Eu Sou a Luna Sem Lobo Dele

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Heidi Judith · Concluído · 230.5k Palavras

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Introdução

Os dedos de Ethan continuavam esfregando meu clitóris, enquanto seu pênis saltava dentro do meu corpo. Todas as juntas do meu corpo estão doloridas e clamando pelo próximo orgasmo. Rapidamente, sinto aquela tensão elétrica se apertando, uma pressão crescente que ameaça me despedaçar. Meus quadris se levantam involuntariamente, incitando-o a continuar sua exploração, suplicando silenciosamente pela liberação que estou tão perto de alcançar.

Ethan também emitia rugidos profundos no meu ouvido, "Droga... vou gozar...!!!" Seu impacto se tornava mais intenso e nossos corpos continuavam fazendo sons de tapas.

"Por favor!! Ethan!!"


Como a guerreira mais forte da minha alcateia, fui traída por aqueles em quem mais confiava, minha irmã e meu melhor amigo. Fui drogada, estuprada e banida da minha família e da minha alcateia. Perdi meu lobo, minha honra e me tornei uma pária—carregando um filho que nunca pedi.

Seis anos de sobrevivência árdua me transformaram em uma lutadora profissional, movida por raiva e tristeza. Uma convocação chega do formidável herdeiro Alfa, Ethan, pedindo que eu volte como instrutora de combate sem lobo para a mesma alcateia que uma vez me baniu.

Achei que poderia ignorar seus sussurros e olhares, mas quando vejo os olhos verdes-esmeralda de Ethan—os mesmos do meu filho—meu mundo desaba.

Capítulo 1

POV da Aria

O som rítmico dos meus chutes contra o boneco de treino ecoava pela arena de treinamento da Silver Moon. A luz do sol da manhã entrava pelas janelas altas, pintando listras douradas no chão de madeira polida. Como filha do alfa da matilha, eu passava a maioria das minhas manhãs aqui, me esforçando mais do que qualquer outra pessoa.

Minha mãe, Olivia, tinha sido a guerreira feminina mais forte da Silver Moon. Seis anos atrás, ela se sacrificou para salvar o filho do alfa da Shadow Fang durante uma caçada de lobos selvagens. Alguns chamavam isso de tragédia, mas eu sabia melhor. Minha mãe morreu como viveu – protegendo os outros.

Parei no meio de um chute, algo parecia errado. Meus movimentos estavam lentos, sem a precisão de sempre. A sala balançou levemente, e tive que segurar o boneco para me equilibrar. Isso não estava certo. Eu herdei o físico guerreiro da minha mãe e a força de alfa do meu pai – esse tipo de fraqueza não era normal para mim.

"Concentra, Aria," murmurei, tentando afastar a névoa crescente na minha cabeça. Outro chute, mas minha perna tremeu traiçoeiramente.

Minha garrafa de água estava no banco próximo – a que Bella me entregou no café da manhã com seu sorriso falso de sempre. Minha meia-irmã, sempre fingindo ser a filha perfeita na frente do nosso pai. "Aqui, mana," ela disse, a voz pingando doçura artificial. "Manter-se hidratada é tão importante para nossa guerreira campeã." Tomei outro gole, o líquido frio contra minha garganta. Havia algo... diferente no sabor.

"Você está só sendo paranoica," disse a mim mesma, mas as palavras saíram ligeiramente arrastadas. Minha loba, geralmente uma presença constante e quente na minha mente, estava estranhamente quieta.

O zumbido do meu celular me assustou tanto que quase o deixei cair. Uma mensagem da Emma, minha melhor amiga desde a infância.

A mensagem iluminou a tela do meu celular, cada palavra fazendo meu coração bater mais rápido:

ARIA AJUDA!! @ Mountain View Resort quarto 302

Algo está errado - estou com medo

VENHA RÁPIDO!!

Meus dedos apertaram o celular. As mensagens da Emma geralmente estavam cheias de emojis e risadas, não esse pânico bruto. Muitas pessoas não conseguiam lidar com a amizade com a filha do alfa. Mas a Emma era diferente. Ela estava lá quando minha mãe morreu.

"Segura firme," murmurei para mim mesma, mexendo desajeitadamente nas chaves do carro. A saída da arena de treinamento parecia a quilômetros de distância, o corredor se estendendo infinitamente à minha frente. Cada passo parecia como andar em areia movediça, mas me forcei a seguir em frente.

O silêncio na minha cabeça crescia ensurdecedor a cada passo. Onde Cassandra sempre esteve – minha loba – havia apenas vazio.

"Cassie?" Eu alcancei através do nosso vínculo mental, como fiz milhares de vezes antes. Nada. Nem mesmo um eco.

"Vamos, Cassandra, não faça isso comigo." Minha voz mental ficou mais desesperada. "Eu preciso de você."

Mas havia apenas silêncio. O tipo de silêncio que te faz perceber o quanto de barulho você havia se acostumado. O tipo que parecia perda.

A viagem até o Mountain View Resort foi um borrão. Minhas mãos continuavam escorregando no volante, e a estrada parecia ondular como uma miragem de calor. Quando estacionei, meu corpo inteiro parecia pesado como chumbo.

A porta do quarto 302 não estava apenas destrancada – estava ligeiramente aberta.

"Em?" Minha voz saiu arrastada. "Você está aqui?"

O quarto girou quando entrei. Minha loba – minha companheira constante desde a infância – estava completamente silenciosa. Não apenas quieta, mas desaparecida, como se alguém tivesse arrancado um pedaço da minha alma.

"Não..." Segurei na parede enquanto meus joelhos dobravam. "O que...?"

Passos pesados se aproximaram por trás. Tentei me virar, lutar, mas meu corpo não respondia. A última coisa que vi foi o carpete se aproximando rapidamente enquanto a escuridão tomava minha visão.

Meu corpo tentou resistir, membros se movendo debilmente contra o tecido, mas a escuridão era muito forte, me puxando como uma maré. Não consegui dizer se gritei ou se foi apenas na minha cabeça. Tudo se desvaneceu em um vazio negro, eu caí em coma.

A consciência voltou como vidro quebrado, cada caco trazendo novas ondas de dor. A luz do sol atravessando as cortinas baratas do hotel era muito brilhante, muito dura contra minha cabeça latejante. Meu corpo inteiro parecia pesado, errado.

Cada tentativa de movimento mandava fogo correndo pelos meus músculos. O cobertor áspero arranhava minha pele enquanto eu me mexia, e a realização me atingiu como água gelada - eu estava completamente nua. Onde estavam minhas roupas? Por que não conseguia lembrar?

Algo frio pressionou minha palma - uma corrente de prata, cara e intricada, mas desconhecida. O quarto girava preguiçosamente enquanto eu tentava focar nela, o padrão se desfocando diante dos meus olhos. A última coisa que me lembrava era de ter entrado nesse quarto, depois nada além de escuridão.

Envolvendo o cobertor ao redor do meu corpo trêmulo, cambaleei em direção ao banheiro. A luz fluorescente piscou com um zumbido irritado, revelando meu reflexo no espelho. Minha respiração ficou presa na garganta.

Marcas roxas profundas decoravam meu pescoço, destacando-se contra minha pele pálida. Meu olhar desceu, para a constelação de marcas de mordidas espalhadas pelos meus ombros, peito e até cintura. A visão fez meu estômago revirar. Isso não podia ser real.

Dei mais um passo trôpego à frente, o cobertor se movendo ao redor das minhas pernas. O movimento trouxe uma nova percepção - uma sensação escorregadia entre minhas coxas, a sensação inconfundível de algo quente escorrendo. Meus joelhos quase cederam ao entender as implicações.

O quarto inclinou perigosamente enquanto eu me agarrava à borda da pia, encarando meu reflexo de olhos selvagens. O que tinha acontecido na noite passada? Por que eu não conseguia lembrar?

Meu cérebro começou a funcionar. Emma. A mensagem. Ela estava em apuros.

"Emma!" Minha voz saiu como um sussurro rouco. Meu Deus, se algo tivesse acontecido com ela enquanto eu estava... enquanto eu estava...

Eu não conseguia terminar o pensamento. Não conseguia processar as implicações do meu estado atual, a dor no meu corpo, as roupas espalhadas pelo chão. Emma precisava de mim.

O cobertor do hotel era áspero contra minha pele sensível enquanto eu me enrolava nele. Minhas pernas mal me sustentavam enquanto eu cambaleava até a porta, a corrente de prata ainda apertada na minha mão trêmula.

"Bem, veja só isso."

A voz me congelou no lugar. Bella estava no corredor, encostada na parede com uma graça casual. E ao lado dela, minha melhor amiga Emma soltou um sorriso sarcástico.

A voz de Bella pingava de zombaria enquanto eu apertava o cobertor do hotel mais firme ao redor do meu corpo. Ela levantou o celular, a câmera apontada diretamente para mim. "A poderosa princesa guerreira da Lua Prateada, pega em uma posição tão... comprometedora."

Minhas pernas tremiam enquanto eu lutava para me manter em pé. "Eu vim por Emma. Sua mensagem—"

"Mensagem?" A risada de Emma era afiada e fria, tão diferente da amiga calorosa que eu achava que conhecia. "Eu nunca te enviei mensagem nenhuma, Aria."

O sorriso de Bella se alargou enquanto ela rolava a tela do celular. "Ah, essas fotos definitivamente vão interessar ao Pai. O que você acha que a matilha vai dizer quando virem sua futura alfa feminina saindo de um quarto de hotel, claramente tendo passado a noite com... bem, quem sabe quem?"

Quando cheguei de volta à casa da matilha, o veneno estava se dissipando, mas o dano já estava feito. Os pisos de mármore do grande salão ecoavam com cada um dos meus passos trôpegos. Dezenas de membros da matilha alinhavam as paredes, seus rostos um borrão de julgamento e sussurros. Na cabeceira da sala, meu pai Marcus estava rígido em sua cadeira de alfa, seus olhos castanhos geralmente calorosos agora duros como pedra. Ao lado dele, Aurora – minha madrasta – exibia uma expressão de preocupação perfeitamente ensaiada que não alcançava seus olhos frios.

"As evidências são inegáveis, Marcus." A voz de Aurora estava carregada de falsa simpatia. "As marcas de mordida, a... condição dela. O que as outras matilhas vão pensar?"

Eu queria gritar, explicar que tinha sido drogada, presa, violada. O espaço na minha mente onde minha loba deveria estar parecia uma ferida aberta, me deixando desesperadamente sozinha quando eu mais precisava de sua força.

"Pai, por favor." Minha voz saiu como um sussurro. "Você sabe que eu nunca—"

"Silêncio." O comando alfa na voz dele me fez estremecer.

Bella deu um passo à frente, seus saltos de grife clicando contra o chão. "Sério, irmã, não há necessidade de desculpas. Todos sabemos o que você tem feito." Seu sorriso era afiado como uma lâmina. "A poderosa princesa guerreira, abrindo as pernas para qualquer homem que a queira."

"Isso não é—" O quarto girou enquanto eu tentava dar um passo à frente. Sem minha loba, sem minha força, eu mal conseguia me manter de pé.

"Chega." A voz de Marcus estalou como um chicote. "Você trouxe vergonha para esta matilha. Para a memória de sua mãe." A menção de minha mãe fez meu coração apertar. "Você não é mais digna do nome Lua Prateada."

As palavras formais de banimento caíram como pedras: "Eu, Marcus Reynolds, Alfa da Matilha Lua Prateada, por meio deste a destituo de seu status de matilha e a bano de nossos territórios. Você tem até o pôr do sol para partir."

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