CAPÍTULO 6
WILLOW
Quando o sol começou a se pôr, lançando um brilho quente sobre meu quarto recém-decorado, afundei no aconchegante recanto junto à janela com um suspiro satisfeito. Finalmente me estabeleci, e esse canto estava rapidamente se tornando meu lugar favorito.
Dali, eu tinha uma visão clara do majestoso castelo que se erguia à distância, sua silhueta delineada contra o céu escurecendo.
Virando meu olhar para Alex, que estava esparramado confortavelmente no sofá, não pude deixar de sorrir. "Obrigada por me ajudar com a arrumação e a mudança de tudo. Eu aprecio muito."
"Sem problemas," ele respondeu, um sorriso maroto se espalhando pelo rosto, seus olhos brilhando com uma travessura brincalhona. "Mas acho que mereço uma pequena recompensa por todo o meu trabalho duro."
"Uma recompensa?" Levantei uma sobrancelha, minha curiosidade despertada enquanto ele se aproximava com aquele sorriso característico. "E que tipo de recompensa você está pensando?"
Ele se inclinou ligeiramente, um desafio brincalhão em sua expressão.
"Que tal um beijo? Sabe, pelo meu trabalho duro... ou pelo menos um abraço?" Ele se inclinou, sobrancelhas erguidas, claramente aproveitando cada segundo da minha reação.
Seu sorriso convencido deixava claro que ele estava provocando, mas havia algo no tom dele que fez meu coração acelerar.
Balancei a cabeça, cruzando os braços de forma desafiadora. "Eu não saio distribuindo beijos, Alex."
"Ok, ok," ele cedeu, levantando as mãos em rendição fingida. "Vamos tornar isso interessante. Que tal uma pequena competição? Se eu ganhar, eu ganho um beijo; se eu perder, me contento com um abraço."
Revirei os olhos, suprimindo uma risada. "Que tipo de competição estamos falando aqui?"
Ele fingiu pensar seriamente, batendo no queixo de forma dramática. Então, seu olhar se fixou no meu, e ele sorriu.
"Uma competição de quem pisca primeiro."
"Uma competição de quem pisca primeiro?" Ri, divertida com suas travessuras infantis. "Sério?"
"Sim! Melhor de três. Você topa?" Seus olhos brilhavam de excitação, e apesar das minhas reservas, senti-me atraída pela energia brincalhona dele.
"Tá bom, vamos fazer isso," respondi, um sorriso se espalhando pelo meu rosto. Respirei fundo e me endireitei, pronta para entrar nessa competição boba. Havia algo estranhamente emocionante na maneira como ele me desafiava, e eu mal podia esperar para ver como tudo se desenrolaria.
"Que a batalha comece!" Nossos olhos se encontraram, a atmosfera carregada de tensão. Coloquei a língua para fora de forma brincalhona, tentando quebrar sua concentração, mas ele permaneceu impassível, seu olhar firme e inabalável.
"Jogando sujo, é?" ele provocou, ainda mantendo os olhos fixos nos meus. Não pude deixar de rir, mas a risada desapareceu rapidamente quando ele se inclinou mais perto, nossos rostos a poucos centímetros de distância.
Senti meu coração acelerar, o calor subindo para minhas bochechas enquanto eu lutava para manter o contato visual. Não era assim que eu imaginava que meu primeiro dia em Castle Creek se desenrolaria.
"Você sabe, você sempre pode desviar o olhar," Alex murmurou, sua voz baixa e provocante enquanto nossos narizes se tocavam.
Engoli em seco, completamente despreparada para a onda de eletricidade que percorreu meu corpo.
Alex parecia um cara decente, mesmo com aquela confiança arrogante, mas a ideia de beijá-lo—especialmente com aquela atitude convencida—era algo que eu não esperava, especialmente depois da traição de Leo. Eu me perguntava se poderia confiar em outro cara novamente.
"Desvie o olhar, e você perde—simples assim," Alex provocou, seu sorriso se alargando enquanto ele se inclinava tão perto que eu podia sentir sua respiração na minha bochecha. Seus olhos dançavam com um brilho arrogante que fez meu pulso acelerar, embora eu tenha estreitado o olhar, determinada a não lhe dar essa satisfação.
"Ah, por favor," retruquei, cruzando os braços de forma desafiadora. "Por que você não desiste, Alex? Eu nunca perco."
Ele riu, baixo e desafiador, seus olhos fixos nos meus.
"Desistir? E perder minha chance de um beijo? Nem pensar." Sua voz era quase um sussurro, cada palavra carregada de confiança enquanto ele se inclinava mais perto, me desafiando a recuar. Seu olhar era inabalável, me puxando como um ímã, e senti minha determinação vacilar.
Apesar do nó no estômago com a ideia de beijá-lo, seu desafio—e aquele sorriso convencido—tornavam impossível recuar.
Eu estava determinada a não deixar esse loiro arrogante vencer.
Enquanto ele se aproximava, um suor nervoso escorria pelo meu pescoço, e minhas bochechas coravam, provavelmente me transformando em um tomate maduro. Estávamos quase nariz a nariz agora, e apesar da minha ansiedade, mantive seu olhar.
De repente, um sorriso travesso se espalhou pelo rosto dele, e pude ver uma faísca de malícia brilhar em seus deslumbrantes olhos azuis. Por um momento, pensei que ele poderia tentar me beijar, e meu coração disparou em resposta. Meus punhos se cerraram ao meu lado, mas ele recuou, roçando nossos narizes novamente.
Isso era intenso. Eu me sentia mais ansiosa do que em qualquer prova surpresa de Cálculo Avançado.
Quando pensei que ele estava ficando sério, seu sorriso brincalhão desapareceu, e percebi que isso não era apenas um jogo para ele; ele queria me beijar.
Ele se aproximou ainda mais, e de repente senti a borda dura da estante pressionando minhas costas. Percebi que estava prestes a perder esse jogo ridículo ou ser beijada.
Quando estava prestes a empurrá-lo, um rugido alto e distante irrompeu na direção do castelo. Minha cabeça se virou para a janela, captando um vislumbre de um borrão branco passando por uma das janelas do castelo.
O que foi isso?




























































































































































































