

Alfa Oliver
Elizabeth Moore · Atualizando · 51.4k Palavras
Introdução
"Companheiro," eu pude ouvi-lo murmurar do outro lado do clube. O barulho das pessoas na festa ficou em silêncio na minha cabeça. Achei que estava imaginando ele na minha mente e estava enlouquecendo de novo.
Mas quando ele se aproximou de mim, a empolgação que vi em seu rosto desapareceu.
"Humana," ele disse com raiva, seus olhos escurecendo sob as luzes.
Sem entender o que ele queria dizer, me aproximei dele para perguntar se ele tinha os mesmos sonhos que eu.
"Você me conhece?"
"Sim, conheço, na verdade. Uma fraca."
Capítulo 1
POV de Freyja
Acordei ofegante, meu coração batendo tão rápido que parecia que ia saltar do meu peito. Eu estava suando profusamente. Meu corpo estava encharcado de suor, fazendo com que os lençóis grudassem em mim como uma segunda pele. O que acabou de acontecer? Foi real? Ou foi apenas mais um sonho? Olhei ao redor do meu quarto, absorvendo o ambiente familiar da minha nova casa desde que saí do orfanato aos 18 anos com minha melhor amiga. Tudo parecia normal, exceto pela sensação pulsante entre minhas pernas.
Sentei na cama, ainda tentando recuperar o fôlego e clarear a mente. O sonho parecia tão real, tão intenso, que era difícil afastar a sensação de que era mais do que apenas um produto da minha imaginação.
No sonho, eu estava nos braços de um homem que nunca tinha visto antes, mas me sentia tão segura com ele, como se o conhecesse a vida toda. Estávamos em um quarto com luzes baixas e velas tremeluzindo ao fundo. Ele me beijava apaixonadamente, seus lábios se movendo em perfeita sincronia com os meus, como se tivéssemos praticado por anos. Eu podia sentir seu corpo firme pressionado contra o meu, suas mãos percorrendo minhas curvas, me acariciando nos lugares certos. Era como nada que eu já tinha experimentado antes e, ainda assim, parecia tão natural, como se fosse destinado a acontecer.
À medida que o sonho progredia, as coisas ficavam ainda mais intensas. Ele começou a me despir lentamente, suas mãos deslizando sobre minha pele, incendiando-a a cada toque. Eu podia sentir seus olhos em mim, me devorando a cada olhar. Ele era tão gentil, mas ao mesmo tempo tão bruto, seus movimentos perfeitamente sincronizados com os meus, como se estivéssemos dançando ao mesmo ritmo. E então, como por mágica, estávamos nus, nossos corpos entrelaçados em um abraço apaixonado. Eu podia sentir seu pau pressionando contra mim, duro e insistente, me instigando a me entregar completamente a ele. E eu me entreguei, oh, como me entreguei.
A sensação era avassaladora, como uma onda gigante me arrastando, me puxando para baixo. Senti suas mãos segurando meus quadris, seus lábios no meu pescoço, enquanto ele mergulhava fundo dentro de mim, repetidamente, me preenchendo completamente. Eu gemia seu nome repetidamente enquanto o prazer crescia dentro de mim, ameaçando me consumir por inteiro. E então, com uma última e poderosa estocada, explodi em um mar de êxtase, meu corpo convulsionando de prazer, seu nome um mantra em meus lábios.
Naquele momento, nos tornamos um só, o prazer crescendo até me envolver em seu clímax.
E então, acabou. Acordei sozinha na minha cama, a única evidência do meu sonho sendo a umidade entre minhas pernas. Parecia tão real, tão vívido, que era difícil acreditar que era apenas um sonho. Quem era aquele homem? Por que ele parecia tão familiar, mas ao mesmo tempo tão desconhecido? E por que meu corpo reagiu a ele dessa maneira? Perguntas sem respostas nublavam meus pensamentos.
Balancei a cabeça, tentando clarear meus pensamentos. Foi apenas um sonho, disse a mim mesma. Nada mais, nada menos. Mas ao olhar para meu corpo novamente, ainda perplexa, lá estava, o resquício do prazer. Não pude deixar de me perguntar. Foi realmente apenas um sonho? Ou foi algo mais, algo que eu estava esperando a vida toda?
Um homem que eu nunca tinha visto antes, e ainda assim, ele parecia tão familiar, como se tivéssemos nos encontrado em outra vida. Era estranho, mas ao mesmo tempo feliz. Quero dizer, sejamos realistas, quem não gosta de um bom sonho sobre sexo apaixonado? Não podia negar que foi muito bom e real.
Embora fosse um pouco embaraçoso, não podia estar mais orgulhosa de mim mesma. Afinal, nem todo mundo pode dizer que teve um orgasmo enquanto dormia.
O que diabos eu estava pensando? Me adverti. Por que eu estava fantasiando sobre um sonho erótico? Respirei fundo para me acalmar. Foi apenas um sonho, lembrei a mim mesma. Nada mais.
Celine, minha melhor amiga, entrou no quarto com sua habitual exuberância. "E aí, garota dos sonhos! O que está acontecendo?" ela fez uma pausa e continuou, "Você parece que acabou de ver um fantasma!" brincou, me fazendo sair do meu transe.
Eu ri, sua presença me trazendo de volta à realidade. "Ah, você sabe, só mais uma noite de sonhos selvagens," respondi, tentando soar despreocupada. Mas Celine não era do tipo que deixava as coisas passarem facilmente.
"Sonhos selvagens, hein? Pelo jeito da sua cara, devem ter sido algo e tanto. Seu homem dos sonhos te deu um pouco mais do que você podia aguentar? Estou suspeitando que ele tem um pau grande, não é?" ela provocou, piscando para mim.
Eu corei, sentindo-me envergonhada com a piada dela. "Celine, vamos lá, para com isso," repreendi, dando um soco de leve no braço dela. Não tinha certeza se queria contar a ela o quão real esse sonho parecia novamente.
Ela riu, seu riso contagiante. "Tá bom, tá bom, vou te poupar do constrangimento. Mas sério, você está bem? Parece um pouco abalada."
Respirando fundo, apreciei a preocupação dela. "Sim, estou bem. Foi só um sonho, afinal. Vou superar," assegurei com um sorriso.
"Mas você tem sonhado com esse cara desde que tinha dezoito anos, e isso já faz quase dois anos. O que poderia ser..."
"Celine, desta vez foi um pouco diferente. Ele fez amor comigo, e parecia muito real," disse solenemente.
Seus olhos se arregalaram de interesse. "Ooh, picante! Conta mais!" ela exclamou.
Hesitei, sentindo-me um pouco envergonhada. "Bem, é meio pessoal, mas digamos que foi... intenso," disse, minhas bochechas ficando vermelhas.
Celine sorriu, me cutucando de brincadeira. "Parece o tipo de sonho que eu gostaria de ter!"
Respirei fundo novamente, sentindo uma sensação de calma me invadir. Parecia que eu era a única levando isso a sério. "Foi só um sonho, afinal. Vou superar," disse, dando a Celine um sorriso tranquilizador.
Celine assentiu, seu olhar compreensivo me confortando. "Bom saber. Agora, vamos deixar o mundo dos sonhos de lado e nos preparar para o mundo real. O trabalho nos espera."
Quando Celine e eu deixamos o conforto do orfanato, embarcamos em uma jornada para navegar pela vasta extensão da vida por conta própria. Fomos o apoio uma da outra desde que nos lembramos, e nosso vínculo era mais forte que o sangue. Éramos mais que amigas; éramos irmãs.
Meus encontros com o homem enigmático começaram quando fiz dezoito anos, sua presença se materializando nos momentos mais inesperados. Sua aura era protetora, misteriosa, mas estranhamente familiar. Na maioria das vezes, parecia que ele estava lá para pegar o que lhe pertencia. Ele aparecia nos momentos mais inesperados, sempre à espreita nas sombras, cuidando de mim. Havia uma conexão inegável entre nós, um vínculo que eu não conseguia compreender totalmente. De alguma forma, eu sempre me sentia segura em sua presença, como se ele estivesse lá para me proteger.
Celine sabia sobre meus encontros com esse homem enigmático. Eu havia confidenciado a ela, compartilhando todos os detalhes de nossos encontros. Ela tinha visto de perto o efeito que ele tinha sobre mim e entendia a estranha mistura de excitação e inquietação que ele despertava em mim. Ela era minha confidente, minha parceira no crime. Estávamos sempre juntas, enfrentando as tempestades.
Era nosso primeiro dia de trabalho no CLUB ROYALE em Nova York. A vida noturna de Nova York é repleta da ação mais quente, mais jazzística e glamourosa depois do anoitecer. É um dos melhores lugares do mundo para se sentir verdadeiramente vivo quando o sol se põe.
Entramos no bar movimentado, e os ritmos da música nos envolveram, vibrando através de nossos corpos. O ar estava denso com risadas, conversas e o tilintar de copos. Era uma cena vibrante, com pessoas dançando e se misturando, sua energia contagiante. Fizemos nosso caminho até a seção VIP, prontas para encarar a noite.
"Celine, eu tenho que ir," Celine anunciou, indo em direção a outra seção VIP, me deixando para cuidar da minha área designada.
A seção VIP não era o lugar mais fácil para trabalhar. Olhos observavam cada movimento nosso, e a atmosfera era frequentemente tensa, amplificada pela presença daqueles que detinham poder e dinheiro. Atenção indesejada era uma companheira constante, um aspecto indesejado do trabalho.
De repente, a energia vibrante foi interrompida por uma comoção na pista de dança. A cena antes vibrante se transformou em um quadro tenso. Meu coração disparou, meu olhar se fixando no caos que se desenrolava. E então, no meio de tudo, eu o vi.
Lá estava ele, sua presença comandando atenção. Era ele—o homem dos meus sonhos. Meu fôlego ficou preso na garganta, e o tempo parecia parar. Eu estava enraizada no lugar, incapaz de desviar o olhar dele. O mundo ao meu redor se tornou insignificante enquanto meus olhos se fixavam nos dele, uma enxurrada de emoções me invadindo.
Isso era realidade ou um truque da minha mente?
Era como se as linhas entre sonho e realidade tivessem se borrado, se fundindo em um momento surreal. A familiaridade em seus olhos refletia a conexão que formamos em meus sonhos. Foi um encontro eletrizante, e eu não pude deixar de me perguntar o que isso significava. Ele era apenas um produto da minha imaginação ou algo mais?
"F-Freyja, o que está acontecendo?" A voz de Celine penetrou meus pensamentos enquanto ela se aproximava, a preocupação evidente em seu tom. "Freyja?!"
"Celine," murmurei, incerta se ela podia me ouvir.
"Freyja, o que há de errado?" Ela perguntou novamente, me tocando.
Virei-me para ela, tentando recuperar minha compostura. "Celine... Ele está aqui. O homem dos meus sonhos. Ele está olhando para mim!"
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