Fruta proibida: casada com a melhor amiga da minha irmã

Capítulo Um

Ponto de Vista de Sofia

"Eu te amo tanto, Sofia. Você é a garota mais linda do mundo," Ethan disse enquanto acariciava minha bochecha.

"Eu também te amo, Ethan. Muito. Eu queria que pudéssemos ficar juntos, mas sei que não podemos," respondi com uma expressão triste.

"Não diga isso. Sim, podemos," Ethan disse.

"Mas ninguém aprovaria a gente," eu disse.

"Eu não me importo com o que os outros pensam; você é minha, para sempre," Ethan disse, puxando meu corpo para mais perto do dele. Eu sabia que ele estava prestes a me beijar. Fechei os olhos, esperando que nossos lábios se encontrassem.

"Beep, beep, beep." Acordei com o som do meu despertador. Olhei para o criado-mudo e vi que eram seis da manhã. Não pude deixar de suspirar.

"Por que o sonho sempre acaba antes de ele me beijar?" disse para mim mesma. Eu vinha tendo o mesmo sonho há meses sobre o cara por quem eu estava apaixonada, um cara que eu nunca teria.

Minha porta se abriu de repente, me fazendo pular de susto.

"Desliga essa coisa," minha mãe disse, e eu apertei o botão, fazendo o alarme parar de tocar.

"Caramba, Sofia. Você me acordou. Você sabe que eu tive uma noite longa," minha mãe disse.

"Desculpa, mãe," respondi.

"Tanto faz, vou voltar para a cama," minha mãe disse e saiu do meu quarto. Não pude deixar de balançar a cabeça. Claro, ela teve uma noite longa. Ela estava festejando até as quatro da manhã. Estou surpresa que ela tenha voltado para casa.

Meu nome é Sofia Jones, e eu tenho dezessete anos. Tenho 1,62m, cabelo preto longo que chega até a cintura e olhos verdes. Nunca conheci meu pai. Quando eu tinha cinco anos, perguntei à minha mãe por que eu não tinha um pai, e ela me disse que era porque ele nunca me quis. Minha mãe disse que ele foi embora porque disse a ela para me abortar, mas ela decidiu me manter.

Eu sei o que você provavelmente está pensando. Por que minha mãe me diria isso aos cinco anos? Digamos apenas que minha mãe não é a melhor mãe do mundo. Ela adora festejar o tempo todo, tem um novo namorado quase todo mês e quase nunca está em casa.

Levantei-me da cama e fui para o banheiro. Minha mãe e eu moramos em um pequeno apartamento de dois quartos. Há um banheiro, uma pequena sala de estar e uma cozinha.

Quando entrei no banheiro, liguei a água e descobri que a água quente não estava funcionando. Suspirei de frustração, sabendo que minha mãe não tinha pago a conta de gás novamente. Tomei um banho frio rapidamente e escovei os dentes e o cabelo. Vesti um par de jeans velhos e uma camiseta azul. Quando terminei, fui para o meu quarto pegar as coisas para a escola.

Fui para a cozinha pegar algo para comer. Quando cheguei lá, minha mãe estava beijando um homem que eu nunca tinha visto antes, o que não era surpreendente. Acho que ela terminou com Dan ou Don ou seja lá qual fosse o nome dele. Houve tantos que é difícil acompanhar os nomes.

Peguei rapidamente uma maçã e estava prestes a sair, mas minha mãe falou.

"Sofia, este é meu novo namorado, Max," minha mãe disse.

"Olá, Sofia. É um prazer finalmente te conhecer," Max disse. Não deixei de notar como seus olhos percorreram meu corpo, me causando repulsa.

"Sofia, você não ouviu o Max te cumprimentar? Não acha que deveria falar com ele?" minha mãe disse.

"Oi," respondi. Estava prestes a sair, mas minha mãe me parou.

"Sofia, você esqueceu de pagar a conta do gás? A água está gelada," minha mãe perguntou.

"Eu te dei o dinheiro para pagar isso na semana passada," eu disse.

"Eu usei aquele dinheiro para outra coisa que eu precisava fazer," minha mãe disse. Eu sabia que ela estava mentindo. Sabia que ela usou o dinheiro para festejar.

"Bem, eu vou ficar na casa do Max. Ele mora em uma mansão na Rua Manchester. Não posso ficar aqui sem água quente. Então você vai ficar sozinha," minha mãe disse. Não era como se eu não estivesse acostumada a ficar sozinha em casa. Minha mãe me deixava sozinha desde que eu tinha seis anos. Tive que aprender a cuidar de mim mesma.

"Ok, eu preciso ir para a escola," eu disse.

"Ah, é. Minha filha é uma nerd," minha mãe disse enquanto olhava para o Max, e depois olhou para mim. "Não sei por que você ainda está na escola. Isso não vai te levar a lugar nenhum. Escola não é para gente como nós," minha mãe disse. Minha mãe sempre dizia coisas assim para mim desde que eu era pequena. Era triste que ela não quisesse me ver indo bem.

"Oi, gostosa," um cara que parecia estar bêbado disse enquanto eu saía dos apartamentos. Eu apenas o ignorei enquanto passava rapidamente. Coloquei meus fones de ouvido e escutei música enquanto caminhava os quinze minutos até o ponto de ônibus. Eu tinha que pegar o ônibus da cidade, já que o ônibus escolar não passava perto da minha casa. Minha mãe tinha um carro, mas ela sempre dizia que nunca me levaria para a escola porque achava inútil eu ir.

Eu ia para uma boa escola no lado rico da cidade. Acabei conseguindo uma bolsa para estudar lá quando estava na quinta série. A escola é do jardim de infância até o ensino médio. Eles têm dois prédios diferentes na propriedade. Um era para o jardim de infância até a oitava série, e o outro era para o ensino médio.

Fiquei chocada quando fui aceita porque todos que vão para a Eclipse Academy são ricos. Eu não tinha amigos lá, exceto minha melhor amiga, Ella. Nós éramos amigas desde que comecei a estudar lá.

Cinco minutos depois de chegar ao ponto de ônibus, o ônibus apareceu, e eu entrei. Sentei na frente e olhei pela janela enquanto o ônibus fazia a viagem de uma hora até minha escola. Estava tão feliz que este era o último ano, e depois eu iria para a faculdade.

Depois de descer do ônibus, caminhei os dez minutos que levava para chegar à Eclipse Academy. Quando me aproximei da escola, vi Jane, a líder de torcida e Rainha B da escola, parada na porta da frente com suas amigas, Brittany e Tiffany.

"Bem, se não é a pobre humana fraca," Jane disse, e suas amigas riram como se fosse a coisa mais engraçada do mundo. Eu a ignorei e entrei na escola. "Não sei por que ela quer ficar aqui. Ela não pertence," Jane disse. Ela sempre dizia coisas estranhas, como me chamar de humana fraca. Quero dizer, ela também era humana. Apenas balancei a cabeça enquanto me dirigia ao meu armário.