Perseguida pelo Meu Meio-Irmão

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gemma white · Atualizando · 102.3k Palavras

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Introdução

"Kai, por favor," Jenna tentou mais uma vez, agarrando o braço dele. "Por favor, não o machuque. Se você quer punir alguém, deveria ser eu."

"Garota tola." Kai riu. "Eu ESTOU te punindo."

Enquanto ele se dirigia na direção de Jacob, ela só podia assistir impotente.

Começar em uma nova escola no meio do ano não é fácil, mas é muito pior quando a única pessoa que você conhece é seu meio-irmão malvado. Ele é sádico e cruel - o pior tipo de valentão - e está determinado a fazer Jenna sofrer.

Quando Jenna vai para a escola com ele, ela o vê intimidar um cara lindo chamado Jacob, por quem ela imediatamente se apaixona. Para impedir que Kai intimide Jacob, ela concorda em fazer o que ele quer...

Ela gostaria de enfrentá-lo, o único problema é que ela se vê apaixonada por ele, apesar de toda a tortura.

Será que ela conseguirá derreter o coração frio dele, ou será esmagada por Kai ou por um de seus inúmeros inimigos antes de ter a chance?

Capítulo 1

Parada no corredor mal iluminado, Jenna sentia seu coração batendo forte no peito enquanto permanecia perto da porta, com a orelha pressionada contra os painéis de madeira brilhantes.

"Urrrrrrrrrgh!" ela ouviu seu meio-irmão gemer. Foi um gemido longo, prolongado e exasperado. Ele seguiu com um som de irritação antes de continuar.

"Não é ruim o suficiente que ela esteja aqui para começar. Agora você está dizendo que eu tenho que ser legal com ela? Cuidar dela como se fosse um cordeirinho perdido?"

Aquelas palavras foram como uma facada no peito. O que exatamente ela tinha feito para irritá-lo tanto assim? Além de simplesmente existir...

"Eu não... Eu só estou pedindo para você, por favor, cuidar dela no primeiro dia na nova escola," Harry insistiu. Seu tom era suplicante, mas choroso, como se estivesse perdendo a paciência com seu filho. "Você consegue fazer isso? Eu não estou pedindo para você ser o novo melhor amigo dela. Só... não torne isso mais difícil para ela. Primeiros dias em uma nova escola não são fáceis, e ela não tem ninguém para ajudá-la a se adaptar além de você. Temos que cuidar dela até que a mãe dela volte da França."

Kai soltou um grunhido indiferente antes de ficar em silêncio. Jenna não ouviu seus passos se aproximarem e quase teve um ataque cardíaco quando ele puxou a porta de sua frente. Para alguém tão alto e bem construído como Kai, ele não fazia barulho ao andar. Mais como um ninja do que um mero mortal.

Seus olhos azul-esverdeados brilhavam de raiva enquanto ele resmungava. "Você está me espionando? É melhor não me envergonhar agindo como uma completa esquisita na escola. Se fizer isso, vou te deserdar e vou garantir que todos lá saibam o quão esquisita você é também."

Enquanto ele passava por ela e desaparecia escada acima, Harry deu de ombros e lançou-lhe um daqueles olhares que perguntavam: "O que eu posso fazer?"

'Você poderia dizer ao seu filho mimado para parar de me tratar como lixo,' ela pensou, mas não ousou dizer. Harry não era tão ruim, e ele tinha sido bom para sua mãe. Se não fosse por ele, eles teriam sido forçados a voltar a morar com seus avós que viviam em uma pequena vila à beira-mar, e ninguém queria isso, especialmente seus avós.

"Acho que vou para a cama. Grande dia amanhã," ela disse e revirou os olhos.

"Você vai ficar bem," Harry a assegurou, mas seus olhos estavam cheios de dúvida. "Nunca é tão ruim quanto você pensa que será."

'Ele sabe que vou ter um tempo terrível,' ela pensou. 'Eu posso dizer pelo tom triste em sua voz.'

Os dois disseram boa noite e Jenna saiu, indo para seu novo quarto. Uma figura no corredor escuro a fez parar. Kai. Ele estava esperando por ela?

Ela tentou contorná-lo, mas ele bloqueou seu caminho.

"O que você quer agora?" ela perguntou, sem esconder a tristeza e a mágoa em sua voz.

"Veja seu tom quando fala comigo," ele rosnou, franzindo o rosto. Com cabelo loiro-branco, olhos azuis penetrantes e um queixo forte, ele poderia ser muito bonito... se não franzisse tanto. Mas Jenna não saberia—ela ainda não o tinha visto com qualquer outra expressão facial além de um ódio mal disfarçado.

Ele inclinou a cabeça e se aproximou, abrindo a boca em choque.

"Vo-você acabou de revirar os olhos para mim?" ele sussurrou, curvando o lábio superior em descrença.

Jenna abriu a boca para protestar—ela genuinamente não tinha a intenção de revirar os olhos—mas nenhum som saiu quando ela tentou explicar isso ao homem irritado à sua frente.

Sem aviso, ele a levantou do chão e a empurrou para dentro do quarto com um movimento rápido e sem esforço.

"Ahh," ela soltou um pequeno grito enquanto ele a segurava.

"Você precisa aprender seu lugar—" ele começou.

"Eu não fiz!" Jenna gritou em protesto. Ela tentou se soltar do aperto que ele tinha em suas roupas, mas ele era simplesmente forte demais. "Eu juro que não quis, eu quero dizer, eu—"

"E agora você está me interrompendo." Ele resmungou, suspirou e balançou a cabeça. "Meu pai continua insistindo para eu usar minha popularidade na escola para te ajudar. Mas eu poderia fazer exatamente o oposto. Você percebe isso, certo? Eu posso fazer da sua vida um inferno naquele lugar. Já é uma escola de merda comparada à sua última escola de riquinhos."

'Faça!' Jenna pensou, mas não ousou dizer. Restavam apenas dois semestres do último ano. Depois disso, ela estaria livre para ir para a faculdade onde quisesse. O mais longe possível desse idiota.

Quando ela olhou para cima, encarando seus olhos azuis frios, Jenna não viu nada além de crueldade calculada. Seu olhar a gelou até os ossos, derretendo sua bravata. Ela não queria fazer dele um inimigo e não conseguia entender o que tinha feito para deixá-lo tão agressivo com ela.

'Por que você me odeia tanto?' ela se perguntou. 'Eu não fiz nada além de ser legal com você.'

"Desculpa," ela choramingou. Certamente era isso que ele queria ouvir, certo? Ou talvez ele quisesse que ela discutisse para poder empurrá-la mais um pouco.

Kai soltou o aperto em sua camisa e a empurrou para trás. Felizmente, a cama estava atrás dela para amortecer sua queda.

"Aww, é melhor você dormir, cordeirinho perdido," ele disse com falsa simpatia. "Vai ser um longo dia para você amanhã. Posso te prometer isso pelo menos."

Jenna não disse nada. Ela não ia implorar por sua caridade. Se ele quisesse tornar sua vida miserável... bem, ele podia tentar. Não era como se sua vida pudesse piorar.

Depois que seu pai foi preso por desfalque, a maioria de seus chamados amigos na escola de riquinhos, como Kai chamava, a ignoraram. Sem a pensão alimentícia do pai, sua mãe foi forçada a aceitar um emprego que exigia que ela ficasse no exterior por meses a fio e, para completar, seu namorado a largou no dia em que ela se mudou.

Ele disse que não queria um relacionamento à distância depois que ela se mudou a apenas uma hora de carro. Alguns dias depois, ele foi visto no cinema com seu braço bem tonificado em volta dos ombros de sua ex-melhor amiga.

"Não tenho namorado, zero amigos e um meio-irmão que me odeia," Jenna murmurou para si mesma depois que Kai a deixou sozinha. Lágrimas brotaram em seus olhos, e por mais que ela tentasse afastá-las, elas escorreram, deixando uma série de pequenas manchas escuras em seus lençóis novos e bonitos.

Ela limpou as bochechas, preocupada que Kai pudesse voltar e vê-la chorando. Ela não queria que ele tivesse a satisfação de ver o quanto ela estava chateada. Para ser justa, ele não era a principal razão de sua tristeza, apenas a cereja no bolo de desgraças que era sua vida agora.

'Idiota fraca,' ela se repreendeu, desejando ser o tipo de garota que poderia se defender em vez de desmoronar como um pastel de uma semana.

Antes de dormir, uma última verificação em seu telefone revelou uma mensagem de sua mãe. Nenhum de seus antigos amigos se dava ao trabalho de mandar mensagem para ela mais.

"Como estão as coisas? Os caras estão cuidando de você?" dizia a mensagem.

"Está tudo ótimo," ela respondeu, segurando as lágrimas. Uma completa mentira.

"Boa sorte na escola amanhã!" sua mãe respondeu.

Ela deixou o telefone cair na cama e desabou.

"É," Jenna zombou de si mesma, franzindo os lábios. "Acho que vou precisar."

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