Capítulo 7 O proprietário da vinícola Golden Vine
Sienna perguntou: "Kelvin, terminei minha tarefa. Posso descansar agora?"
Pensando em como ela tinha dormido na mesa de autópsia a noite toda, Kelvin assentiu.
Depois que Sienna saiu da sala, Leroy cutucou Kelvin. "Cara, é raro ver você tão atencioso. Se tivéssemos pedido uma pausa em um momento crucial assim antes, você teria nos dado uma bronca."
Kelvin revirou os olhos. "Vá verificar o antigo lugar da Lally e o atual. Investigue o círculo social dela. Também fale com a Ava e a Lexine para ver se estamos perdendo alguma coisa."
Leroy perguntou instintivamente: "Tenho que fazer tudo isso sozinho?"
"O lugar da Lally está na mesma jurisdição que o da Cara. Pegue alguns policiais locais para te ajudar."
"Kelvin, e você?"
"Tenho outras coisas para cuidar."
Kelvin se levantou e saiu. Leroy coçou a cabeça, confuso, mas não relaxou e começou a se mover.
Sienna tinha acabado de abrir a porta do carro quando viu uma figura no retrovisor.
Ela se endireitou e olhou para trás. Kelvin estava andando preguiçosamente em sua direção com um cigarro na boca, mãos nos bolsos, sem parecer um policial.
Sienna disse curiosa: "Kelvin, estou indo para casa."
Kelvin entrou casualmente no banco do passageiro e olhou para ela. "Eu sei para onde você está indo. Apenas dirija."
Sentindo-se um pouco exposta, Sienna franziu ligeiramente a testa e entrou no carro.
Kelvin era ainda mais difícil de ler do que ela pensava. Talvez os rumores sobre ele no Departamento de Polícia da Cidade não estivessem tão errados.
Enquanto Sienna dirigia, ela notou Kelvin mexendo no bolso. Ela o lembrou: "Tem um isqueiro na gaveta de cima."
Kelvin, que realmente queria fumar, se conteve e perguntou a Sienna: "Tem algo a dizer?"
Depois de um momento de silêncio, Sienna disse: "Logicamente, com suas habilidades, você certamente verificaria os movimentos das vítimas após suas mortes. Mas não vi nada disso nos relatórios. Não foi investigado, ou não encontraram nada?"
Kelvin descansou uma mão na janela do carro e perguntou calmamente: "Quando você leu os relatórios?"
"Ontem à noite."
Kelvin fechou os olhos levemente, a luz do sol caindo em seu rosto, fazendo-o parecer excepcionalmente bonito.
Ele disse indiferente: "Puxamos as filmagens de vigilância primeiro, mas a investigação mostrou que elas nunca voltaram para casa depois de sair."
Todas eram solteiras, então ninguém notou se elas não voltassem por alguns dias.
Eles estavam rastreando as aparições das vítimas nas áreas de vigilância, mas frequentemente perdiam o rastro delas, já que alguns lugares não tinham câmeras.
Kelvin até mandou pessoas verificarem todas as lojas próximas de onde a vigilância as perdeu. Mas também era possível que elas tivessem entrado no carro de alguém, o que tornava a investigação difícil.
Sienna franziu ligeiramente a testa e disse calmamente: "Kelvin, o lugar para onde elas foram depois de sair deve ser o ponto fixo do assassino, talvez a cena principal do crime."
Kelvin pensava o mesmo, mas ainda não havia provas concretas.
Depois de dirigir por um tempo, Sienna de repente franziu a testa e disse: "Também é possível que as filmagens de vigilância tenham sido enganosas."
Sienna rapidamente descartou sua própria ideia.
Kelvin olhou para o cigarro na mão e riu, "Sua ideia é bem parecida com a minha. Às vezes acho que você é mais do que apenas uma legista."
Ele olhou para Sienna. O carro descia a ladeira rapidamente, mas ela mantinha a calma.
Quando o carro estabilizou, Sienna disse, "Kelvin, você sempre diz que, seja o que for que alguém faça, sempre haverá vestígios, e as evidências serão encontradas."
Kelvin a olhou profundamente. Tinha certeza de que Sienna não era tão simples quanto parecia.
Uma hora depois, eles pararam em frente à Vinícola Golden Vine.
Entraram, e o funcionário perguntou que tipo de vinho eles queriam. Sienna franziu a testa, pensou por um momento, então olhou para Kelvin e gentilmente puxou a manga dele. "Kelvin, qual foi aquele vinho que você ofereceu à minha melhor amiga ontem? Quero um pouco agora."
Kelvin sabia que ela estava atuando, mas não pôde evitar sentir arrepios.
"Você não é a amante de vinhos? Eu não deixei você dar um gole ontem à noite? Você deveria saber."
Sienna olhou com reprovação, mas falou de forma manhosa, "Tinha gosto de Château Lafite, muito bom."
O funcionário sorriu apologeticamente. "Desculpe, não temos mais nenhum vinho como Château Lafite."
Kelvin semicerrava os olhos. "Quando acabou?"
O funcionário respondeu calmamente, "Há apenas dois dias. Alguém comprou tudo. Realmente não temos mais nenhuma garrafa."
Sienna abaixou a cabeça, desapontada. "Não faz mal. Vamos experimentar outra coisa. Ouvi dizer que a Vinícola Golden Vine tem muitos bons vinhos."
Kelvin pediu ao funcionário para não acompanhá-los.
Depois de andar um pouco, ele notou que Sienna ainda segurava sua manga. Ele franziu a testa e a afastou, dizendo friamente, "Estamos aqui para resolver um caso. Não seja melosa."
Sienna rapidamente o alcançou.
Kelvin perguntou novamente, "Como você sabia que o vinho que Lally estava bebendo vinha da Vinícola Golden Vine?"
O olhar de Sienna era indiferente, "Minha família costumava adorar beber. Eu podia dizer pela composição do vinho."
A Vinícola Golden Vine estava aberta há apenas cinco anos, mas já havia ganhado alguma reputação.
Uma vez dentro, eles viram várias pessoas comprando vinho. À primeira vista, havia mais mulheres jovens bonitas, todas ouvindo o funcionário apresentar um novo vinho.
Sienna foi até a prateleira de vinhos. Depois de olhar os nomes dos vinhos, ela notou um funcionário e o parou, perguntando, "Vocês vendem esses vinhos apenas para compradores privados ou têm parceiros?"
O funcionário a olhou desconfiado. "Por que pergunta?"
Sienna respondeu calmamente, "Achei seu vinho excelente. Quero comprar em grande quantidade."
O funcionário acenou com a mão. "Nós só vendemos para compradores privados."
Os vinhos na prateleira não tinham preços altos. Se eles vendessem apenas para compradores privados, não conseguiriam lucrar.
Sienna e Kelvin trocaram um olhar, entendendo os pensamentos um do outro.
Sienna sorriu e disse, "Se eu oferecer dinheiro suficiente, posso conhecer o dono da vinícola?"
O funcionário recusou diretamente. "O dono não vem à vinícola. Você não conseguirá conhecê-lo."
Eles acharam isso estranho. Depois de sair da vinícola, Kelvin imediatamente investigou o dono, Leon Wright.
O nome soava familiar!






























































































































































































































































































































































































































