Capítulo 5

Richard

Eu me apoiei na grade da varanda no Salão da Luz do Luar, saboreando meu terceiro uísque da noite.

O líquido âmbar queimava agradavelmente minha garganta, sem fazer nada para aliviar a inquietação dentro de mim. Abaixo, no salão principal do Paraíso Erótico, mulheres sem afiliação exploravam o clube durante nossa rara noite aberta. Eu deveria sentir algo—interesse, antecipação, desejo—mas só sentia tédio.

Três malditos anos de busca. Três anos desperdiçados com candidatas inúteis.

A novidade de possuir o clube de lobisomens mais exclusivo da Cidade da Lua Prateada há muito havia se desgastado. De que adianta todo esse poder, esse território, esse maldito clube se eu não consigo encontrar uma companheira digna do meu amor? Meu lobo andava inquieto dentro de mim, ficando mais impaciente a cada dia que passava.

"Você está sentindo algum sinal de uma companheira destinada?" A voz de Michael me tirou dos meus pensamentos.

"O quê?" Pisquei, forçando-me a focar no rosto do meu amigo em vez do mar de mediocridade abaixo de nós.

"Uma companheira destinada," Michael revirou os olhos. "Aquela com quem você deveria estar. Você deveria sentir o cheiro dela, sentir a conexão na sua alma." Ele estremeceu dramaticamente. "O velho Blake insiste que isso não passa de uma história para ninar filhotes."

Kevin, o brutamontes tatuado, deu uma longa tragada no cigarro antes de falar em seu barítono quase inaudível. "Você acha que isso existe?"

"Não sei," Michael deu de ombros, o desgosto torcendo suas feições bonitas. "Meu pai encontrou seis supostos 'verdadeiros amores,' e cada um terminou em desastre. Cada vez ele afirmava que havia encontrado sua companheira destinada."

"Talvez ele estivesse apenas olhando para as mulheres erradas," eu zombei, girando o uísque no meu copo. "Três anos e eu não senti nada."

"Nem me fale..." A voz de Michael morreu de repente quando seu olhar se fixou em algo abaixo. Seu corpo inteiro tensionou, ficando completamente imóvel como um predador em caça.

Segui sua linha de visão, a curiosidade aguçada pelo seu comportamento repentino. Então eu a vi—uma jovem que eu nunca tinha visto antes, sentada no bar com Violet.

Puta merda.

Meu lobo bateu contra minha consciência com uma ferocidade que eu nunca havia experimentado, arranhando e rosnando para ser liberado. O copo na minha mão rachou sob a pressão repentina, uísque derramando sobre meus dedos. Mal percebi a dor.

Ela era deslumbrante—cabelos negros como a noite caindo como seda líquida pelas costas, pele pálida e impecável como porcelana, seu corpo me deixando instantaneamente duro. Seus seios pressionavam contra o material simples do vestido, cheios e perfeitos, sua cintura impossivelmente pequena antes de se expandir em quadris feitos para o aperto de um homem—feitos para o meu aperto. Seus lábios eram cheios e rosados, se abrindo ligeiramente enquanto ela falava, e eu não pude evitar imaginar esses lábios em volta do meu pau, ou ofegando meu nome.

Cristo, essas curvas malditas. Aposto que ela estava molhada e apertada e perfeita.

Mesmo à distância, eu podia sentir seu cheiro—doce e intoxicante como nada que eu já havia encontrado. Minha boca começou a salivar, meu lobo uivando ao reconhecer algo primal e essencial que minha consciência humana ainda não conseguia compreender.

Como se sentisse nossa atenção, ela se levantou do banco do bar, uma ação que quase tirou meu fôlego. Sua bunda era um coração perfeito, suas coxas se pressionando enquanto ela se movia, fazendo minhas mãos coçarem para separá-las. O simples vestido preto que ela usava poderia muito bem ser transparente, aderindo a cada curva tentadora, subindo apenas o suficiente para revelar coxas que eu queria envoltas na minha cintura.

Antes que eu pudesse processar outro pensamento, ela trocou algumas palavras com Violet e correu em direção à saída, seu cheiro deixando um rastro atrás dela como um convite que meu corpo não podia recusar. Meu pau pulsava dolorosamente contra o zíper, e eu tive que me ajustar discretamente.

"Quem diabos foi essa?" A voz de Michael estava tensa, seus olhos acompanhando cada movimento dela, brilhando levemente à luz da lua. Sua respiração estava acelerada, e eu podia ver seu pulso martelando em sua garganta. O professor normalmente composto estava completamente descontrolado.

"Eu não sei." Meu lobo uivava dentro de mim, reconhecendo algo que eu ainda não podia nomear. A mensagem primal era clara: Minha. Minha. Minha.

"Ela é..." A voz de Kevin, raramente ouvida, estava ainda mais áspera que o habitual. Sua mão maciça apertava o corrimão tão fortemente que o metal gemia em protesto. Embora ele não dissesse mais nada, o volume em suas calças e o intenso brilho âmbar em seus olhos diziam tudo.

Sem discussão, nos movemos como um só. As tatuagens de Kevin pareciam ondular em sua pele, seu lobo mais próximo da superfície. Michael, geralmente o mais relaxado de nós, agora se movia com graça predatória, sua persona de professor fácil completamente desaparecida. Eu podia sentir minhas próprias presas se alongando ligeiramente, meu coração batendo como se eu tivesse corrido quilômetros.

Descemos as escadas, nossas auras combinadas de Alfa abrindo caminho pela multidão. Lobos inferiores se achatavam contra as paredes ou se afastavam apressadamente, submetendo-se instintivamente à nossa presença. Encontrei Violet perto do bar, ainda com uma expressão perplexa enquanto olhava em direção à saída.

"Violet," exigi, incapaz de mascarar a urgência em minha voz. "A mulher com quem você estava conversando—quem é ela?"

Seus olhos se arregalaram ligeiramente com meu tom. "Isabella?"

"Como eu vou saber?" disse impacientemente, sem nenhuma paciência. "Aquela que acabou de sair correndo daqui como se o prédio estivesse pegando fogo. Era ela?"

"Sim, era Isabella." As sobrancelhas de Violet se ergueram ligeiramente com minha reação intensa. "Hoje é seu aniversário de dezoito anos—sua noite de evolução."

Michael se aproximou, sua postura descontraída completamente desaparecida. Seus olhos estavam quase inteiramente dourados, seu lobo pressionando perto da superfície. "Isabella o quê? De qual matilha?"

"Eu... eu não sei. Ela não me disse seu sobrenome ou sua matilha." Violet hesitou, olhando entre nós. "Mas seu cheiro... era muito único. Não como qualquer Ômega que eu já conheci."

"Droga!" Os olhos de Michael estavam completamente dourados agora, seu controle escorregando.

"O registro!" ele de repente gritou, já se movendo em direção à recepção.

Seguimos ele pelo corredor, meu lobo ficando mais agitado a cada passo. Minha pele parecia apertada demais, cada sentido intensificado. Esse sentimento era algo que eu nunca havia experimentado antes—uma mistura de fome, posse e reconhecimento. Seja o que for que essa Isabella fosse, meu lobo a conhecia.

Eu precisava encontrá-la. Precisava prová-la.

Diana se endireitou enquanto nos aproximávamos, seus olhos se iluminando ao ver Michael, como sempre. Ela praticamente o devorava com o olhar, gravando cada centímetro de seu corpo para fantasias posteriores. Sua língua saiu para umedecer os lábios, tentando parecer sexy, mas só conseguindo parecer desesperada.

"Diana," Michael comandou, sua voz caindo no tom de Alfa que nenhum lobo podia ignorar. "A lista de convidados desta noite. Agora."

Seus dedos tremiam ligeiramente enquanto ela puxava as informações, lançando olhares furtivos para Michael, que a ignorava completamente. Suas bochechas coraram, o cheiro de desejo óbvio e indesejado permeando o ar. Sua atenção—toda nossa atenção—estava focada em encontrar a identidade da misteriosa Ômega que havia acabado de sair do meu clube.

Kevin se apoiou na mesa, sem dizer nada, mas sua mera presença era suficiente para fazer as mãos de Diana tremerem mais. As tatuagens tribais ao redor de sua garganta pareciam pulsar com seu batimento cardíaco acelerado, seu maxilar cerrado com contenção.

Quanto a mim, eu estava absolutamente certo de que não deixaria essa Isabella escapar novamente. Meu corpo, meu lobo, minha alma a haviam reconhecido. A caça havia começado.

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