Capítulo 4 Dormindo na mesa de dissecação
Quando Kelvin ouviu isso, seus olhos sonolentos de repente se iluminaram. Kelvin e Leroy se dirigiram juntos ao departamento de tecnologia. Sienna hesitou por um segundo, depois os seguiu.
O cheiro de formol grudava nela enquanto seguia Kelvin. Ele parou e olhou de lado.
Perdida em pensamentos sobre o caso, Sienna esbarrou diretamente nele.
Ela esfregou a testa ligeiramente avermelhada e olhou para Kelvin.
Kelvin franziu a testa. "Por que você não presta atenção por onde anda? No que você está pensando?"
"Acho que aquela mulher já está morta."
Leroy olhou para Sienna surpreso, querendo dar um sinal de positivo. Mas, com medo da raiva de Kelvin, ele apenas mostrou sua admiração com os olhos.
Sienna olhou obedientemente para Kelvin. Ele lambeu os molares, seu cabelo bagunçado revelando um par de olhos com uma frieza indescritível.
Então ele curvou os lábios em um sorriso preguiçoso e perguntou: "Então, qual é a sua lógica?"
"Se ela ainda estivesse viva, por que o assassino mataria aquelas vítimas apenas para colher partes do corpo que se pareciam com as dela? E os cortes foram tão precisos!"
Mesmo o rosto mais mutilado tinha marcas de cortes em nível profissional.
Kelvin olhou para ela de maneira vaga. "Eu já sabia disso. A propósito, verificamos todos os registros médicos das vítimas e os locais que frequentavam, mas não encontramos ninguém suspeito."
Dito isso, ele se virou e entrou no departamento de tecnologia.
Sienna ficou parada por alguns segundos. Ela estava apenas expressando seu palpite, mas parecia que Kelvin estava bravo.
Ela não pensou muito nisso e entrou no escritório.
Na tela do computador, as informações de Cara Clark já estavam exibidas. Uma mulher solteira de 23 anos que morreu há três anos, sem pais e cresceu em um orfanato. Na foto, sua boca sorria, mas seus olhos estavam sem vida, transmitindo uma sensação estranha de morte.
Arnold acrescentou: "Ela tinha poucas informações e conexões sociais, como se fosse invisível para a sociedade. A polícia considerou suicídio; ela foi encontrada enforcada em casa."
Kelvin perguntou com voz grave: "O orfanato foi verificado?"
"Foi demolido há cinco anos devido à aquisição de terras pelo governo. O diretor do orfanato era uma pessoa idosa que também faleceu há três anos. Quanto aos outros órfãos, não há registros."
Arnold encontrou uma foto do orfanato, mostrando que estava muito degradado, como um estabelecimento privado. Não havia mais informações sobre ele nos arquivos da polícia.
Leroy ficou surpreso. "Mesma causa de morte das quatro garotas agora. Poderia ser este o primeiro caso?"
Kelvin franziu a testa profundamente, perdido em pensamentos, sem falar.
Sienna falou suavemente: "Podemos encontrar o corpo de Cara? Uma autópsia esclareceria as coisas."
Arnold olhou para Sienna. "É difícil. O corpo dela já foi cremado."
Porque foi um suicídio e ninguém reclamou o corpo, o crematório o cremou após meio mês.
Sienna viu fotos dos pertences de Cara: uma carteira de motorista, bilhetes de trem, ingressos de cinema e alguns recibos. Cara trabalhava em cinco empregos por dia, mas a polícia encontrou muito pouco dinheiro em sua conta bancária, pouco dinheiro em casa e nenhum item de luxo. Então, para onde foi todo o seu dinheiro?
Justamente quando Kelvin estava prestes a falar, Sienna disse lentamente com um toque de arrependimento: "Ela deve ter tido um namorado. Se tivesse havido uma autópsia, mais pistas teriam sido encontradas."
Kelvin lançou um olhar para ela, percebendo um toque de zombaria em seus olhos.
Depois de obter as informações de Cara, Kelvin enviou pessoas para uma investigação no local. Eles tinham que esperar por mais detalhes.
Sentindo-se frustrado, ele acendeu um cigarro, e Sienna cobriu o nariz.
Kelvin mordeu o cigarro, "Você é tão pretensiosa."
Sienna explicou calmamente, "Fumar vai estragar seus pulmões e tirar de cinco a dez anos da sua vida."
O rosto de Kelvin escureceu, e ele finalmente apagou o cigarro com força. A fumaça rodopiou em sua boca antes de ele exalá-la.
Leroy tentou conter um sorriso. Se qualquer outra pessoa falasse com Kelvin daquela maneira, provavelmente levaria um soco.
Leroy percebeu que Sienna não era tão dócil quanto parecia. Ela era corajosa, enfrentando o comportamento duro de Kelvin!
Eles perderam as pistas novamente, todos se sentiram um pouco desanimados. Tinham todas as informações, mas não conseguiam juntar as peças.
Kelvin estava organizando os arquivos do caso no escritório à noite, com muitas análises no quadro do caso.
Sienna saiu da sala de autópsia para tomar um pouco de ar fresco, parando em frente ao quadro do caso enquanto olhava os detalhes.
Então passos soaram atrás dela. Ela se virou. O cabelo bagunçado de Kelvin estava molhado, grudando em sua testa, seus olhos cobertos com uma camada de névoa, dificultando a leitura de suas emoções.
Kelvin olhou para ela. Notando o arquivo na mão dela, perguntou preguiçosamente, "Terminou de escrever?"
Sienna assentiu e entregou a ele o relatório da autópsia. Kelvin puxou uma cadeira, sentou-se e começou a ler. Sienna ficou parada.
Kelvin a notou pelo canto do olho, levantou levemente o queixo, indicando a cerveja ao lado dele. "Pode parar de fingir ser toda obediente perto de mim, tá?"
Sienna olhou para ele inocentemente. Kelvin realmente detestava seu rosto sempre inexpressivo, depois fingindo ser inocente, como se ele fosse assustador.
Enquanto lia o relatório da autópsia, Kelvin disse calmamente, "Vou deixar você trabalhar neste caso, mas isso não significa que você faz parte da força-tarefa. E você não pode agir sozinha durante a investigação, entendeu?"
Sienna assentiu, "Entendi."
Kelvin levantou as pálpebras, gotas d'água de seu cabelo escorrendo por seu rosto bonito. A sensação de desolação nele mudou de repente, adicionando uma dor e mistério indescritíveis.
Isso fazia as pessoas quererem investigar mais. Ela conhecia bem esse tipo de pessoa, aquelas que eram loucas por dentro.
Sienna olhou para Kelvin por um tempo e disse, "Kelvin, posso encontrar a família da quarta vítima amanhã?"
Os membros da força-tarefa odiavam se encontrar com as famílias das vítimas. Contar a elas sobre a morte de seus entes queridos era de partir o coração, especialmente porque ainda não haviam capturado o assassino.
Sienna voltou para a sala de autópsia. Não queria ir para o hotel tão tarde, então dormiu diretamente na mesa de autópsia.
Na manhã seguinte, Kelvin acordou Sienna da mesa de autópsia.
Ele franziu a testa com uma expressão estranha, mas rapidamente se conteve, dizendo calmamente, "Temos uma pista sobre a Cara."
Sienna ficou ligeiramente atordoada. Ela abriu os olhos devagar, ainda um pouco sonolenta. Quando olhou para cima e viu Kelvin, seus olhos brilharam ligeiramente. "Kelvin, me dê dois minutos."






























































































































































































































































































































































































































