

Alfas na mansão
Laurie · Atualizando · 274.1k Palavras
Introdução
Quatro Alfas.
Um enrolava seu cabelo entre os dedos. Outro segurava sua mão junto à boca, roçando um beijo leve como uma pluma contra seus dedos. Ela se apoiava nos peitos de dois deles, suas risadas suaves em seus ouvidos e seus corpos quentes pressionados contra seus ombros.
Os dedos dos Alfas deslizavam por sua pele nua, provocando arrepios por onde passavam. Linhas quentes e gentis eram traçadas na parte interna de suas coxas, no peito, no estômago.
"Em que humor você está esta noite, Cecília?" sussurrou um dos homens em seu ouvido. Sua voz era suave, baixa e agradável enquanto seus lábios roçavam sua pele. "Quer brincar de forma mais intensa?"
"Você é muito egoísta com ela," disse outro. Este parecia mais jovem, descansava atrás dela, onde ela se apoiava em seu peito nu. Ele inclinou sua cabeça docemente sob seu queixo e beijou o canto de sua boca, dizendo contra seus lábios, "Deixe-nos ouvir você."
Bem-vindo a este mundo hierárquico de Alfa, Beta e Ômega.
Cecília, uma garota Ômega de uma família pobre, e cinco Alfas de alta patente, se encontraram em uma mansão.
Aviso de Conteúdo Maduro
Capítulo 1
Pela primeira vez na vida, Cecília se encontrou na cama de outra pessoa.
Não apenas uma cama, mas um quarto de puro esplendor. Diamantes brilhavam nos elegantes braços de um lustre, banhando as cortinas de veludo nas paredes com fragmentos de luz. Comida gourmet estava delicadamente disposta em bandejas, que repousavam sobre uma longa mesa coberta por uma toalha. O som suave de um piano flutuava gentilmente no ar.
Embora o ambiente estivesse majoritariamente escuro, iluminado por velas e aquele único e belo lustre à distância, os reflexos dos diamantes pontilhavam o quarto com estrelas. A música do piano, doce como soava, parecia ameaçadora. Intoxicante. O mundo já havia adormecido há muito tempo, mas a mansão estava acordada com os sons e cheiros da tentação.
Alguém a observava de uma cadeira, seus olhos baixos e calculistas. Seus dedos envolviam o filtro de um cigarro. Ele estava nu, musculoso, bonito. A brasa do cigarro brilhava enquanto ele tragava.
Um Alfa.
Enquanto absorvia o ambiente ao seu redor, Cecília via apenas carne nua. Os músculos carnais e os rostos bonitos de mais quatro Alfas, entrelaçados ao seu redor. Um enrolava seu cabelo entre os dedos. Outro segurava sua mão junto à boca, roçando um beijo leve contra seus dedos. Ela descansava contra os peitos de dois deles, suas risadas suaves em seus ouvidos e seus corpos quentes pressionados contra seus ombros.
Os dedos dos Alfas deslizavam por sua pele nua, provocando arrepios por onde passavam. Linhas quentes e gentis eram traçadas na parte interna de suas coxas, seu peito, seu estômago.
"Em que humor você está esta noite, Cecília?" sussurrou um dos homens em seu ouvido. Sua voz era suave, baixa e agradável enquanto seus lábios roçavam sua pele.
"Quer brincar de forma mais intensa?"
"Você é muito egoísta com ela," disse outro. Este parecia mais jovem, descansava atrás dela onde ela se apoiava em seu peito nu. Ele inclinou sua cabeça docemente sob seu queixo e beijou o canto de sua boca, dizendo contra seus lábios, "Deixe-nos ouvir você."
Por algum motivo, ela começou a cantar, sua voz tremendo de desejo.
Uma boca quente pressionou-se rudemente contra seu pescoço e ela deu um pequeno suspiro, agarrando o cabelo do estranho.
"Continue cantando," sussurrou o garoto, seus lábios roçando sua bochecha.
Uma mão segurou seu queixo e o virou bruscamente para o outro lado, onde ela se viu olhando nos olhos de outro alfa—este mais velho, mais forte. "Eu vou fazê-la cantar como um sino," ele disse, um sorriso sexy cruzando seu rosto.
Ela voltou a cantar, enquanto mãos se moviam sobre seus seios, seus mamilos, entre suas pernas—provocando-a com cócegas e toques gentis. Ela se agarrava à sua canção, gemendo desamparadamente entre as palavras irregulares.
Será que isso era um sonho, pensou Cecília?
Então o homem da cadeira se levantou e jogou o cigarro no chão.
"Mova-se," ele disse, sua voz um murmúrio baixo que não deixou de comandar o ambiente. As mãos deixaram Cecília em uma rendição relutante enquanto o Alfa se aproximava da cama, seus olhos escuros cravando-se nela. Ela sentia sua aproximação, como uma tempestade no horizonte. Um ar de ameaça ao seu redor, sua presença avassaladora.
Ele pegou sua mão e a levou até seu estômago, espalhando seus dedos contra os músculos firmes e disciplinados. Ela podia sentir seu coração batendo, o puro fogo irradiando de sua pele. Então ele desceu e tocou seus lábios com o polegar, admirando a expressão de desespero em seu rosto.
"Há outros sons que eu preferiria ouvir de você," ele disse. Então ele se inclinou e a beijou, sua língua como fogo contra a dela, sua grande mão agarrando ferozmente sua coxa.
Um Alfa, Cecília percebeu mais uma vez. Ela estava beijando um Alfa.
Isso não era um sonho. Era um pesadelo.
"Não!!!"
Cecília se levantou de um salto, ofegante. Seu cabelo grudava em seu rosto com suor e ela o afastou em pânico, soltando um grande suspiro de alívio ao ver seu quarto. A luz da manhã entrava pelas cortinas esfarrapadas, deixando faixas douradas no chão empoeirado e na velha estante de livros em frente à sua cama, que exibia orgulhosamente seus livros de hotelaria.
Outro choque de medo percorreu seu corpo enquanto ela pegava o despertador na mesa de cabeceira. 10:01 piscava de volta para ela e ela soltou outro suspiro profundo de alívio. Ela tinha dormido demais, mas apenas por meia hora. Ainda tinha bastante tempo para se preparar para a entrevista.
Cecília deitou-se novamente para acalmar seu coração.
Trabalhar como governanta em uma mansão, ela pensou. Uma mistura de emoção e medo percorreu seu corpo. Ela nunca tinha conhecido luxo como aquele, e o salário era bom demais para deixar passar. Mas uma mansão só podia significar uma coisa. Ela estaria trabalhando sob o mesmo teto que um Alfa. Ninguém mais poderia pagar por isso.
Ela arrumou suas malas como havia sido instruída e deixou seu apartamento, nos subúrbios onde morava. Passou pelas unidades degradadas do complexo, e durante toda a viagem de ônibus para fora da cidade. Quando estava perto o suficiente dos arredores da cidade onde a mansão a aguardava, Cecília desceu do ônibus sujo.
Aqui, ninguém a conhecia como nada mais do que Cecília—uma futura gerente de hotel com determinação nas mangas e ferocidade no coração. Isso mesmo, ela disse a si mesma. Você é confiante e inteligente e definitivamente superqualificada. Você vai arrasar nessa entrevista.
Mas à medida que se aproximava do endereço, sua confiança diminuía ao ver os grandes portões de ferro forjado. As altas barras verticais envolviam a distante mansão, que se erguia grande e lustrosa no final da estrada de cascalho. Ela nunca tinha visto algo assim em sua vida—altas torres de tijolos, como um castelo, onde vinhas e musgos cresciam de forma caprichosa pelas bordas. Grandes janelas de vitrais e enormes roseiras alcançando-as do chão abaixo.
Um sentimento de inadequação a abalou. Ela não deveria estar ali.
Alguém como ela nunca deveria ter saído dos fétidos subúrbios de Ômega onde nasceu.
Ela agarrou as barras do portão e espiou através delas a linda mansão com suas altas árvores de glicínia e seu jardim exuberante. A tristeza a dominou. Sua mãe teria adorado ver flores como aquelas na vida real.
Mas não havia flores no subúrbio.
Assim como Cecília, sua mãe era uma Ômega—mas uma bela Ômega. Ela era tão bonita que sua beleza atraiu a atenção de um Alfa, que a reivindicou aos dezoito anos. Um homem desprezível que a engravidou e a descartou como lixo.
Para a maioria, era isso que os Ômegas sempre foram. Lixo Promíscuo.
Sua mãe a criou sozinha, enfrentando a adversidade que todos os Ômegas eram amaldiçoados a enfrentar. Ela trabalhou até se exaurir para conseguir pagar uma educação para sua filha. Ômegas eram pessoas inferiores aos olhos dos Betas e Alfas. Sem um diploma universitário, eram escória sem educação, descartados pelos empregadores por uma raça melhor.
Ela se sentia envergonhada de si mesma enquanto olhava para a mansão à distância. Sua mãe tinha tantas esperanças para ela e, no entanto, ali estava ela, seguindo seus passos pesados. Limpando a sujeira de outra pessoa—um Alfa, ainda por cima. Assim como aquele que arruinou a vida de sua mãe. O ser desprezível que ela nunca chamaria de pai.
E ali estava ela, servindo-os como uma escrava.
Mas ela precisava daquele dinheiro. O pagamento estava além de suas expectativas, e Cecília havia aprendido com os erros de sua mãe e tomado todas as medidas para evitá-los. Certa de que nunca queria ser usada e descartada por um Alfa como sua mãe, ela começou a tomar inibidores assim que completou dezesseis anos. Enquanto os tomasse, poderia evitar entrar no cio com a menor exposição aos feromônios de um Alfa—algo que apenas os Ômegas tinham que suportar.
Havia efeitos colaterais negativos aos inibidores, certamente, mas eles permitiam que ela continuasse vivendo sua vida sob o disfarce de uma Beta. Sua mãe havia trabalhado demais para lhe proporcionar os meios de uma vida além do subúrbio para que ela ficasse presa lá com o filho de um Alfa. Não. Ela não permitiria que o ciclo continuasse.
"Você deve estar aqui para a entrevista," veio uma voz pelos alto-falantes do portão. Cecília pulou, soltando rapidamente as barras, como se não devesse tocar no portão.
"Ah—uh, sim."
"Maravilha," disse a voz novamente. "Se puder se dirigir às portas da frente, por favor."
Os portões se abriram e Cecília passou por eles, absorvendo o ambiente enquanto caminhava pela estrada de cascalho. O mundo dentro estava vivo com pássaros e abelhas e o doce cheiro de flores silvestres. As plantas cresciam largas e vibrantes dos jardins que se estendiam altos contra as paredes do portão.
A mansão quase a engoliu inteira enquanto ela se aproximava, as grandes portas de madeira se abrindo amplamente quando ela tocou o primeiro degrau. Um servo de cabeça raspada estava lá, parecendo entediado enquanto esperava que ela subisse a varanda.
"Bem-vinda," ele disse, gesticulando para que ela entrasse. "Permita-me dar-lhe um tour."
Ele a conduziu por um mundo de madeira rica e luzes vibrantes de tungstênio. De cheiros ricos e música suave. A mansão era muito mais moderna do que parecia por fora, com grandes janelas de vidro e móveis luxuosos de couro, e vasos com flores em quase todas as mesas e alcovas. Ele a levou por um corredor com portas de ambos os lados, e enquanto fazia isso, um cheiro repentino tocou o ar.
Ela parou de andar.
Feromônios.
Cecília alcançou o bolso em sua bolsa onde guardava seus inibidores, certificando-se de que o estojo ainda estava lá.
Vai ficar tudo bem, ela disse a si mesma. Nada vai acontecer enquanto eu tiver isso.
Ainda assim, era estranho ser recrutada para um prédio tão luxuoso. Ela nunca havia pisado em um lugar como aquele e agora passaria todos os dias ali? A possibilidade de falhar na entrevista fazia seu estômago revirar. Inibidores não eram baratos e ela mal estava conseguindo se sustentar desde a faculdade. Ela nunca encontraria uma oportunidade como essa em outro lugar.
Ela se lembrou de sua última conversa com Mia, sua voz alegre e efervescente ainda ressoando em seus ouvidos. "Tudo vai ficar bem," ela disse, "meus pais têm conexões. Um dos amigos advogados deles conhece o proprietário. Eu falei muito bem de você—e vamos lá, um diploma em gestão hoteleira? Você já sabe tudo o que precisa saber."
Mia era sua melhor amiga. Ela não a decepcionaria.
Quando o tour chegou ao fim, o servo levou Cecília a um quarto vago no primeiro andar e abriu a porta para ela. "Infelizmente, recebemos notícias pouco antes de sua chegada. Os proprietários não voltarão até amanhã. Peço desculpas pelo inconveniente, mas teremos que adiar sua entrevista. Este será seu quarto para a noite. O banheiro está localizado do outro lado do corredor—sinta-se à vontade para chamar qualquer um dos servos para o que precisar."
Apesar de seu desconforto, Cecília aproveitou o jantar farto e a cama confortável que a mansão forneceu. Uma férias grátis, ela pensou, com uma televisão que realmente funcionava e uma cama que não estava quebrada e afundada no meio. E quando a noite caiu, ela tomou banho com sabonetes luxuosos, se enrolou em toalhas de algodão macias e vestiu os pijamas que Mia a aconselhou a trazer caso algo assim acontecesse.
Não demorou muito para que os travesseiros macios e o edredom rico a embalassem em um sono tranquilo. Ela caiu em um tipo de sono do qual não conseguia se afastar—mesmo quando um fogo começou a tomar conta de seu corpo, e uma sede terrível secou sua garganta.
Algo estava errado. Um fio dentro dela estava sendo puxado. Uma sensação incômoda, quase dolorosa, começou a crescer dentro dela. A sensação era vagamente familiar, como algo que ela havia sentido há muito tempo. Algo que não sentia há anos.
Estro.
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