Mudança de ambiente

Ruth estava parada na frente de sua chefe, que a olhava de volta com tristeza nos olhos. Ela acabara de pedir demissão, mas sua chefe não estava disposta a deixá-la ir.

"Por favor, Srta. Davidson, o que podemos fazer para você ficar? Devemos aumentar seu salário?" Sua chefe perguntou, perplexa com a decisão de Ruth de sair.

"Não, eu não quero isso, senhora. Estou me mudando para uma nova cidade e por isso preciso sair. Desculpe por não ter informado antes." Ela se desculpou.

"Tudo bem, parece que você já tomou sua decisão e não há nada que possamos fazer. Passe no RH para pegar seu pagamento final, vou adicionar um pequeno bônus para você." Sua chefe disse. Elas apertaram as mãos e Ruth saiu do escritório. Ela passou pelo RH e pegou o envelope pesado preparado por sua chefe, se despediu de todos e deixou a empresa.

Ruth Davidson é uma garota que não tem muito, mas também não tem pouco, ela é mediana. Ela tem vivido uma vida entediante sozinha, sem ninguém para ajudá-la a animar as coisas. Seus pais já não estão mais vivos, deixando-a sozinha neste mundo. Ruth decidiu pedir demissão e se mudar de Nova York para Las Vegas, também conhecida como a Cidade do Pecado. Ela quer fazer coisas divertidas para apimentar sua vida e a Cidade do Pecado parece ser o melhor lugar para isso.

Ela entrou em seu pequeno, mas confortável apartamento, e suas malas já estavam prontas ao lado da cama. Ela olhou para o quarto uma última vez antes de levar suas coisas para fora da casa. Pegou um táxi para o aeroporto e sentou-se na longa fileira de cadeiras enquanto esperava o anúncio de seu voo.

Seus olhos castanho-escuros não vagavam pelo lugar, ela apenas olhava para seus dedos enquanto esperava. Seu cabelo castanho-avelã estava preso em um rabo de cavalo, e seus lábios normais se curvaram em um pequeno sorriso quando viu uma garotinha brincando com sua boneca.

"O voo das três horas de Nova York para Las Vegas." Seu voo foi anunciado, ela pegou suas malas. Ela tinha o assento na janela, se fosse um táxi ela adoraria, mas é um avião e ela não é amiga de alturas.

Ela amaldiçoou sua sorte por ter escolhido aquele assento, pensando que seria um voo de cinco horas e trinta e cinco minutos.

Ela se recostou no assento e fechou os olhos, dormiu durante toda a viagem, e quando o avião finalmente pousou no aeroporto de Las Vegas, ela acordou.

Ruth pegou um táxi em direção ao seu apartamento, que havia alugado alguns dias antes. Passou pela casa da proprietária e pegou suas chaves, não via a hora de entrar no quarto e dormir.

O quarto não era grande, tinha apenas um quarto, uma sala de estar, uma cozinha e um banheiro. O apartamento era pintado de azul claro, com dois sofás individuais e uma mesa de vidro. A cozinha não era muito grande, mas era suficiente para ela. Seu quarto não era requintado, apenas simples.

"Deus, foi cansativo." Ela murmurou, largou suas malas e foi para o banheiro. Ela se despiu e foi para o chuveiro, girou a torneira e deixou a água escorrer pelo seu corpo.

"Que sensação boa," ela murmurou para si mesma, aproveitando a sensação da água morna em seu corpo. Depois de tomar banho, foi para o quarto e se preparou para dormir.

Assim que fechou os olhos, ouviu sons estranhos. Primeiro, era uma cama rangendo, depois gemidos altos, tão altos que poderiam ser confundidos com uma multidão torcendo em um jogo de futebol.

"Pelo amor de Deus, por que agora?" Ela enterrou a cabeça no travesseiro e gritou. Levantou-se e saiu do apartamento, e foi então que percebeu que seu apartamento estava conectado a outro, e parecia que seu vizinho seria um grande problema.

Ela bateu na porta com força, esperando chamar a atenção deles, mas parecia que as duas pessoas no quarto estavam muito envolvidas no que estavam fazendo.

"Façam silêncio, alguns de nós estão tentando dormir," ela gritou, mas ainda assim nada. Ela voltou para o quarto furiosa.

No dia seguinte, por volta das oito da manhã, Ruth se preparou para procurar emprego. Ela havia esquecido o incidente da noite anterior, mas parecia que seu vizinho estava atrás dela.

"Então foi você que bateu na minha porta ontem, bem-vinda, nova vizinha." Ele lhe deu um sorriso desdentado.

"E você foi quem me privou do sono, obrigada, vizinho." Ela lhe deu um sorriso falso e saiu depois de trancar a porta.

"Próxima presa," ele murmurou para si mesmo e entrou. Parecia que a mulher que ele trouxe na noite anterior já havia ido embora, pois ele estava sozinho.

Ruth conseguiu um emprego em uma empresa a quarenta e cinco minutos de sua casa, como assistente pessoal do CEO. Ela começaria a trabalhar no dia seguinte e mal podia esperar por isso.

Ela voltou para casa cantarolando uma melodia que sua mãe sempre cantava para ela quando era pequena. Entrou em casa e estava indo para o quarto sem se preocupar em acender a luz, quando de repente a lâmpada acendeu. Ela gritou, pensando que um ladrão havia invadido sua casa.

"Não há diferença," ela ouviu alguém dizer. Virou-se rapidamente para a direita, e lá estava ele, atrás da porta, ninguém menos que seu vizinho.

"Como você entrou na minha casa?" Ela perguntou, dando grandes passos para longe dele, caso ele fosse perigoso.

"Nossos quartos são idênticos," ele disse, ignorando a pergunta.

"Como você entrou na minha casa?" ela repetiu.

"Não foi tão difícil, vamos deixar isso de lado. Você é bonita, vamos nos conhecer melhor. Eu sou Robert Pattinson," ele estendeu a mão, embora houvesse um bom espaço entre eles.

"Saia da minha casa!" ela gritou.

"Ok, saia da minha casa, prazer em conhecê-la." ele sorriu para ela.

"Eu vou gritar," ela ameaçou.

"Me diga seu nome e eu saio do seu caminho." o sorriso no rosto dele parecia gentil e caloroso.

"Ruth Davidson, agora saia," ela apontou para a porta.

"Até mais, Ruth," o nome dela saiu da boca dele de forma encantadora.

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