele vir me ver imediatamente," digo com um sorriso, "Tenho um encontro hoje à noite."

"Com quem, meu menino?" Gertrude pergunta curiosa.

"O amor da minha vida."

Saí sentindo-me confiante, agora só precisava garantir que a Fifi chegasse a tempo para preparar toda a comida tradicional grega. Eu não podia acreditar, tinha que enviar um presente para ela, um vestido. Liguei rapidamente para um estilista e dei a ele o tamanho do vestido dela e disse o que queria ver nela.

Trim, trim.

"Alô?" atendo.

"Quem é essa Persephone de quem seu irmão fala?"

"Fifi, que bom que você ligou. Ela é a escolhida, finalmente a encontrei," digo.

Ela dá um gritinho, "Eu sabia. Ah, estou tão empolgada. Estarei aí em dez minutos para começar a preparar."

"Obrigada, Fifi."

"Poseidon! Nosso irmãozinho finalmente vai se dar bem!" Ela grita e eu ouço meu irmão rir ao fundo.

"Eu ainda posso ouvir vocês, sabiam?" digo, envergonhado.

Ouvi uma risada e ela desligou o telefone. Ri para mim mesmo.

'Oh Persephone, mal posso esperar para te ver esta noite,' meu coração diz.

Cerca de dez minutos depois, ouvi uma batida na porta.

Isso foi rápido.

Fui até a porta e encontrei meu outro irmão mais velho, Thanatos.

"O que você quer?" rosno.

Ele passa por mim e então se vira para me olhar, "Ouvi dizer que você a encontrou."

"E se eu encontrei?"

Ele me dá um sorriso ameaçador, "Você tem que me apresentá-la."

"Nem nesta vida, agora vá embora," ordeno.

"Oh, por que não, querido irmão, eu não mordo."

Olhei para meu irmão e ele tinha um sorriso no rosto, eu o odiava. Ele sempre achou que era melhor do que eu e ele era melhor do que eu e todas as garotas que já estiveram na minha vida se apaixonaram por sua boa aparência e charme, seus olhos azuis, cabelo escuro e corpo bonito, esculpido pelos próprios deuses, os deuses o fizeram.

Suspiro, "Por favor, vá embora, Thanatos."

"Tudo bem, mas só porque você implorou."

Ele caminha em direção à porta, se vira para mim e sorri, "Mas eu voltarei, e vou levá-la, assim como fiz com a última."

"Não desta vez, você não vai vencer desta vez e eu vou garantir isso," digo baixinho e bato a porta, o estrondo ecoa pela casa.

"Filho, está tudo bem?" Gertrude pergunta atrás de mim.

Respiro fundo e dou a ela um sorriso falso, "Está tudo bem, Gertrude, não se preocupe."

"Foi o Thanatos, não foi?" ela diz suavemente.

Suspiro, ela se aproxima de mim e coloca a mão no meu ombro.

"Não deixe que ele te afete, filho, ele não vale a pena," ela diz.

"Mas e se ele estiver certo, ele sempre vence,"

"Não desta vez, meu menino, farei tudo ao meu alcance para detê-lo, mesmo que isso me mate," ela confessa, "Você merece ser feliz e se ela é o que vai te fazer feliz, então vale a pena morrer por isso."

"Você não precisa fazer isso, quem vai cozinhar para mim quando você se for," faço beicinho.

Ela sorri, dando um tapinha no meu ombro, "Estou destinada a morrer de qualquer forma, então quem vai cozinhar para você?"

"Gertie, você não é tão velha assim," ri.

"Sim, sou, estou por aqui desde o início dos tempos."

Eu rio, "Eu adoro essa piada."

"Eu sei, é a sua favorita," ela pisca.

Eu a beijo na bochecha, "Não sei o que faria sem você, Gertie."

"Muito mais, se você me perguntar, estou sempre te mimando."

Eu coro, "É porque você me ama."

Ela revira os olhos, "Um pouco demais."

Dou mais um beijo nela, "Eu te amo, Gertie."

"Eu também, filho. Você não é o demônio que todos dizem que você é, você é tão inofensivo quanto eles vêm."

Se você soubesse.